domingo, 8 de janeiro de 2012

Mateus 5:13-16

13 "Vós sois o sal da terra. Se acaso o sal perder o sabor, como recuperá-lo? Não servirá para mais nada, exceto para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. 14 "Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada no alto de um monte. 15 Tampouco se acende uma candeia para ser posta debaixo de uma vasilha, mas sim num candelabro, e assim ela emite luz para todos os que se encontram na casa. 16 Brilhe igualmente a vossa luz diante dos homens, de modo que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus."
(Nova Versão do Novo Testamento baseada no Texto Majoritário)


Sal e luz. Como em centenas de outras vezes na Bíblia, o ensinamento nos leva à mais duas metáforas para nos trazer ricas lições sobre a vida. Desta vez, é uma recomendação, aliás, uma ordem do próprio Senhor Jesus.

Segundo Cristo, o nosso testemunho diante das pessoas incrédulas tem a capacidade de dar sabor a vida delas, tem a capacidade de preservar nelas a sensação de vida abundante. 

O sal não faz exatamente isso com os alimentos? Ele dá o sabor e também pode preservar a sua qualidade de vida. E na época em que Cristo passou pela Terra, há mais de 2.000 anos, essa realidade era extremamente latente.

Porém, se não testemunharmos corretamente de Cristo aos incrédulos, certamente teremos um julgamento da parte de Deus que Ele permitirá que ocorra. Neste caso, seremos envergonhados e alvos de escândalo e maledicência por parte do mundo. 

Ou será que quando o Senhor disse que se o o sal perder o sabor só servirá para ser lançado fora e ser pisado pelo homens, Ele pretendia ensinar outra coisa? 

Os incrédulos, de uma forma ou de outra, certamente dirão aos crentes de mau testemunho algo mais ou menos assim: 

"Que vergonha e escândalo, essas pessoas dizem que são cristãs, que trazem a mensagem de salvação, mas estão envolvidas em obras pecaminosas, elas perderam o propósito de propagar a mensagem do evangelho". 

Ou seja, o sal perdeu o seu sabor.

Em seguida, quando Cristo mudou a metáfora de sal para a luz, o testemunho cristão continuou sendo o alvo do ensinamento, mas naquele momento, Ele acrescentou mais lições. 

De acordo com o Mestre, nós devemos levar a luz do evangelho para este mundo que vive em trevas e não ficarmos trancafiados em nosso mundo "evangelical", dentre as famosas "quatro paredes da igreja".

Nossa luz deve sim procurar a escuridão, não para ser igual a ela, mas justamente para mostrar diferença e influenciar. E quanto mais luz em algum lugar, menos escuridão haverá.

Quanto mais a igreja testemunhar verdadeiramente, menos o mundo viverá na escuridão sem Deus, sem enxergar o Caminho e viverá longe das trevas do pecado.

Vamos mais além, mostrarmos o nosso testemunho ao mundo possui um propósito sublime: fazer com que os incrédulos vejam as nossas atitudes verdadeiramente cristãs e glorifiquem a Deus Pai. A glória de Deus é que está sendo visada neste ensino. 

Mas podemos extrair mais algum ensino implícito neste texto: 

Se os incrédulos derem glória a Deus depois de verem nosso testemunho, isso não enseja que eles também agora se tornaram cristãos? 

Ora, se eles sinceramente tributaram a glória a Deus, provavelmente eles desejaram ardentemente serem iguais a nós, pois viram em nós um modelo de vida realmente cristão, diferente do que conheciam, e que leva à felicidade real, mesmo com as dificuldades da vida, que nutre esperança na vida eterna e rica após a morte, no Paraíso, e não um medo compulsivo da vida e do mundo acabarem e perderem tudo o que possuem, por exemplo, como muitos possuem. 

Infelizmente muitas vezes em nosso meio evangélico ("evangélico" atualmente é sinônimo de "cristão autêntico"?), muitos de nós não estão mostrando a diferença de vida que existe em alguém que conhece a Cristo e leva a Sua mensagem. Os incrédulos vêem a conduta de tais "irmãos" e não sentem o desejo de mudar de vida, pois na verdade, todos possuem o mesmo tipo de vida, deturpada, sem ética, cheia de libertinagem, onde tudo é relativo e tudo é permitido. 

Diante deste quadro, pensam eles: "Com que propósito eu deveria mudar de vida? Eles são iguais a nós? Que fique tudo do jeito que está então."

A nossa luz, pelo contrário, deve brilhar com tamanha força, que eles vejam as nossas boas obras e desejem ardentemente mudar de comportamento e glorificarem a Deus com suas vidas.

Antigamente, não há muito tempo, há alguns anos atrás, as pessoas incrédulas viam um comportamento diferente nos crentes, mas ainda não sabiam o porquê. Então, elas indagavam: "Eu tenho notado que você age diferente do que os outros. Você é crente não é mesmo?". Então a pessoa respondia: "Sim, sou crente e sou muito feliz. Você já ouviu falar de Cristo?"

Será que ainda hoje acontece isso ou não? Já fizeram essa pergunta para nós? O que respondemos em casos assim? Respondemos positivamente e damos testemunho ou preferimos continuar no "anonimato"? Fica aqui mais uma reflexão.

Que Deus nos abençoe. Amém.

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