domingo, 31 de janeiro de 2010

EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO (PARTE 01)

INTRODUÇÃO

Quando alguém afirma que não existem evidências de que o Senhor Jesus realmente veio à Terra e muito menos que Ele ressuscitou, o que você faz? Qual a sua reação? Uma afirmação destas coloca a sua fé em dúvida? Não, isso não pode acontecer. Independente de evidências, a sua fé em Cristo deve ser inabalável. Mas, sim, para responder aos críticos e céticos, existem inúmeras evidências bíblicas e não bíblicas de que Cristo não só é um real personagem histórico, mas que Ele ressuscitou.

Afinal, qual a verdadeira identidade de Jesus Cristo? Ele teria realmente alegado ser o Filho de Deus? Muitos céticos criticam a Pessoa de Jesus, afirmando que ele não era e não é Deus encarnado, que Ele não acreditava nisso ou que estava mentindo ou até mesmo louco quando afirmou ser o Filho do Deus. Pior, afirmam ainda que Ele poderia ter hipnotizado as pessoas. Como responder as essas acusações?

FONTES CRISTÃS SOBRE JESUS

OS 27 LIVROS DO NOVO TESTAMENTO (NT):


Existem mais de 24.000 cópias do NT (manuscritos), entre elas, versões em grego, latim, egípcia, armênia, árabe, etc., proporcionando uma confiabilidade ao texto bíblico. Os escritores do NT foram testemunhas oculares ou registraram fatos relatados daqueles de testemunharam tais fatos. Eles afirmaram com convicção sobre Jesus (Lucas 1:1-3; João 20:30-31; Atos 1:1-3; 1ª Pedro 5:1; 1ª João 1:1-3), inclusive após a ressurreição (Lucas 24:48; Atos 1:8; 1ª Coríntios 15:4-9,15).

OS "PAIS" DA IGREJA (Séc. II e III d.C.):

São mais de 36.000 citações com relação ao NT de Clemente de Roma (95 A.D.), Inácio (70-110 A.D.), Policarpo (70-156 A.D.), Irineu (170 A.D.), Clemente de Alexandria (150-212 A.D.), Tertuliano (160-220 A.D.), Justino Mártir (133 A.D.), Orígenes (185 254 A.D.), entre outros. Suas citações poderiam recompor praticamente todo o NT sem recorrer aos manuscritos. Irineu, bispo de Lion, que foi aluno de Policardo, discípulo do apóstolo João, afirmou que é tão firme a base sobre a qual os evangelhos foram escritos que as pessoas que eram contra os ensinamentos bíblicos também confirmavam a sua veracidade e os tomavam por base para estabelecer suas próprias doutrinas.

FONTES NÃO CRISTÃS SOBRE JESUS

A ARQUEOLOGIA (apenas alguns exemplos):

O pátio onde JESUS foi julgado por Pilatos, chamado o Pavimento (João 19:13), foi descoberto apenas recentemente, pois, o local ficou soterrado quando da reconstrução de Jerusalém na época do Imperador Adriano. O poço (tanque) de Betesda (João 5:2) localiza-se na zona nordeste da cidade velha (em Jerusalém), foi descoberto em 1888 (veja foto abaixo).


CORNÉLIO TÁCITO (nascido em 52-24 a.C.):

Historiador romano, governador da Ásia (112 A.D.). Ao escrever sobre o governo de Nero, afirmou que “Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a judéia, onde o problema teve início, mas também em toda a cidade de Roma” (Anais XV.44).

LUCIANO DE SAMOSATA:

Escritor satírico do Séc. II. Se referiu aos cristãos relacionando-os às sinagogas da Palestina e ao referir-se a Cristo, afirmou: “...o homem que foi crucificado na Palestina porque introduziu uma nova seita no mundo...Além disso, o primeiro legislador dos cristãos os persuadiu de que todos eles seriam irmãos uns dos outros, após terem finalmente cometido o pecado de negar os deuses gregos, adorar o sofista crucificado e viver de acordo com as leis que ele deixou” (O Peregrino Passageiro). Samosata também menciona os cristãos em sua obra “Alexandre, o Falso Profeta”, seções 25 e 29.

SUETÔNIO (120 A.D.):

Historiador judeu, oficial da corte do Imperador Adriano. Afirmou: “Como os judeus, por instigação de Chrestus (uma outra forma de escrever Christus), estivessem constantemente provocando distúrbios, ele os expulsou de Roma” (Vida de Cláudio, 25.4). E também que “Nero infligiu castigo aos cristãos, um grupo de pessoas dadas a uma superstição nova e maléfica” (Vida dos Césares, 26.2).

PLÍNIO SEGUNDO, PLÍNIO O JOVEM:

Foi governador da Bitínia (Ásia Menor, 112 A.D.) e escreveu ao imperador Trajano no intuito de obter orientações de como tratar os cristãos. Ele disse, sobre os cristãos, que “os fez amaldiçoarem a Cristo, o que não se consegue obrigar um cristão verdadeiro a fazer”. Mais a frente, ele menciona os cristãos que estavam sendo julgados: “Eles afirmavam, no entanto, que sua única culpa, seu único erro, era terem o costume de se reunirem antes do amanhecer num certo dia determinado, quando então cantavam responsivamente os versos de um hino a Cristo, tratando-o como Deus, e prometiam solenemente uns aos outros a não cometerem maldade alguma, não defraudarem, não roubarem, não adulterarem, nunca mentirem, e a não negar a fé quanto fossem instados a fazê-lo” (Epístolas X.96).

TALO, O HISTORIADOR SAMARITANO:

É um dos primeiros não judeus a mencionar Cristo (52 A.D.), mas seus escritos se perderam, sendo que temos apenas citações dele oriundas de outros escritores, como Júlio Africano (220 A.D.), cristão: “Talo, no terceiro dos livros que escreveu sobre a história, explica essa escuridão como um eclipse do sol – o que me parece ilógico”. Para esta afirmação e a seguinte, abaixo, vejam Mateus 27:45; Marcos 15:33; Lucas 3:1; 23:44.

FLÊGÃO, UM HISTORIADOR DO PRIMEIRO SÉCULO:

Suas “Crônicas” também se perderam, mas um trecho desta obra, também mencionado por Júlio Africano, afirma que “durante o tempo de Tibério César, ocorreu um eclipse do sol durante a lua cheia” (7/IIB, seção 256, fl6, p. 1165).

OS TALMUDES JUDEUS:

“...e penduraram-no na véspera da Páscoa”. Os títulos “Ben Pandera” (o Ben Pantere) e Jeshu Ben Pandera” dados a Jesus podem ser um jogo de palavras com a expressão grega “panthenos”, ou seja, “nascido de uma virgem”, chamando-O, então, de “filho de uma virgem”. Há comentários na Baraila sobre Jesus como sendo Yeshu (de Nazaré) e que já havia uma ameaça que Ele poderia ser apedrejado por ter praticado magia e desviado Israel (Talmude Babilônico, Sanhedrim 43a).

A ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA:

A Edição de 1974 desta enciclopédia renomada, utilizou 20.000 palavras em sua descrição de Jesus, oriundas de inúmeros relatos não bíblicos sobre Ele, muito mais do que o número de palavras empregadas para outros personagens históricos de outras religiões. Uma das declarações da enciclopédia foi que “esses relatos independentes comprovam que nos tempos antigos até mesmo os adversários do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus...”.

FLÁVIO JOSEFO (nascido em 37 A.D.):

Conhecido historiador judeu. Em Antiguidades (18.3.3), ele afirmou: “Nessa época havia um homem sábio chamado Jesus. Seu comportamento era bom, e sabe-se que era uma pessoa de virtudes. Muitos dentre os judeus e de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o à crucificação e à morte. E aqueles que haviam sido seus discípulos não deixaram de segui-lo. Eles relataram que ele lhes havia aparecido três dias depois da crucificação e que ele estava vivo (...) talvez ele fosse o Messias, sobre o qual os profetas relatavam maravilhas” (versão árabe, a mais confiável).

AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO CUMPRIDAS NA PESSOA DE JESUS CRISTO

Elas começaram já com Adão e Eva, com a promessa de que um descendente de Abraão acabaria com a maldição provocada pela desobediência deles (Gênesis 3:15-16), o que se cumpriu através de Jesus Cristo (Gálatas 3:16; 4:4; Mateus 1:20).

Todas as profecias do Antigo Testamento sobre Jesus se cumpriram. Observaremos várias: Ele nasceria em Belém (Miquéias 5:2; Mateus 2:4-8; Lucas 2:4-7; João 7:42). Ele nasceria de uma virgem (Isaías 7:14; Mateus 1:18, 24, 25; Lucas 1:26-35). Ele era o Filho de Deus (Salmo 2:7; Mateus 3:17). Ele seria da Tribo de Judá (Gênesis 49:10; Miquéias 5:2; Mateus 1:2; Lucas 3:23,33; Hebreus 7:14). Ele receberia presentes (Salmos 72:10-12; Isaías 60:6; Mateus 2:1,11). Ele seria chamado Emanuel – Deus Conoso (Isaías 7:14; Mateus 1:23). Ele receberia uma unção especial do Espírito Santo (Isaías 11:2; Lucas 4:15-21). Ele teria zelo pelas coisas de Deus (Salmo 69:9; João 2:15-17). Os apóstolos confirmaram o cumprimento das profecias em Jesus (Mateus 2:4-6; Atos 3:18; 10:43; 13:29; 17:2-3; Romanos 1:2; 1ª Coríntios 15:3-4; 1ª Pedro 2:5-6).

No livro “A Ciência Fala”, o matemático e cientista Peter Stomer demonstrou matematicamente a probabilidade de apenas 8 profecias do Antigo Testamento referentes a Jesus Cristo (de um total de mais de 300!), terem sido cumpridas por acaso. Segundo Stomer a probabilidade é de 1 em 10 elevado à décima sétima potência , isto é, 1 em 100.000.000.000.000.000 (!!).

Para se ter uma ideia, suponhamos que tomemos esta quantidade em moedas de dólar e cubramos todo o Estado norte-americano do Texas (o maior, com 684.000 Km²), o que cobriria este Estado com altura de 60 centímetros. Então marcaríamos apenas uma destas moedas e misturaríamos todas as moedas e pediríamos para alguém encontrar a moeda marcada. Quais as chances desta moeda ser encontrada? É justamente esta mesma probabilidade absurda e inimaginável que possuem as profecias sobre Jesus de terem ocorrido por acaso, em uma pessoa qualquer.
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NOTA: O livro “A Ciência Fala” foi elogiado pelo Dr. H. Harold Hartzler da Sociedade Científica Norte-Americana, que cuidadosamente o examinou com uma equipe de especialistas e concluiu-se que o material analisado é cuidadoso e confiável no trato do material científico, com princípios de probabilidade corretos, aplicados de maneira apropriada e convincente.

sábado, 30 de janeiro de 2010

EVIDÊNCIAS PROFÉTICAS DA BÍBLIA

As profecias bíblicas vêm se cumprindo através da história humana. Elas começaram já com Adão e Eva, com a promessa de que um descendente de Abraão acabaria com a maldição provocada pela desobediência deles (Gênesis 3:15-16), o que se cumpriu através de Jesus Cristo (Gálatas 3:16; 4:4; Mateus 1:20).

Todas as profecias do Antigo Testamento sobre Jesus se cumpriram: Por exemplo: Ele nasceria em Belém (Miquéias 5:2; Mateus 2:4-8; Lucas 2:4-7; João 7:42). Ele nasceria de uma virgem (Isaías 7:14; Mateus 1:18,24,25; Lucas 1:26-35). Ele era o Filho de Deus (Salmo 2:7; Mateus 3:17). Ele seria da Tribo de Judá (Gênesis 49:10; Miquéias 5:2; Mateus 1:2; Lucas 3:23,33; Hebreus 7:14). (Para maiores detalhes, vejam Mt 2:4-6; At 3:18; 10:43; 13:29; 17:2-3; Rm 1:2; 1Co 15:3-4; 1Pe 2:5-6).



Agora, em relação à profecia contra a cidade de TIRO (veja foto abaixo), por exemplo, encontrada no livro de Ezequiel (592-570 a.C.), as suas predições foram cabalmente cumpridas. Nabucodonosor sitiou Tiro três anos depois da profecia e depois de treze anos, reconheceu ali a soberania babilônica. Tiro, com o resto da Fenícia, passou a fazer parte do império Persa. Mas, Nabucodonosor encontrou a cidade praticamente deserta, a maioria dos habitantes tinha se mudado para uma ilha e construído uma cidade. A Tiro do continente foi destruída em 573 a.C. conforme Ezequiel 26:8, “Nabucodonosor destruirá a cidade de Tiro localizada no continente”.


Na batalha travada entre Alexandre, o Grande e os Persas, Alexandre demoliu a Tiro continental e com o entulho construiu uma passagem entre as duas Tiro (332 a.C.), conforme Ezequiel 26:12, “lançarão o entulho na água”. Tiro nunca se recuperou completamente, a maior parte onde estava a cidade continental atualmente é um local plano como o alto de uma penha, conforme Ezequiel 26:4, “será feita uma penha descalvada; plana como o topo de uma penha” e um local onde os pescadores remanescentes espalham suas redes para secarem, conforme Ezequiel 26:5, “pescadores espalharão suas redes no local”. Tiro permaneceu em ruínas, jamais foi reconstruída, conforme Ezequiel 26:14, “jamais será reconstruída”. Até nos dias de hoje a grande e formosa Tiro permanece apenas como um pequeno vilarejo e um porto de pescadores ao sul de onde era a antiga Tiro.

No livro “A Ciência Fala”, o matemático e cientista Peter Stomer demonstra matematicamente a probabilidade de cumprimento da profecia contra Tiro, entre outras cidades, de 1 em 7,5 X 10 , ou seja, um número muito difícil de expressar, uma probabilidade tão minúscula que pode ser considerada inexistente. Sobre as profecias do Antigo Testamento referentes a Jesus Cristo (mais de 300!), Stoner afirmou que a probabilidade de apenas 8 dessas profecias terem sido cumpridas por acaso é 1 em 10 elevada à décima sétima potência , isto é, 1 em 100.000.000.000.000.000 (!!).

Comparem com semelhante estudo no seguinte endereço: http://doa-a-quem-doer.blogspot.com/2009/06/o-cumprimento-das-profecias-biblicas.html.

Para se ter uma idéia, suponhamos que tomemos esta quantidade em moedas de dólar e cubramos todo o Estado norte-americano do Texas (o maior, com 684.000 Km²), o que cobriria este Estado com altura de 60 centímetros. Então marcaríamos apenas uma destas moedas e misturaríamos todas as moedas e pediríamos para alguém encontrar a moeda marcada. Quais as chances desta moeda ser encontrada? É justamente esta mesma probabilidade absurda e inimaginável que possuem as profecias sobre Jesus de terem ocorrido por acaso, em uma pessoa qualquer.


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NOTA: O livro “A Ciência Fala” foi elogiado pelo Dr. H. Harold Hartzler da Sociedade Científica Norte-Americana, que cuidadosamente o examinou com uma equipe de especialistas e concluiu-se que o material analisado é cuidadoso e confiável no trato do material científico, com princípios de probabilidade corretos, aplicados de maneira apropriada e convincente.
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FONTES DE PESQUISA:
“Evidência que exige um veredicto – Vol. I” (Josh McDowell)–Editora Candeia
“Em defesa de Cristo” (Lee Strobel) – Editora Vida
“Enciclopédia de Apologética” (Norman Geisler) – Editora vida
Revista “Defesa da Fé” - nº 57 - junho de 2003

domingo, 24 de janeiro de 2010

EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS DA BÍBLIA

Em Daniel 5 é mencionado que o rei da Babilônia, em 539 a.C., era BELSAZAR, personagem que foi confirmado apenas quando W. H. F. Talbot publicou em 1861 a tradução de uma oração oferecida pelo rei Nabonidus, na qual ele pede aos deuses que abençoem seu filho Belsazar.

Em 1845, o arqueólogo Henry Layard encontrou na antiga Nínive, o chamado “Obelisco Negro de Salmaneser III” (foto abaixo), um dos mais antigos artefatos com referência a um personagem bíblico: o rei hebreu JEÚ (Séc. IX a.C.). O obelisco negro possui caracteres cuneiformes e contém as leis detalhadas de Hamurabi, um texto pré-mosaico, três séculos mais antigos que os escritos de Moisés, que era tido como um homem primitivo e que não dispunha de um alfabeto.


Fato semelhante ocorre com o “Prisma de Taylor” (foto abaixo), um prisma hexagonal de argila queimada que refere-se à batalha entre Senaqueribe e o rei hebreu Ezequias (Séc. VII a.C.). Vejam 2º Reis 19, 2º Crônicas 32 e Isaías 37:38.


Antigamente era postulado que não existiam heteus na época de Abraão, mas graças a descobertas arqueológicas, existem centenas de referências cobrindo mais de 1.200 anos dos heteus. Nelson Glueck, um dos três maiores arqueólogos do mundo chegou a afirmar que JAMAIS EM SUAS INVESTIGAÇÕES ARQUEOLÓGICAS ENCONTROU UM ÚNICO OBJETO ANTIGO QUE ENTRASSE EM CONTRADIÇÃO COM A BÍBLIA.

O renomado arqueólogo, professor Albright asseverou que a chamada “Tabela das Nações” de Gênesis 10 é SURPREENDENTEMENTE EXATA, única na literatura antiga, e, apesar da complexidade, demonstra uma compreensão “moderna” da situação étinica e lingüística do mundo moderno.

JACÓ aparece em conexão com o nome de um chefe hykso (Ya‘qub-el), num texto do século XIII a.C. encontrado em Chagar-Bazar, na Alta Mesopotâmia. Já ABRAÃO surge entre os mais de 15 mil tabletes (veja fotos baixo de exemplares) encontrados nas ruínas da antiga cidade de Ebla (Síria). A grafia Aba-am-ra-am é muito próxima do hebraico ‘avraham. Os tabletes encontrados ali por Paolo Mathiae e G. Petinatto são datados seguramente entre 2500 e 2000 a.C. O nome de alguns dos filhos de Jacó, como por exemplo Benjamin, possui correspondente acadiano (binu-yamin, povos do sul) e é também atestado no início do II milêncio a.C. Já Aser e Issacar são encontrados numa lista egípcia do XVIII século a.C.


A descoberta dos tabletes de Ebla auxiliou na confirmação histórica não só de Abraão, mas das cidades de SODOMA, GOMORRA, ADMÁ, ZEBOIM E ZOAR (Gênesis 14), eles se referem a todas elas, sendo que um deles relaciona as cidades na mesma seqüência do registro bíblico. O relato da confusão da linguagem falada na TORRE DE BABEL (Gênesis 11) também é confirmado pelos estudiosos do assunto, que atestam a probabilidade de ser realmente o início da divisão dos idiomas atuais.

Durante as escavações de JERICÓ (1930-1936), (veja foto abaixo como exemplo), o arqueólogo Garstang e sua equipe descobriram que o muro daquela cidade havia sido construído para cair para fora, o que realmente ocorreu conforme o texto de Josué 6:20, ao contrário dos muros de outras cidades antigas que caíram para dentro.


A arqueologia também comprovou significativamente o texto que temos hoje (massorético) também no caso da descoberta do Selo de Jeremias, um sinete empregado para imprimir selos de betume em jarras de vinho, datado do 1º ou 2º séc. A.D., que contém o texto de Jeremias 48:11 em relevo, praticamente idêntico ao texto massorético. Sem falar do Papiro Roberts (Séc. II a.C.) e o Papiro Nash (antes de 100 a.C.) que também confirmam o texto massorético.

Sir William Ramsey, considerado um dos maiores arqueólogos que já existiram foi forçado diante das evidências que encontrou em suas pesquisas arqueológicas a concordar com o relato de LUCAS no livro de ATOS DOS APÓSTOLOS, chegando a afirmar que este livro bíblico é “autoridade sobre a Ásia Menor em questões de topografia, e de usos e costumes da antiguidade”, e mais: “a narrativa revelava ser maravilhosamente verdadeira” e “pouco a pouco vim a descobrir nesse livro um útil aliado na investigação de alguns pontos obscuros e difíceis”.

Relatos do evangelho de Lucas também são confirmados, como no caso do censo (Lucas 2:1-3). Descobertas revelaram que os romanos realizavam censos a cada 14 anos, sendo que o relato provavelmente é do ano 9 ou 8 a.C. Há realmente indícios de que Quirino foi governador da Judéia em 7 e 6 a.C. (data confirmada por Flávio Josefo). Também um papiro da mesma época encontrado no Egito oferece orientações quanto àquele censo.

Outras informações de Lucas confirmadas pela arqueologia foram a localização de Derbe e Listra (Atos 14:6) em 1910, entre outras cidades, as pessoas de Lisânias (Lucas 3:1), Públio (Atos 28:7) e a assembléia de Atos 19:23. A vida e as palavras do apóstolo PAULO também foram confirmadas, como a menção a Erasto (Romanos 16:23) em 1929 durante escavações de Corinto, quando também encontrou-se evidências da “sinagoga dos hebreus” onde Paulo pregou (Atos 18:4-7) e do “mercado da carne” (1ª Coríntios 10:25).

O pátio onde JESUS foi julgado por Pilatos, chamado o Pavimento (João 19:13), foi descoberto apenas recentemente, pois, o local ficou soterrado quando da reconstrução de Jerusalém na época do Imperador Adriano. O poço (tanque) de Betesda (João 5:2) localiza-se na zona nordeste da cidade velha (em Jerusalém) e foi descoberto em 1888.

Outras importantes descobertas foram a pintura de Beni Hasan, revelando como era a cultura patriarcal 19 séculos antes de Cristo, a estrela de basalto de Dã, descoberta em 1993, que provou, sem sombra de dúvidas, a existência do rei DAVI, o tablete 11 do épico de Gilgamés, descoberto em 1872, por George Smith, que provou a antigüidade do relato do DILÚVIO, o tanque de Gibeão (2º Samuel 2:13; Jeremias 41:12), descoberto em 1833, por Edward Robinson, o selo de Baruque, descoberto em 1975, provando a existência do secretário e confidente do profeta Jeremias e o palácio de Sargão II, rei da Assíria (Isaías 20:1), descoberto em 1843, por Paul Emile Botta, entre tantas outras.

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Links úteis:
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FONTES DE PESQUISA:
“Evidência que exige um veredicto – Vol. I” (Josh McDowell)–Editora Candeia
“Em defesa de Cristo” (Lee Strobel) – Editora Vida
“Enciclopédia de Apologética” (Norman Geisler) – Editora vida
Revista “Defesa da Fé” - nº 57 - junho de 2003

sábado, 23 de janeiro de 2010

EVIDÊNCIAS TEXTUAIS DA BÍBLIA


Buscando identificar qual o nível de credibilidade entre as cópias das Escrituras que temos, traduzidas diretamente de manuscritos, ou seja, cópias feitas à mão, e o texto original, podemos afirmar que a Bíblia é o documento antigo que foi mais copiado e divulgado. Sabemos da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do NT (NOVO TESTAMENTO).

Além dos mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina (versão da Bíblia em latim), e cerca de 9.300 manuscritos de outras antigas versões (egípcia, armênia, árabe, gótica, eslavônica, etc.), perfazendo um total de mais de 24.000 cópias de porções do Novo Testamento. Quanto maior for o número de cópias em harmonia, principalmente se forem oriundas de regiões diferentes, maior será a chance de analisá-las, permitindo, assim imaginarmos como seriam os documentos originais. Nenhum outro documento antigo consegue se aproximar desses números. Ou seja, se desconfiarmos da Bíblia, teremos que por em descrético também toda a literatura antiga.

Segundo Sir Frederic G. Kenyon, ex-diretor e bibliotecário-chefe do Museu Britânico (uma das maiores autoridades em manuscritos), em nenhum outro caso da literatura antiga o intervalo de tempo entre a escrita do texto original e a data dos manuscritos mais antigos é tão pequeno como no caso do NT. Se compararmos o NT, por exemplo, com as sete peças remanescentes de Sófocles, por exemplo, o manuscrito mais antigo e importante foi copiado mais de 1.400 anos depois de sua morte. No caso do NT as cópias mais antigas datam de 250 a 300 anos após a data da sua autoria, ou seja, segunda metade do primeiro século.


Dois dos mais importantes manuscritos do NT foram escritos em um período não superior a 300 anos após sua finalização e manuscritos praticamente integrais de alguns livros do NT, bem como alguns incompletos, mas longos, de suas partes foram copiados em datas tão anteriores quanto um século após serem escritos originalmente. Por exemplo, o manuscrito de John Rylands (130 A.D.), o Papiro Bodmer II (150-200 A.D.), os Papiros Chester Beatty (200 A.D.), o Códice Vaticano (325-350 A.D.) e o Códice Sinaítico (350 A.D.). Em seguida ao NT, existem mais manuscritos sobreviventes da “Ilíada”, de Homero (643) do que de qualquer outro livro (porém o texto mais antigo e completo data do século XIII d.C). Tanto a Ilíada como a Bíblia foram consideradas “sagradas”, ambas sofreram mudanças textuais e os seus manuscritos gregos foram alvo de crítica textual. O NT possui aproximadamente 20.000 linhas, já a Ilíada aproximadamente 15.600 linhas.

Existem dúvidas sobre apenas 40 linhas ou 400 palavras do NT, mas, na Ilíada, são questionadas 764 linhas. Estes 5% de corrupção textual da Ilíada espelham um contraste com o 0,5% de alterações do NT, porcentagem que enseja uma variação textual tão ínfima que sua aceitação ou rejeição não provocaria nenhuma alteração no corpo doutrinário cristão. Ademais, certamente a doutrina ou relato apresentado nestas pouquíssimas palavras duvidosas são abundantemente confirmados por outras passagens das Escrituras.

As TRADUÇÕES ANTIGAS constituem um outro forte apoio em favor do testemunho e exatidão dos textos bíblicos disponíveis. Raramente a literatura antiga era traduzida para outro idioma, mas, os missionários cristãos necessitavam da Bíblia traduzida para levar o evangelho a povos de outros idiomas. As versões do NT em siríaco e latim foram feitas em cerca de 150 A.D., o que nos deixa bem próximos da composição original.

Sem falar as milhares de citações (mais de 36.000) dos chamados “PAIS DA IGREJA” (Séculos II e III d.C.) com relação ao NT, entre eles Clemente de Roma (95 A.D.), Inácio (70-110 A.D.), Policarpo (70-156 A.D.), Irineu (170 A.D.), Clemente de Alexandria (150-212 A.D.), Tertuliano (160-220 A.D.), Justino Mártir (133 A.D.), Orígenes (185 254 A.D.).

Suas citações poderiam recompor praticamente todo o NT sem recorrer aos manuscritos. Irineu, bispo de Lion, que foi aluno de Policardo, que por sua vez, foi discípulo do apóstolo João, afirmou que é tão firme a base sobre a qual os evangelhos foram escritos que as pessoas que eram contra os ensinamentos bíblicos também confirmavam a sua veracidade e os tomavam por base para estabelecer suas próprias doutrinas.

Com relação ao texto do AT (ANTIGO TESTAMENTO), temos principalmente as descobertas importantíssimas dos manuscritos de uma biblioteca de uma sinagoga no Cairo (Egito) em 1890, com cerca de 10.000 manuscritos bíblicos e a descoberta dos “ROLOS DO MAR MORTO”, em 1947, contendo manuscritos datados pelos estudiosos como sendo entre os séculos III e I a.C., com cerca de 40.000 fragmentos, permitindo a reconstituição de 500 livros (critãos ou não). Outros manuscritos do AT, entre outros, são o Códice do Cairo (895 A.D.), o Códice dos Profetas de Leningrado (916 A.D.), o Códice Babilônico Petropalitano (1008 A.D.) e o Códice do Museu Britânico (950 A.D.).

Precisamos salientar o impressionante cuidado que os copistas possuíam ao transcrever os seus manuscritos, como os TALMUDISTAS (100-500 A.D.) que possuíam exigências rigorosas e minuciosas para transcrever os rolos das sinagogas e os MASSORETAS (500-900 A.D.), que tratavam o texto sagrado com uma reverência inimaginável, que produziram o conhecido texto massorético (o texto hebraico padrão hoje), introduzindo a pontuação vocálica (vogais, que não existiam no hebraico original), para garantir a pronúncia correta. Um rolo do livro de ISAÍAS datado de 125 A.D., por exemplo, encontrado nas cavernas de Qumran (Rolos do Mar Morto) é praticamente idêntico ao texto massorético de Isaías, datado de 916 A.D.

A SEPTUAGINTA (Séc. III a.C.), tradução do AT para o grego, também dá grande suporte para a credibilidade do texto do AT, por apresentar um texto praticamente idêntico ao texto massorético (916 A.D.), que foi, assim, preservado por 1.300 anos.

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Links úteis:
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AS POSTAGENS SOBRE EVIDÊNCIAS TEXTUAIS, HISTÓRICAS E PROFÉTICAS DA BÍBLIA POSSUEM AS SEGUINTES FONTES DE PESQUISA:
“Evidência que exige um veredicto – Vol. I” (Josh McDowell)–Editora Candeia
“Em defesa de Cristo” (Lee Strobel) – Editora Vida
“Enciclopédia de Apologética” (Norman Geisler) – Editora vida
Revista “Defesa da Fé” - nº 57 - junho de 2003

domingo, 17 de janeiro de 2010

A QUESTÃO CANÔNICA (A FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO)


Em meados do segundo século a Igreja tinha um conjunto de escritos dos apóstolos de Cristo além da Bíblia em hebraico. Como este novo conjunto de livros veio a existir? Por que a Igreja necessitou do Novo Testamento? Os principais motivos foram:

Primeiro: A Igreja precisava de relatos das testemunhas oculares de Cristo, de suas experiências e de sua fé, pois estavam desaparecendo de cena. Todos os apóstolos, menos João, morreram antes de 70 A.D.. Sendo assim, Marcos registrou o material que ouvira de Pedro usar em suas pregações, e Lucas compilou a vida e o material das pregações de Paulo. Mateus escreveu seu próprio evangelho e João fez o mesmo, provavelmente percebendo que sua morte era iminente;

Segundo: O mundo precisava da história de Jesus e suas mensagens e os primeiros cristãos precisavam da palavra escrita sobre o evangelho para melhor alcançar o mundo, pois o evangelho encontrou no império romano uma forte cultura literária;

Terceiro: Os discípulos precisavam de treinamento e a escrita era vital para o discipulado e a multiplicação de cristãos, pois os missionários após o treinamento se moviam para outros campos;

Quarto: A fé precisava ser propagada: Muitos dos primeiros cristãos acreditavam que Cristo voltaria enquanto estivessem vivos, mas, com o passar do tempo, perceberam que o seu trabalho era para longo prazo e tinham de transmitir sua fé às futuras gerações;

Quinto: A igreja precisava de padrões doutrinários, pois conforme envelhecia e se expandia encontrava diferentes formas de crer e pensar e era necessário discernir a crença correta das erradas e defender a fé evangélica;

Sexto: Os cristãos precisavam de diretrizes práticas para suas igrejas e suas vidas;

Sétimo: A Nova Aliança exigia o Novo Testamento, pois a Antiga Aliança (Antigo Testamento) era o contrato de Deus com a humanidade baseado no sacrifício de animais, sistema sacrificial que foi cumprido com a morte e ressurreição de Jesus.

Os primeiros livros do N.T. a serem colecionados e usados em larga escala foram as cartas de Paulo (cerca de 100 A.D.) e a seguir vieram os evangelhos. O livro de Atos sempre foi reconhecido como uma seqüência do evangelho de Lucas e por questão de ordem foi colocado após os evangelhos.

O restante do N.T. foi escolhido através de diferentes processos: 1º Pedro e 1º João raramente foram questionados. Hebreus foi aceito depois de associado com Paulo (apesar de jamais ter sido comprovada a autoria deste livro). Quando a autoria de 2º Pedro, 2º e 3º João, Tiago, Judas e Apocalipse foi estabelecida, esses livros foram também incluídos na lista.

Após algumas listagens diferentes do mesmo cânon, a que obteve finalmente aprovação em toda a igreja foi estabelecido por Atanásio, bispo de Alexandria, em 367 A.D. Sendo aprovada pelos concílios da igreja reunidos em Hippo Regius em 393 A.D. e Cartago em 397 A.D. e permanece sendo o cânon do nosso Novo Testamento.

Alguns livros, entretanto, já haviam sido reconhecidos como canônicos muito antes disso, nas próprias páginas da Escritura: O apóstolo Paulo usou a palavra “Escritura” para livros pertencentes tanto ao Antigo como ao Novo Testamento, confirmando a autoridade de ambos (1ª Timóteo 5:18).

A primeira referência de Paulo é extraída de Deuteronômio 25:4 e a segunda, das palavras de Jesus no evangelho de Lucas 10:7. Paulo considerava ambos os testamentos como “Escritura” divina. O apóstolo Pedro fez também uso da palavra “Escritura” ao se referir às epístolas de Paulo, confirmando autoridade a elas e colocando-as em pé de igualdade com o Antigo Testamento (2ª Pedro 3:15-16).

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sábado, 16 de janeiro de 2010

A QUESTÃO CANÔNICA (A FORMAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO)

Como foram os testes aplicados aos livros pela Igreja?

1º) Havia o teste de autoridade do escritor. No caso do Antigo Testamento, isto significa a autoridade do legislador, do profeta ou líder em Israel. Em relação ao Novo Testamento, o livro deveria ter sido escrito ou influenciado por um apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, e Paulo a Lucas;

2º) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria demonstrar ao leitor algo diferente de qualquer outro livro por comunicar a revelação de Deus; e

3º) O veredicto das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto ao cânon.

Em relação especificamente ao A.T. a revelação escrita foi dada por Deus e colecionada pelos judeus em três estágios: A LEI em primeiro lugar, os regulamentos religiosos da comunidade judaica. A seção recebeu o nome de “Torá” (instrução), chamada também de Pentateuco (cinco livros: de Gênesis a Deuteronômio).

A seguir vieram os PROFETAS, chamados de “Nebiim”, divididos em Profetas anteriores: Josué, Juízes, 1º e 2º Samuel e 1º e 2º Reis e Profetas posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os conhecidos profetas menores (de Oséias a Malaquias).

Por último temos os ESCRITOS, ou “Ketubim” que são: Salmos, Provérbios, Jó, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e 1º e 2º Crônicas. Temos assim a primeira divisão da Bíblia hebraica: A lei, os profetas e os escritos. Este arranjo era comum nos dias de Jesus (Lucas 24:44).

O processo de canonização dos livros levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do Antigo Testamento já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século A.C. (Esdras 7:14), todavia eles não foram formalmente listados e arranjados até cerca de 90 A.D..

Esta lista final teve duas razões para ser criada:

Primeira: Jerusalém havia sido destruída pelos romanos em 70 A.D. e os judeus compreenderam que precisavam preservar suas Escrituras de uma nova catástrofe; e

Segunda: Os escritos cristãos que formam o nosso Novo Testamento estavam se tornando populares. Os judeus queriam finalizar as suas Escrituras, a fim de evitar a influência cristã.

Segundo a tradição judia, dois concílios de rabinos e estudiosos foram realizados para cumprir a tarefa. Eles se reuniram em 90 e 118 A.D. em Jamnia (ou Jabne) na costa do Mediterrâneo. Os livros da Bíblia hebraica foram então discutidos e preparada uma lista adequada.

Acredita-se que o próprio Senhor Jesus delimitou os livros canônicos do Antigo Testamento (vejam Lucas 11:48-51). O relato da morte de Abel está, é claro, em Gênesis; o de Zacarias (não se trata do conhecido profeta) se acha em 2º Crônicas 24:20-22, que é o último livro na disposição da Bíblia hebraica (no lugar de Malaquias), como vimos anteriormente.

Para nós é como se Jesus tivesse tido: “Sua culpa está registrada nas Escrituras – de Gênesis a Malaquias”. Jesus não incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em Seu tempo e que continham relatos das mortes de outros mártires israelitas, devido às inúmeras heresias, lendas e mandamentos contrários a Palavra de Deus encontradas nestes livros.

A igreja protestante jamais admitiu tais livros no cânon e temos inúmeras citações do Antigo Testamento no Novo Testamento e absolutamente nenhuma menciona os livros apócrifos.

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domingo, 10 de janeiro de 2010

DIVINA, MARAVILHOSA, PERFEITA...

...sempre fiel e verdadeira, sempre tem muitas históricas para contar, fala sobre o passado, o presente e o futuro, mexe com os sentimentos de qualquer um, passou com louvor nos melhores testes, bilhões de pessoas ao redor do mundo já tiveram um encontro com ela e tiveram suas vidas transformadas...


Mas, quem é ela? uma modelo famosa? Uma nova atriz? Uma deusa? Uma profetisa? Uma linda fada? Uma bela cartomante? Uma nova mãe-de-santo?

Não, não é nada disso. Estamos obviamente falando da Bíblia.


Existe uma regra importante e interessante na natureza: aquele que produz ou cria alguma coisa, seja nas artes, seja na ciência ou outra área, deixa a sua marca, a sua identificação em seu trabalho, algum traço de sua personalidade. E mais, o criador fará todos os esforços para que a sua obra seja preservada sem sofrer qualquer ameaça de deterioração e desvalorização com o tempo.


Essa relação entre criador e sua obra se inicia em Deus, pois os atributos que não visualizamos, a essência ou natureza e o poder de Deus sempre puderam ser claramente observados através das obras criadas por Ele (Romanos 1:20).

Sendo assim, estudando alguns aspectos da natureza e do universo em geral, poderemos encontrar traços ou marcas deixados pr Deus de Sua essência. É uma situação semelhante ao que acontece com diversas atividades humanas. Os autores de obras de arte podem claramente refletir o que pensam e suas próprias personalidades em seus trabalhos. Da mesma forma isso ocorre na música, que pode transmitir os sentimentos do compositor e em outras inúmeras formas de arte.

A veracidade da Bíblia e de suas histórias vem sendo confirmada através dos séculos por um número cada vez maior de estudiosos de diversos ramos da ciência, seja pela história, a geografia, a astronomia, a arqueologia, a medicina, a física, etc.. Muitos relatos e fatos narrados nas Escrituras Sagradas e tenazmente refutados pelos críticos, atualmente já foram confirmados por estudiosos de renome mundial. As profecias bíblicas, inclusive, ano a ano vêm se cumprindo.

Agora ponderemos: Se, em termos terrenos, humanos e proféticos ela é 100% verdadeira, seguramente é também 100% verdadeira naquilo que afirma sobre Deus e os valores espirituais nela contidos (João 3:11-12).

Partindo, portanto, do pressuposto que o que Deus diz é sempre verdade e sabemos que “contra fatos não há argumentos”, nada podemos fazer contra a verdade, mas apenas a favor dela (2ª Coríntios 13:8). Devemos, então, aceitar a Bíblia como um todo inspirado por Deus. Pode-se até não entender ou não concordar com algo que está escrito, mas não se pode afirmar que seja mentira, pois Deus nunca mente.

Quem pode dizer que existe alguma falha em Deus? Quem pode dizer que conhece a Deus profundamente e O compreende plenamente? Não, nada disso é possível. Deus é perfeito e verdadeiro, Ele jamais erra, mente ou se arrepende (1º Samuel 15:29; Isaías 45:19b; Hebreus 6:18), Seu conhecimento e sabedoria são inatingíveis (Romanos 11:33-36).

Evidentemente tudo aquilo que Deus fala reflete aquilo que Ele é na Sua essência. Portanto, Suas palavras ou a Sua Palavra também é perfeita, infalível e verdadeira (Salmo 119:140a; João 10:35; 17:17). Ela é eterna, jamais voltará atrás, tudo será cumprido (Isaías 55:10-11; Lucas 16:17), ela é útil para o nosso aprendizado e edificação (Salmo 119:130; Romanos 15:4; Hebreus 4:12; 2ª Timóteo 3:16-17; 2ª Pedro 1:20b-21).

Com o ser humano, criado com perfeição por Deus, à Sua imagem e semelhança, mas que se desviou com seus pecados (Gênesis 1:26-31, Eclesiastes 7:29; Jeremias 17:9), não encontram-se a perfeição e a infalibilidade. Por isso, nós encontramos algumas dificuldades de compreender o que está registrado em alguns trechos da Bíblia. Mas, por quê? É culpa de Deus? Não, jamais. Se temos dificuldades na compreensão do texto sagrado é justamente devido à nossa limitação e imperfeição, seja por não termos ainda entendido o significado das palavras e nem compreendido os contextos cultural, geográfico, histórico, lingüístico, entre outros, nos quais foram escritas e para quem foram escritas.

Ao nos deparar com um versículo de difícil compreensão, não desanimemos, com certeza, outros versículos da própria Bíblia nos auxiliarão na compreensão. Não existem contradições ou falhas na Bíblia, do contrário Deus teria errado, o que é impossível. Na verdade todos os versículos se complementam, sempre em direção da mesma mensagem: JESUS CRISTO (João 5:39).

Deus assegurou não só a transmissão infalível de Suas palavras para o papel, como também a Sua preservação. As ciências que tratam da datação, comparação e da preservação de manuscritos antigos, inclusive os da Bíblia, asseguram que praticamente 100% do texto bíblico é fiel aos textos originais.

Ou seja, NENHUMA DOUTRINA CRISTÃ FOI CORROMPIDA ATRAVÉS DO TEMPO.

sábado, 9 de janeiro de 2010

A ORIGEM DA BÍBLIA (ASPECTOS DIVERSOS)

A Bíblia é o livro mais conhecido no mundo inteiro e é a base de duas das maiores religiões do planeta: judaísmo (apenas Antigo Testamento) e cristianismo, sendo que este último adota ambos os Testamentos, mas, se divide em protestantismo (cristianismo reformado) e catolicismo (com alguns livros a mais em relação ao protestantismo).

Contudo, apesar da vasta utilização da Bíblia no mundo, será que todos que a lêem e estudam sabem qual a sua origem? Afinal, quem a escreveu e quando? Qual a sua finalidade? Porque exatos sessenta e seis livros compõem a Bíblia para os cristãos protestantes e porque outros livros compõem a Bíblia “católica”?

A palavra “Bíblia” não consta de nenhuma parte das Sagradas Escrituras. É geralmente aceito que ela foi primeiramente usada por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla no século IV. Ela se origina do termo grego “biblos”, que significa “um livro” (conforme Mateus 1:1) e é o nome dado à polpa interna da planta do papiro na qual se escreviam os livros sagrados. Na sua forma diminutiva é “biblion”, ou seja “pequeno livro” (conforme Lucas 4:17).

Como a estrutura que conhecemos hoje de 66 livros se formou e por que está “limitada” a estes livros? A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada questão canônica. A palavra “cânon” deriva de um termo hebraico que significa “junco” ou “vara de medir”. A palavra veio eventualmente a significar catálogo ou lista de livros. Cânon, portanto, é a coleção de livros que passaram pelo testes de autenticidade e autoridade realizados pela Igreja.

A Bíblia originalmente foi escrita em três idiomas: o hebraico é o mais antigo dos três, sendo a língua da maior parte do Antigo Testamento. Ele é escrito da direita para a esquerda, sem letras maiúsculas ou minúsculas. O hebraico bíblico se compunha inteiramente de consoantes e a escrita aparecia em uma linha contínua, com pouquíssima separação entre as palavras; as vogais foram acrescentadas séculos mais tarde.

A segunda língua da Bíblia é o aramaico, um descendente do hebraico. Era a linguagem comum dos judeus nos anos posteriores à era do Antigo Testamento, usada também durante todo o período do Novo Testamento. Encontramos o aramaico em três passagens do Antigo Testamento: Esdras 4:8; 6:18; 7:12-26 e Daniel 2:4; 7:28. Embora conhecessem e usassem o hebraico, o aramaico foi a língua falada geralmente por Jesus e seus discípulos. Diversos termos aramaicos podem ser encontrados em todo o Novo Testamento (por exemplo, “Aba” para Pai em Marcos 14:36).

O terceiro idioma bíblico é o grego. Nos dias de Jesus, o grego era a linguagem escrita universal do império romano e o Novo Testamento foi escrito nesse idioma. Todavia, o grego do N.T. é o “koinê” (significando “comum”) e não o grego clássico dos eruditos, mostrando que a Bíblia se destinava a todos e não apenas aos eruditos.

No mundo antigo a escrita era um processo caro e trabalhoso. Os livros tinham de ser escritos e copiados a mão (o primeiro livro impresso não foi completado até cerca de 1455 A.D.). Os sistemas postais do império romano ficavam geralmente restritos ao uso do governo, de modo que os autores bíblicos tiveram de arranjar viajantes especiais ou mensageiros para transportar os seus escritos.

O “papel” dos tempos bíblicos era o papiro, uma planta esguia que crescia às margens do rio Nilo (a palavra “papel” vem de “papiro”). As “canetas” eram pincéis feitos de junco; a “tinta” era geralmente um tipo de cola de carbono líquido. O papiro era comum e barato, mas frágil e de fácil deterioração.

Um material mais durável e dispendioso era o pergaminho, feito de peles de animais (ovelhas ou cabras) e que foi aperfeiçoado cerca de 200 a.C. e os ricos o utilizavam. Tanto o papiro como o pergaminho eram enrolados em varas de madeira, formando rolos. Cerca de 100 A.D. as pessoas começaram a cortar os rolos em tiras e costurá-los, o que veio a ser chamado de “códice”, o ancestral do nosso livro.

A palavra “testamento”, para designar as duas divisões da Bíblia, provém do termo latim “testamentum” que se deriva do vocábulo grego “diathéke”, que, na maioria de suas ocorrências na Bíblia grega, significa “concerto” em vez de testamento (Êxodo 24:7-8; Hebreus 8:13; 1ª Coríntios 11:25). Os termos “Antigo Testamento” e “Novo Testamento”, entraram no uso geral entre os cristãos na última parte do século II.

Os 66 livros da Bíblia adotada pelo cristianismo reformado foram escritos em um período que compreende 16 séculos. Seus autores, cerca de 40, eram de várias profissões e atividades. Eles viveram e escreveram a Bíblia em países, regiões e continentes distantes uns dos outros, em épocas e condições diversas. Entretanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita.

A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de “citações”, em 1227 ela foi dividida em capítulos. Em 1551, outra decisão foi tomada; criar subdivisões. E, assim, os textos foram agrupados em versículos.

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domingo, 3 de janeiro de 2010

LIDANDO COM AS EVIDÊNCIAS DA FÉ CRISTÃ


Iremos demonstrar neste blog centenas de evidências histórico-científicas que confirmam as Escrituras Sagradas, mas precisamos ressaltar que as evidências do cristianismo jamais poderão substituir a nossa fé, que por sua vez, é primordial para a salvação e comunhão com Deus.

Aliás, quando defendemos a fé cristã baseados em todas as suas evidências incontestáveis, não desrespeitamos a fé, mas sim, a enfatizamos, qualificamos, reforçamos e a renovamos.

Ademais, é preceito bíblico que tenhamos sempre explicações para a fé que professamos (1Pe 3:15). Temos assim também ferramentas importantes para a evangelização e para resistirmos firmes diante de momentos de provação e fraqueza.

Já não bastam as tentações carnais diárias e ainda temos que lidar com influências externas de todos os lados, no anseio de nos afastar da fé e desacreditá-la, principalmente influências das arenas acadêmicas, intelectuais, que são importantes para o crescimento da sociedade e do nosso conhecimento, mas que, geralmente desprovidas de uma adequada interpretação bíblica e de uma argumentação razoável baseada em pesquisas de evidências científicas, elas tentam minar a fé daqueles cristãos mais despreparados. E infelizmente atualmente, por inúmeras razões, os cristãos estão cada vez mais despreparados.

Mas será que os céticos e descrentes e até mesmo os cristãos estão preparados para conhecer a verdade incontestável? Será que nós, cristãos, acreditamos mesmo em tudo o que pregamos (se é que pregamos)? Nós costumamos criticar as doutrinas de outras religiões, afirmando que são um absurdo, que são mentira, que nada daquilo existe, mas nós já paramos para refletir naquilo que afirmamos?

Vamos recapitular: estamos afirmando, como cristãos protestantes, que Deus existe e é único, mas subsiste eternamente através de três formas pessoais, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Afirmamos que devido ao Seu amor incondicional, Deus, na Pessoa do Filho, se encarnou, viveu cerca de 33 anos aqui na Terra, há cerca de 2.000 anos atrás, sendo que nos últimos três anos de Sua vida, Ele pregou sobre o amor de Deus, o amor ao próximo e a vida eterna, entre tantas outras coisas.

Afirmamos que Ele, Jesus Cristo, nunca pecou e realizou inúmeros e extraordinários milagres de cura, de poder sobre a morte e sobre a natureza, mas se deixou prender, ser julgado e castigado cruel e injustamente e após passar por um sofrimento inimaginável na cruz (um instrumento de tortura destinado aos piores bandidos), morreu em nosso lugar, se entregando ao Pai pelos nossos pecados, mas depois ressuscitou poderosamente dos mortos com um corpo de carne e osso, mas glorificado, e está vivo eternamente, dirige a Sua Igreja pessoalmente, bem como está no controle soberano da história humana e em breve voltará para julgar toda a humanidade, lançar aqueles que se recuzaram a crer Nele, ou seja, os não salvos, no inferno e os salvos conduzi-los para o Paraíso, na presença pessoal de Deus eternamente, sem choro, sem dor, sem morte.

É isso realmente que nós acreditamos? Mesmo? Não parece uma história maluca ou irreal? Onde estão as provas de tudo isso? Você acredita que o que está escrito na Bíblia é verdade? Quem garante que é tudo verdade? E se os textos sobre as profecias foram escritos após o cumprimento das mesmas? Isso as invalidaria. E se o relato da criação é uma invenção criativa de alguém? Será que tudo o que os profetas e apóstolos escreveram é verdade?

Não, não estamos desejando que você desacredite na Bíblia, pelo contrário, que você creia em tudo o que está registrado nela, pois temos visto e contiaremos verificando em nossos estudos que as evidências científicas comprovam e confirmam a Bíblia.

Mas precisamos de evidências? É claro que vivemos pela fé e não pelo que vemos, mas se você como cristão critica as demais crenças religiosas e seus dogmas, rotulando-os de absurdos, mentirosos e que parecem loucura, tenha cuidado e esteja preparado para defender a sua crença como sendo a verdadeira (e sabemos que ela é a Verdade pura), pois são os adeptos de outras religiões que muitas vezes acreditam que o que pregamos é loucura.

E mais: Creiamos firmemente nesta nossa confissão de fé, independente das evidências que a confirmam, mas utilizemos estas evidências incontestáveis como ferramenta de defesa da nossa fé, na evangelização e para qualificar e enfatizar esta nossa fé diante das muitas mentiras propagadas pelas demais religiões (independente de muitos valores pregados por elas serem válidos).

Afinal, a fé cristã não é uma fé cega e burra, mas uma fé na verdade, uma fé operante. Não cremos simplesmente porque gostamos mais das histórias bíblicas em detrimento das histórias de outras religiões (mesmo que algumas delas sejam relatos verdadeiros e de pessoas honradas).

Não, nós cremos porque Deus nos salvou e nos presenteou com o Espírito Santo, que inspirou os autores bíblicos de forma sem erros, que habita em nós, que nos mostra onde e quando pecamos, que nos dá discernimento, que testifica que somos filhos de Deus e nos ensina tudo sobre Jesus.

Nós cremos não apenas porque as histórias bíblicas são bonitas e edificantes, e nem pelo fato de não serem meras lendas, mitologia e nem contos de fada, mas por serem a pura verdade.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A ATITUDE DO VERDADEIRO CRISTÃO EM RELAÇÃO À BÍBLIA

PRIMEIRAMENTE, QUEM SÃO OS CRISTÃOS VERDADEIROS?

Longe de desejarmos indicar que denominação evangélica pode ser verdadeiramente chamada de “cristã” e sem o desejo de criticar seja qual for a religião, o nosso real desejo é o de expor ensinamentos bíblicos que certamente nos traçam um caminho seguro para elucidarmos esta questão: Quem pode dizer que é um verdadeiro cristão?

A expressão “cristão” deriva obviamente de “Cristo”, que vem da palavra grega (língua original do Novo Testamento) para “Mashiah” (Messias em hebraico, língua original da maioria do Antigo Testamento), que quer dizer “ungido”.

A primeira vez que os discípulos de Cristo foram denominados cristãos está registrada no livro de Atos, logo no início da Igreja:

“...em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos” (Atos 11:26b; ARA; comparem os outros dois usos da expressão “cristão” no Novo Testamento: apenas em Atos 26:28 e em 1ª Pedro 4:16).

Conquanto que a primeira utilização da expressão “cristãos” data de quase 2.000 anos, inúmeras denominações religiosas atualmente se autodenominam “cristãs”: os evangélicos, os católicos, os espíritas, etc. Devemos, no entanto, refletir se temos sido uma manifestação do cristianismo original.

A grande questão é que o termo “cristão” está assumindo um significado mais amplo e simultaneamente perigoso. Explicamos: Todos aqueles que buscam um comportamento piedoso, caridoso e nunca roubaram ou mataram, por exemplo, se dizem “cristãos” (mas, muitos se esquecem ou não se importam com os demais ensinamentos bíblicos). Em suma, atualmente o significado de “cristão” é de uma pessoa generosa, piedosa, independentemente da crença que ela professa.

Sim, Cristo pregou o amor ao próximo e confirmou a importância dos Dez Mandamentos (Lucas 10:25-37), mas será que ser cristão é apenas isso? Como poderíamos adequadamente e sem nos aprofundar muito nas questões lingüistas e semânticas desta expressão, estabelecer um significado para ela?

Ao olharmos para as páginas sagradas da Bíblia, a Palavra de Deus para os cristãos, entendemos que ser cristão é primeiramente recebermos a Cristo como Senhor e Salvador ao nos arrependermos dos próprios pecados (Lucas 5:32; Atos 2:38) e, como conseqüência, com um coração regenerado por Deus, praticarmos, sim, as boas obras, que por si mesmas não levam ninguém ao Céu, haja vista que a salvação vem pela fé em Jesus Cristo através da graça de Deus, para que ninguém se ensoberbeça (Efésios 2:1-10). Cristão, portanto, é aquele que segue a Cristo, isto é, que faz aquilo que Ele manda, que anda conforme Ele andou (Lucas 6:46; João 15:6; 1ª João 2:6).

Já que mencionamos a Bíblia como a Palavra de Deus para os cristãos, é de suma importância, antes de observarmos qual a atitude os cristãos devem adotar com relação à ela, que se faça um questionamento:

A BÍBLIA É UM LIVRO CONFIÁVEL?

Bem, sabemos e reconhecemos que Deus é perfeito e verdadeiro, Ele jamais erra, mente ou se arrepende em todos os Seus decretos e em todas as Suas obras (Jó 11:7; 1º Samuel 15:29; Isaías 45:19b; Tito 1:2; Hebreus 6:18). E já que Deus é perfeito e verdadeiro, conseqüentemente as Suas palavras refletem a Sua essência, ou seja, a Bíblia também é perfeita e verdadeira (Salmos 119:140a; 151a; João 10:35; 17:17). A Bíblia, aliás, afirma ser a Palavra inspirada de Deus, útil para o nosso aprendizado e edificação (Salmos 119:130; Romanos 15:4; 2º Timóteo 3:16-17; Hebreus 4:12; 2º Pedro 1:20b-21). A Palavra de Deus, inclusive, é eterna, jamais voltará atrás, tudo o que está escrito será cumprido cabalmente (Isaías 55:10-11; Mateus 24:35; Lucas 16:17; 1ª Pedro 1:24-25a).

Contudo, o texto da Bíblia Sagrada que conhecemos é confiável? Como podemos ter certeza de que não houve alterações no texto durante tantos séculos após a sua composição? Todas as evidências textuais, proféticas e científicas apontam para que confiemos plenamente no texto bíblico do qual dispomos atualmente (para conhecer mais detalhadamente estes assuntos, sugerimos a leitura de todos os nossos artigos que tratam deste assunto).

E QUAL DEVE SER, ENTÃO, A ATITUDE DO CRISTÃO COM RELAÇÃO A BÍBLIA?

No estudo das evidências da Bíblia nos deparamos com um limite orientador: As ciências têm comprovado a Bíblia, sim, como é o caso da arqueologia. Mas, elas apenas tecem um pano de fundo no qual confirmam a veracidade dos relatos bíblicos naturais, mas, em contrapartida, elas não podem comprovar a ocorrência de fatos que demandam a fé, os relatos bíblicos sobrenaturais. A fé é a certeza de fatos que não vemos (Hebreus 11:1).

Os seguidores de Cristo vivem pela fé (Romanos 1:17). Além do mais, vamos refletir: Se o contexto histórico cultural da Bíblia é totalmente digno de confiança, por que os assuntos que relacionam o ser humano com o seu Criador não poderiam ser verdade também? Se, em termos terrenos, humanos e proféticos a Bíblia tem se revelado 100% verdadeira, seguramente é também 100% verdadeira naquilo que afirma sobre Deus e os valores espirituais nela contidos. É inteiramente digna de confiança. Como Jesus havia afirmado:

"...nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. Se tratando de coisas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3:11-12; ARA).

Portanto, o verdadeiro cristão deve aceitar a Bíblia por inteiro e não utilizar como verdade para a sua vida apenas uma passagem ou outra, conforme a conveniência. Parece exagero? Vejamos. Jesus afirmou:

“Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Lucas 11:23; ARA).

Portanto, QUEM NÃO CONCORDA COM ALGUM ENSINAMENTO DE CRISTO, ESTÁ CONTRA ELE E NÃO PODE SER CHAMADO CRISTÃO, consequentemente.

Mas, Jesus disse mais:

“...se de fato crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João 5:46-47; ARA).

Portanto, quem não crê no Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia, que foram escritos por Moisés) não crê também nas palavras de Jesus. E mais, quem não crê nos demais livros do Antigo Testamento não crê também em Jesus. É exatamente isto que o seguinte texto ensina:

“Então lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lucas 24:25-27; ARA; vejam Lucas 11:47-51).

Percebam que o texto afirma que TODOS os profetas, TODA a Escritura Sagrada registrou a respeito dEle, Jesus (vejam Lucas 24:44-46). E o Novo Testamento? Vejamos. Cristo disse:

“Quem recebe aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (João 13:20; ARA); “Quem vos der ouvidos ouve-me a mim, e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10:16; ARA).

Isso é muito sério. Segundo estas palavras de Cristo, QUEM APRENDE COM OS SEUS APÓSTOLOS, APRENDE OS ENSINAMENTOS DO PRÓPRIO CRISTO, ALIÁS, DO PRÓPRIO PAI CELESTE, que O enviou.

O contrário é verdadeiro também: QUEM NÃO DÁ OUVIDOS ÀS PALAVRAS DOS APÓSTOLOS DE CRISTO, ESTÁ IGNORANDO OS SEUS ENSINAMENTOS E OS DO PRÓPRIO PAI CELESTE.

Portanto, quem rejeita algum ensino do Novo Testamento, rejeita as palavras de Deus. Mas, infelizmente, nos dias de hoje, vemos não apenas muitas pessoas, mas denominações religiosas, evangélicas ou não, negligenciando estas palavras de Jesus. Em outras palavras, existe uma tendência extremamente prejudicial de se assumir como Palavra de Deus sem erros e regra de fé e prática para toda a vida apenas porções da Bíblia conforme a conveniência, apenas quando as convicções e paixões pessoais se coadunam com o que as Escrituras ensinam.

Por exemplo: as denominações religiosas atualmente chamadas “cristãs”, como evangélicos, católicos e espíritas, obviamente acreditam e seguem a Cristo. Mas, quando um trecho ou fato das Escrituras contraria uma de suas crenças, essa referida porção das Escrituras é completamente rechaçada pelos adeptos destes segmentos religiosos. Existem setores religiosos que chegam ao cúmulo de editarem sua própria versão da Bíblia, adulterando suas palavras originais para que os mesmos estejam em conformidade com seu corpo doutrinário. Outros negligenciam totalmente a Bíblia e outros ainda admitem apenas partes dela, utilizando como regra infalível outros escritos.

Será que esta é uma atitude sensata? Cada um de nós, seja de qual segmento religioso for, deve avaliar qual tem sido o nosso posicionamento pessoal em relação à Bíblia e se ela inteira é para nós a fiel e perfeita Palavra de Deus (e de fato ela o é). Se admitimos outros escritos como infalíveis no lugar da Bíblia, devemos avaliar se eles realmente expressam a perfeita vontade de Deus (já de antemão podemos ressaltar que infalível só mesmo a Bíblia, pois muitas vezes estas obras possuem erros e contradições doutrinárias, científicas, históricas e proféticas, e Deus não erra).

Afinal, o que é mais sensato: Criarmos os nossos próprios dogmas e o nosso próprio deus (justamente nós que somos imperfeitos e falhos) ou aceitar a revelação escrita e inerrante vinda do único, suficiente e perfeito Deus do universo, mesmo que não a entendamos perfeitamente?

Aceitar algo apenas por partes parece ser uma atitude ilógica também. Por acaso, nós amamos nossos filhos apenas em parte? Quando eles nos desobedecem nós deixamos de amá-los ou eles deixam de ser nossos filhos? Por acaso, nós amamos nossas esposas dependendo daquilo que elas falam ou praticam? Nosso amor não deve ser incondicional? É certo que sim. Semelhantemente desta maneira deve ser o nosso amor a Deus e à Sua Palavra.

Partindo do pressuposto que a Escritura Sagrada é perfeita e inteiramente útil para a nossa edificação e aprendizagem, deve ser, conseqüentemente, inteiramente adotada como regra de fé e prática para a nossa vida e não deve ser adulterada ou negligenciada apenas pelo fato de que nos incomoda em algum ensinamento atacando justamente os nossos pecados e enganos ou simplesmente pelo fato de não termos ainda compreendido o sentido e a aplicação de um determinado texto bíblico. É preciso, sim, ter um bom esclarecimento sobre diversas técnicas de interpretação bíblica para podermos discernir exatamente qual a vontade de Deus para nós (sugerimos os nossos estudos sobre regras de interpretação bíblica para maiores detalhes).

CONCLUSÕES

Será que a Bíblia está envolvida quando se afirma popularmente que “papel aceita tudo”? Até certo ponto este ditado popular está correto. Simplesmente escrever irresponsavelmente algo não torna o texto confiável. Muitos (não todos) documentos antigos e contemporâneos contém inúmeros equívocos em seu conteúdo, seja no campo histórico, no campo moral, social ou outro qualquer (não estamos aqui desvalorizando os diversos estilos literários, apenas afirmando que a Bíblia deve estar sempre em primeiro plano como autoridade máxima em favor da verdade). Ademais, o que atesta a veracidade e confiabilidade de um texto são três principais fatores:

1º) Qual a origem da mensagem?



2º) Quem a escreveu é confiável? e

3º) Os fatos corroboram para a confiabilidade do texto?

É evidente que a Bíblia é aprovada com louvor nestes requisitos (e em quaisquer outros que venham a testá-la). Sua mensagem vem do coração do próprio Deus (sem comentários). Os seus escritores foram escolhidos e inspirados pelo próprio Deus (sem comentários). Os fatos científicos e históricos têm dia-a-dia atestado a confiabilidade das Escrituras Sagradas cristãs (estudaremos dezenas de evidências em outros de nossos estudos, sugerimos a leitura dos mesmos).

E então, somos cristãos ou não? Seguimos a Cristo realmente? Somos guiados pela Palavra inerrante de Cristo ou pela palavra de pessoas que imaginam estar seguindo-O, mas estão sinceramente enganadas? (palavras que podem estar nos levando a uma ilusão espiritual e religiosa extremamente danosa para as nossas vidas e para o nosso futuro).

Pensemos nisso e coloquemos em prática a Palavra de Deus. Não permitamos que preconceitos e dificuldades de compreensão nos afastem da verdade revelada por Deus a nós em Sua Palavra.

Que a Bíblia seja para nós realmente a nossa única regra de fé e prática em nosso cotidiano, não a deixemos em um canto da casa apenas como um amuleto ou objeto de adoração (!). Não a utilizemos para julgar os outros e não julgar primeiramente a nós mesmos.

Independente se a nossa Bíblia está rasgada, amassada, cheia de "orelhas", toda grifada e anotada ou ainda está como nova, comecemos (ou continuemos) a utilizá-la como ferramenta de transformação de nossas vidas, de nossa família e da sociedade como um todo.

Que Deus nos abençoe. Amém.