sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"EU TE AGRADEÇO, SENHOR"



Evidentemente neste dia de hoje a comemoração é pela chegada de um novo ano, quando reafirmamos compromissos, quando buscamos corrigir erros, quando buscamos atingir objetivos em inúmeras áreas de nossa vida.

Vamos, sim comemorar 2011. Mas, fica uma questão: quando olhamos para 2010, também temos motivos para comemorar? Deveríamos ter pelo menos, não é mesmo?

Mesmo diante de provações, obstáculos e desafios pelos quais passamos, devemos manter um coração grato ao Senhor ao olharmos para o ano que se encerra.

Sem sombra de dúvida um dos comportamentos humanos que mais agrada a Deus e ao mesmo tempo fazem bem ao nosso espírito é o da GRATIDÃO ESPONTÂNEA.

"Dediquem-se à oração, estejam alertas e sejam agradecidos" (Cl 4:2).

"Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão." (Cl 2:6-7).

"Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo, e clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará. Quem me oferece sua gratidão como sacrifício, honra-me, e eu mostrarei a salvação de Deus ao que anda nos meus caminhos." (Sl 50:14, 23; comparem com Sl 52:17).

"Eu te oferecerei um sacrifício voluntário; louvarei o teu nome, ó SENHOR, porque tu és bom." (Sl 54:6).

"Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graça; isso agradará o SENHOR..." (Sl 69:30-31a).

"Como é bom render graças ao SENHOR e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo." (Sl 92:1).


Devemos agradecer muito ao nosso Deus por tantas bênçãos que Ele derramou sobre nós mediante a Sua infinita bondade e misericórdia que se renova a cada manhã, pois Deus cumpre as Suas promessas.

Quais seriam alguns motivos para agradecermos? Todos nós conhecemos estes motivos, mas, talvez, nem sempre lembramos de agradecer. Aliás, aparentemente a Igreja de Cristo está cada vez mais ingrata com o seu Senhor e Mestre e cada vez mais "pedinte". Na maioria das vezes pedimos (e às vezes exigimos) e muito pouco agradecemos.

Os motivos de gratidão, portanto, seriam o dom da vida, a vida eterna em Cristo através de Sua morte sacrificial e ressurreição gloriosa, a saúde, o alimento diário, o vestuário, a família, os irmãos, o trabalho, os dons naturais e espirituais que Ele nos concedeu, e evidentemente os bens materiais, etc.

Todas estas bênçãos são maravilhas que Deus nos concedeu de maneira misericordiosa e não porque Ele nos é obrigado a concedê-las. Ademais, não devemos agradecer apenas quando Deus age de modo sobrenatural com um milagre, uma cura, etc., mas com estes elementos "simples", "naturais" do nosso cotidiano.

Este comportamento de gratidao certamente existia nos escritores bíblicos do AT:

"SENHOR, quero dar-te graças de todo o coração e falar de todas as tuas maravilhas. Em ti quero alegrar-me e exultar, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo." (Sl 9:1-2; comparem com Sl 66:5; 100:4).

"Quero cantar ao SENHOR pelo bem que me tem feito." (Sl 11:6).

"Lavo as mãos na inocência, e do teu altar, SENHOR, me aproximo cantando hinos de gratidão e falando de todas as tuas maravilhas." (Sl 26:6-7; comparem com Sl 69:30-31; 75:1; 95:2).

"Bendito seja o SENHOR, pois ouviu as minhas súplicas. O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças." (Sl 28:6-7).

"Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria, para que meu coração cante louvores a ti e não se cale. SENHOR, meu Deus, eu te darei graças para sempre." (Sl 30:11-12).

"SENHOR meu Deus! Quantas maravilhas tens feito! Não se pode relatar os planos que preparaste para nós! Eu queria proclamá-los e anunciá-los, mas são por demais numerosos." (Sl 40:5; comparem com Sl 105:1; 106:1-2).

"Cumprirei os votos que te fiz, ó Deus; a ti apresentarei minhas ofertas de gratidão." (Sl 56:12; comparem com Sl 116:17-18).

"Dêem graças ao SENHOR porque ele é bom; o seu amor dura para sempre. Que eles dêem graças ao SENHOR por seu amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens, porque ele sacia o sedento e satisfaz plenamente o faminto." (Sl 107:1,8-9; comparem com vv. 21-22; Sl 108:3; 111:1; 116:1; 118:29; 136:1-5, 25-26; 145:10).

"Dou-te graças, porque me respondeste e foste a minha salvação." (Sl 118:21).

Para mais referências no AT, vejam, por exemplo: Ex 23:15; Lv 7:12; 1Cr 16:7; 2Cr 29:31; 1Sm 31:12; Jn 2:9.

Já no NT, temos inúmeros exemplos de gratidão. Vejam, por exemplo: Rm 1:8; 1Co 1:4; 11:24; 14:16-18; 2Co 2:14; 9:12; Ef 5:4,20; Fp 1:3; Cl 1:3, 12; 3:16; 4:2; 1Ts 1:2; 2Ts 1:3; 1Tm 2:1-4; 4:3-5; 2Tm 1:3.

Os exemplos do NT que desejamos ressaltar são, entre outros:

01) O apóstolo Paulo ensinou que a gratidão ou ações de graça é um dos elementos da receita para sermos cheios do Espírito Santo:

"Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo." (Ef 5:18-20).

Percebemos o princípio da gratidão sendo ensinado juntamente com a sinceridade e a perseverança, por exemplo, pois o apóstolo ensinou louvarmos de coração ao Senhor, agradecendo constantemente por todas as coisas. O ensino foi para agradecermos por todas as coisas e não apenas por algumas, inclusive por aquelas situações que não nos agradem. Esse ensino é de difícil assimilação e prática, pois geralmente agradecemos apenas quando tudo está indo bem na nossa vida. Este princípio será também desenvolvido no item 3.

02) Paulo também ensinou que a gratidão faz parte de mais uma receita, dentro do propósito de Deus para a oração, que é justamente para lidarmos com a ansiedade e para termos a paz de Deus em nosso coração:

"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus." (Fp 4:6-7).

03) A gratidão pode ser expressada não apenas através da música, mas deve estar presente em todas as nossas atitudes, em nome de Jesus, e em todas as circunstâncias, sejam boas ou más:

"Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração. Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai." (Cl 3:16-17; comparem com o Cl 4:2).

"Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus." (1Ts 5:18).

04) Paulo também ensinou que a gratidão a Deus faz parte de um propósito divino de salvação que possue alcance social, ou seja, devemos agradecer a Deus por todas as pessoas que nos cercam e, inclusive, por aquelas que possuem alguma influência e autoridade sobre nós, sejam os governantes ou autoridades constituídas, para que tenhamos uma vida tranquila, pacífica, piedosa e digna. E isso é bom e agrada a Deus:


"Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graça por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade." (1Tm 2:1-4).

05) A gratidão a Deus deve abranger tudo aquilo que Ele criou. Devemos receber com gratidão em nossa vida tudo aquilo que Deus criou, sejam os alimentos, seja o casamento (a família), a natureza, a música, etc.

"Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração." (1Tm 4:4-5; vejam ainda o v. 3).

Quantos exemplos de gratidão podemos extrair da Escritura Sagrada não é mesmo?

Mas o apóstolo também exortou a estarmos atentos, pois nos últimos tempos as pessoas se tornariam ingratas (2Tm 3:2).

Que não sejamos ingratos para com o nosso Deus e nem para com nenhuma pessoa.

Que Deus nos abençoe com um coração sempre grato, para agradarmos ao Senhor, termos um espírito livre de preocupações, sejamos cheios do Espírito Santo e tenhamos uma vida tranquila, pacífica, piedosa e digna. Amém.

"Bendiga o SENHOR a minha alma! Não esqueça nenhuma de suas bênçãos!" (Sl 103:2).

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NOTA: todos os versículos usados foram transcritos da NVI.
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Links com material que complementa o nosso estudo:

domingo, 26 de dezembro de 2010

JESUS CRISTO: DERROTADO OU VENCEDOR? (PARTE 02)

Recordando o que já estudamos há algum tempo atrás sobre personagens bíblicos que foram mais do que vencedores, não foram os irmãos de José que o enviaram ao Egito e nem foi faraó que promoveu José ao posto de governador daquela nação, mas foi Deus agindo soberanamente na eternidade, tecendo seus propósitos eternos através das atitudes dos seres humanos. Também não foi Satanás que deliberadamente atacou e destruiu a vida de Jó, mas Deus, no controle de tudo, permitiu toda aquela tribulação para ensinar ricas lições a Jó e restaurar sua saúde, sua família e sua riqueza.

E certamente foi o que ocorreu com Cristo. Ninguém o prendeu e matou por obra do acaso e por sinal de fraqueza de Deus, mas todo o contexto da morte e ressurreição do Senhor estava dentro dos propósitos benignos e soberanos de Deus. Quando vemos as pessoas agindo de forma errada ou algum acontecimento trágico ocorrendo, uma circunstância adversa, não podemos esquecer que Deus está no controle e pode transformar a aparente derrota em uma imensurável vitória.

Meus prezados amigos e irmãos leitores, como muitos de vocês também sabem muito bem, desde a eternidade tudo a respeito da salvação da humanidade já estava decretado por Deus, Cristo é eterno (Jo 8:58; 17:24), Ele é o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo (Rm 2:7; 1Pe 1:20; Ap 13:8). Nada pegou a Deus de surpresa, tudo estava dentro dos Seus planos infalíveis, dentro de Seus propósitos eternos, nada escapou do Seu controle, Ele não precisou mudar de planos ou improvisar nada.

Jesus sabia perfeitamente de Sua missão de pregar o Reino de Deus, as boas novas e de dar a Sua vida pelos pecadores (Mt 9:13; 18:11; 20:28; Mc 1:38; Lc 4:43; Jo 7:33-34; 8:21; 10:14-16; 12:27,47; 17:26). Ele sabia o que deveria acontecer em Sua vida e na vida de Sua Igreja (Mt 16:18; Jo 7:39; 8:28; 12:30-32; 13:1-3; 36-37; 14:19; 18:4). Jesus sabia o momento exato e a maneira exata pelos quais deveria se comportar (Lc 9:51; Jo 2:4; 6:6; 7:6-8; 11:14-15; 12:49; 13:1; 16:25). Ele reconhecia que Suas decisões eram as certas (Jo 8:16). Ele, inclusive predisse várias vezes o que ocorreria com Ele, que seria preso, escarnecido e crucificado, mas que ressuscitaria (Mt 17:22-23; 20:17-19; 26:10-12; Mc 8:31-32a; 9:30-31; Lc 9:22,44; 18:31-33; Jo 18:32). Muitas vezes tentaram prendê-Lo, mas ninguém lhe colocou as mãos, pois a hora determinada para a prisão Dele não havia chegado ainda (Jo 7:30,44; 8:20; 10:39).

Aliás, Pilatos só manteve Cristo sob sua custódia porque o Pai Celeste autorizou e não porque Pilatos foi mais forte que Cristo (Jo 19:11a). Ademais, no momento de Sua prisão, Cristo evitou que houvesse violência e se deixou prender e afirmou que facilmente poderia pedir ao Pai que lhe colocasse à Sua disposição mais de doze legiões de anjos para o defender (Mt 26:52-53). Portanto, a prisão de Cristo claramente era algo que precisava ocorrer, mas no momento certo, depois que Ele já tivesse entregue Seus ensinamentos, para se cumprir as Sagradas Escrituras (Mt 26:54-56; Mc 14:48-49; comparem com Lc 22:37; 24:44-49).


Não, de forma alguma Jesus foi assassinado, derrotado na cruz, nem pelos judeus, nem pelos romanos e nem por Satanás (Mt 4:1-11; Lc 10:17-18; Jo 14:30; 16:11). Ninguém assassinou Jesus. Ninguém tinha esse poder em toda a Terra e no universo, mas Jesus tinha autoridade dada pelo Pai de dar a Sua vida e reavê-la, espontaneamente (Jo 10:17-18).

Portanto, Sua morte e ressurreição estavam sob o Seu controle o tempo todo. Aliás, na cruz, foi Ele que entregou espontaneamente o Seu espírito ao Pai na hora certa (Mt 27:50; Lc 23:46; Jo 19:30), na hora determinada, quando tudo estava concluído para que as profecias das Escrituras Sagradas se cumprisssem (Jo 19:28) e quando toda a obra de salvação já estava consumada (Jo 19:30) e para a pregação do evangelho (Lc 24:44-49).

E então, considerando o que estudamos desde a postagem anterior, questionamos: Jesus foi um fraco, derrotado? E Deus foi injusto? Não, jamais, porque o evangelho de Jesus Cristo é o poder e não a fraqueza de Deus para a salvação de todo aquele que crê, evangelho esse que revela a justiça e não a injustiça de Deus, justiça do princípio ao fim que é pela fé (Rm 1:16-17).

Realmente, o sentido da morte de Cristo na cruz e o Seu evangelho para aqueles que não possuem o Espírito Santo e não discernem espiritualmente as obras de Deus, pode parecer uma história sem lógica aparente, pode "soar" como algo escandaloso ou uma loucura (1Co 1:23-24; 2:10-16). Mas, a mensagem da cruz realmente é loucura para aqueles que não conhecem a Cristo ainda e estão se perdendo, mas essa mensagem, para aqueles que estão sendo salvos por ela, é o poder de Deus e não a fraqueza de Deus (1Co 1:18).

Aqueles que pensam como o mundo pensa não entenderão a mensagem da cruz, pois Deus tornou louca a sabedoria deste mundo e...

"...visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação" (1Co 1:20:21, cf. vv.25-29; 3:18-19).


"Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente" (1Co 2:12).

Ademais, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus (1Co 1:24b) e...

"...o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder" (1Co 4:20).

Portanto, à vista de tudo o que afirmamos, a morte de Cristo não ocorreu na hora determinada por outra pessoa ou devido à alguma influência de Seus perseguidores e nem muito menos por Satanás, ela havia sido predeterminada na eternidade por Deus. O povo e as autoridades judaicas e romanas fizeram toda essa injustiça com Jesus muitos por ignorância e por não terem entendido e reconhecido quem era realmente Jesus, mas mesmo assim, todos eles são culpados por seus pecados (Jo 15:22-24; 16:9; 19:11; Rm 2:6; 1Co 2:8).

Aliás, por mais difícil que seja de se compreender e pior ainda para explicar, Deus age soberana e misteriosamente utilizando as vontades, decisões e atitudes humanas e até mesmo o Diabo para os Seus propósitos, sem interferir na livre escolha humana, sem interferir nas vontades do próprio Satanás, sem deixar de ser soberano e além de tudo, sem poder ser chamado de culpado ou injusto por determinada situação, pois na verdade, foram atos operados pela livre vontade dos seres humanos, os verdadeiros culpados e atos realizados pela vontade de Satanás, também culpado de muita tragédia e desgraças que ocorreram e ocorrem.

Todos estes preceitos que temos visto, de uma forma ou de outra, estão intrínsecos em várias declarações dos apóstolos em suas pregações no início da igreja primitiva e da pregação do evangelho às nações:

“Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós, com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (At 2:22-24).

“O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo. Vós, porém negastes o Santo e o Justo, e pedistes que vos concedessem um homicida. Dessarte matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades; mas Deus assim cumpriu o que dantes anunciava por boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (At 3:13-15,17-19).

“Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram...tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4:27-28,31).

"Irmãos, filhos de Abraão, e gentios que temem a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. O povo de Jerusalém e seus governantes não reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo, cumpriram as palavras dos profetas, que são lidas todos os sábados." (At 13:26-27; vejam ainda os vv. 28-30).

"Mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória." (1Co 2:7-8).

Deus transforma aparentes derrotas em vitórias indescritíveis. Eis que surgiu uma grande notícia depois de tanta tragédia, dada por um anjo:

"Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia." (Mt 28:5-6; comparem com Mc 16:6; Lc 24:5-6).

À despeito de todo ódio, inveja, planos de conspiração, maldade e crueldade dos seres humanos, Jesus ressuscitou!! Aleluia! Glória a Deus! (1Co 15:3-8).

Maria Madalena foi uma das primeiras pessoas a falar da ressurreição, ela correu para anunciar aos apóstolos: "Eu vi o Senhor" e lhes contou sobre o seu encontro com o Mestre ressurreto (Jo 20:18; comparem com Mt 28:7-10; Mc 16:9).

Devido ao plano de salvação em sua totalidade, isto é, o fato de Deus de antemão nos conhecer, nos predestinar, nos chamar, nos justificar e (na eternidade) nos glorificar é que temos a certeza que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, que foram chamados conforme o Seu propósito. Ele atua em todas as circunstâncias da nossa vida de modo que, mesmo sendo ruins, elas cooperarão juntas para o nosso bem, segundo o Seu propósito (Rm 8:28-30).

Diante de tudo isso, já que Deus é por nós, está ao nosso favor, já que Ele mesmo nos justifica, quem será contra nós? Deus não poupou nem o Seu Filho amado, mas pagando um alto preço (1Co 6:20; 7:23), O entregou por nós para passar por tudo aquilo que estudamos anteriormente, certamente pode nos dar de graça todas as coisas (Rm 8:31-32). Cristo morreu e ressuscitou e intercede por nós junto ao Pai. Portanto, nada poderá nos condenar e nos separar do Seu ilimitado, incondicional e imensurável amor, nem angústia, nem pereguição ou privações ou perigos, nem anjos, nem demônios, nem o presente, nem o futuro, nem altura ou profundidade, ou qualquer outro poder, nada (Rm 8:33-35).

O amor de Cristo sempre estará conosco independente da situação, boa ou ruim. Em todas estas coisas, portanto, não somos derrotados, mas também não somos apenas vencedores, nós somos MAIS QUE VENCEDORES, através do amor de Deus, demonstrado em Cristo Jesus na cruz. Ele não foi assassinado, Ele entregou espontaneamente a Sua vida ao Pai em nosso favor, por nos amar infinitamente (Jo 13:1).

Portanto, em se falando em vitória, damos graças a Deus e à Sua graça maravilhosa, Ele nos dá a vitória por meio do sacrifício de Cristo, a nossa justificação e redenção (Rm 3:24) e por isso, não desanimemos, mantenhamo-nos firmes, inabaláveis diante das circunstâncias adversas, sempre dedicados na obra do Senhor, nos ministérios que Ele nos deu, pois Ele venceu, Ele ressuscitou com poder (Rm 1:4) e em carne e osso, Ele não é um fantasma ou uma lenda (Lc 24:36-39). Ele está vivo e dirigindo soberanamente a Sua Igreja e, por isso, o nosso trabalho para Ele jamais será em vão (1Co 15:57-58).

Cristo ressurgiu dos mortos, em glória. Ele jamais foi um "mais que derrotado", mas Ele certamente é o "mais que vencedor" máximo da história humana, o maior exemplo de vitória a ser seguido. Passaremos, sim, por aflições, mas precisamos manter o ânimo e a nossa fé Nele que é capaz de vencer o mundo (1Jo 5:4). Porque Ele venceu, nós podemos vencer também:

"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo." (Jo 16:33).

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NOTA: Como complemento de base bíblica sobre este artigo consultem por favor 2Co 5:19, 21; 13:4a; Gl 4:4; Ef 1:9-10; 2:14-18; 3:12,14-18; Fp 2:5-11; 3:20-21

sábado, 25 de dezembro de 2010

JESUS CRISTO: DERROTADO OU VENCEDOR? (PARTE 01)

"...os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos zombavam dele, dizendo: 'Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! E é o rei de Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele. Ele confiou em Deus. Que Deus o salve agora, se dele tem compaixão, pois disse: 'Sou o Filho de Deus'" (Mt 27:41-43).

O maior exemplo do preceito bíblico de que Deus age com um propósito final benéfico utilizando inicialmente uma situação de aparente tragédia ou calamidade vem justamente da maior injustiça já feita a um ser humano (ou melhor, ao Deus Filho, que possuía a natureza humana), através de um assassinato frio e cruel de um inocente, que nunca maltratou ninguém e ensinou o amor ao próximo.

É evidente que todos sabem de quem estamos falando: Jesus Cristo, que quando iniciou o Seu ministério tinha cerca de 30 anos de idade (Lc 3:23) e morreu cedo demais (para os padrões humanos normais), cerca de 3 anos depois, e pior: "assassinado" (de um ponto de vista meramente humano), com 33 anos de idade aproximadamente e muitos podem ficar perplexos com isso.

E mais: para muitos, a morte de Cristo na cruz foi apenas uma demonstração de fraqueza e de derrota da parte Dele.

Muitos aspectos da vida de Cristo não parecem condizer com alguém que um dia viria a ser derrotado.

Jesus se dizia ser o Messias, o Cristo (Jo 4:26; 10:24-25), Ele afirmava ser e foi reconhecido por muitos como o Filho de Deus (Mt 14:33; 16:16; 27:54b; Mc 14:61-62; Jo 5:25; 8:25; 9:35-38; 19:7; Rm 1:4) e até mesmo os demônios sabiam quem Jesus era e se prostravam diante de Sua soberania com medo (Mc 1:34; 3:11; 5:6-7; Lc 8:27-32).

O Espírito Santo esteve presente na vida terrena de Jesus desde o nascimento (Lc 1:35; 3:22; 4:1,14; 10:21; 11:13; At 1:1-2), Jesus já era glorificado pelo Pai Celeste antes mesmo da criação da humanidade (Jo 8:54; 13:31-32; 17:5,24), era o Filho amado que agradava ao Pai (Mt 3:17; 17:5; Lc 3:21-22) e dono de um trono glorioso (Mt 19:28), Ele transmitiu sábios e ricos ensinamentos (Mt cap. 5-7; Jo 13:34-35; 14:1-3,27), mesmo diariamente e de forma aberta e pública, nas sinagogas e nos templos (Mc 14:49; Jo 18:20), que fez com que muitos cressem em Sua mensagem e em Deus (Jo 2:23; 4:42; 8:30; 11:45; 12:42-43) e realizou incontáveis milagres extraordinários diante de todos, fossem os discípulos, o povo ou os fariseus e mestres da Lei, etc. (Mt 9:6-8; 11:4-5; Jo 2:23; 3:2; 6:26; 9:16; 11:38-44).

Jesus era (e é) Rei, Mestre e Senhor (Lc 5:5; 17:13; Jo 3:2; 4:31; 13:13; 18:37; 20:16), Ele é O caminho, A verdade e A vida (Jo 14:6), Ele demonstrou Sua sabedoria, o que admirou a muitos (Mt 13:54; 22:46; Mc 11:18; 12:17,34b; Lc 4:22; Jo 3:11-12; 6:63,68; 7:46; 16:30), demonstrou autoridade (Mt 4:19-20; 21:12-13; Mc 1:22,27; 2:28; Lc 4:32; Jo 1:42; 2:16; 10:27-28; 13:3; 17:1-2), demonstrou a Sua soberania (Jo 15:5,16), poder sobre a matéria criada (Mt 14:19-21; Jo 2:8b,10; 6:5-14), sobre as doenças, enfermidades e tormentos (Mt 4:23-24; 8:1-3; 9:35; 15:30; Jo 5:8-9; 9:6-7), sobre os demônios (Mt 8:16,29-30; Mc 1:24; Lc 4:36; 10:17), sobre a natureza (Mt 8:26-27; 14:25; Mc 4:38-41; Jo 6:19), sobre a vida (Jo 5:21,24-26; 8:51; 10:10b) e a morte (Lc 7:11-15; Jo 4:50; 11:25-26, 38-44).

Ele foi admirado, afamado e seguido pelas multidões (Mt 4:24; 14:14; 15:30; 19:2; 21:8-11; 22:22,33; Mc 7:37; 10:1; Lc 5:15; Jo 12:12-19), chegando às vezes a milhares de pessoas (Lc 12:1), sendo que muitos ouviram fascinados os Seus ensinos e com prazer e alegria mesmo logo de manhã (Mc 12:37b; Lc 13:17; 19:48; 21:38).

Por outro lado, muitos outros aspectos da vida de Cristo parecem indicar que o fracasso poderia ser iminente em Sua vida, diante de tantas dificuldades que Ele passou. Jesus, não apenas utilizou Seus atributos divinos em grandes ensinamentos e milagres extraordinários e nem teve apenas momentos de fama e admiração popular (Lc 4:1-2,36; 5:15; 8:40), mesmo que não as buscasse. Mesmo antes da prisão, vivenciou muitos problemas e conflitos e teve que dar exemplo de tudo o que ensinava (amor, perdão, compreensão, etc.). Ele tinha uma vida muito simples no sentido material, desde o nascimento em situação extremamente pobre (Lc 2:6). Ele tinha aprendido o ofício de carpinteiro (Mc 6:3) e chegou ao ponto de afirmar em certa ocasião que não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8:20).

Jesus já sabia quais dos Seus discípulos não creriam Nele e qual deles O trairia (Jo 6:64; 13:11), Ele sabia que muitos não conseguiam entender a sua mensagem (Jo 8:43), Ele enfrentou a incredulidade de muitos judeus (p. ex.: Lc 8:52-55), mesmo diante dos milagres Dele (Mc 3:3-5; Jo 12:37), Ele enfrentou até mesmo a falta de fé Nele, falta de discernimento e de maturidade espiritual por parte dos Seus próprios discípulos (Mt 17:14-17; 28:17; Mc 9:30-32; 10:13-14; 16:10-14; Lc 9:44-45, 54-55; 17:5; 18:34; 24:25; Jo 12:16; 20:9), que inclusive O abandonaram no momento de Sua prisão (Jo 16:31-32). Ele enfrentou oposição e falta de fé por parte de Sua própria família (Mc 3:20-21; Jo 7:3-5).

Ele sabia que muitos atribuíam erroneamente os Seus milagres ao poder de Satanás (Mt 12:24; Mc 3:22; Jo 7:20) e até blasfemaram, dizendo que Cristo estava endemoninhado e havia enlouquecido (Jo 10:20). Ele escapou de uma imensa multidão que queria O proclamar Profeta antes do momento certo (Jo 6:14; comparem com Mc 1:45) e escapou também quando muitos outros tentaram apedrejá-Lo (Jo 8:59) e também prendê-Lo (Jo 7:30) e certa ocasião precisou se manter em segredo mesmo em uma grande festa (Jo 7:10-11), mas nem sempre conseguiu manter em segredo a Sua presença (Mc 7:24).

Jesus já sabia que muitos judeus e os fariseus e mestres da Lei o odiavam (Jo 7:7; 14:24) e planejavam flagrar Jesus em alguma atitude errada e matá-Lo (Mc 14:1; Lc 11:53-54; 19:47-48; 20:19-26; 22:2; Jo 7:19,25; comparem com Mc 11:18), até porque Cristo com autoridade pronunciou muitas severas advertências contra os pecados deles (Mt 23:1-39; Mc 12:38-40; Lc 11:37-52), o que deve ter certamente contribuido para aumentar todo o ódio que sentiam por Ele, mas não conseguiram apanhá-Lo em flagrante transgressão em nenhuma palavra que Ele disse (vejam cf. Lc 20:26,39).

E em se falando em dificuldades as quais Cristo vivenciou, não podemos deixar de mencionar a tremenda angústia que Ele sentiu na véspera de Sua crucificação ao orar ao Pai no Jardim do Getsêmani (Mc 14:34; Mt 26:36-46), sabendo da profunda dor que sentiria devido à crucificação e a terrível separação temporária da presença do Pai Celeste devido ao fato de que todos os pecados da humanidade seriam lançados sobre Ele (Mt 27:46) e sabemos que Deus não tem comunhão com o pecado (Jó 34:10-12; Sl 5:4).

Então, por que? Por que? Por que com tantas insinuações de que o povo e as autoridades (uma grande parte) não compreendia o ministério de Jesus e não nutria simpatia por Ele, mas ódio, e sabendo do sofrimento que viria pela frente, Ele não previu que conseguiriam prendê-Lo, espancá-Lo e matá-Lo?

Afinal, por que? Muitas pessoas, sem conhecer e compreender toda a história da salvação e o poder de Deus, podem questionar por que mesmo depois de todas aquelas demonstrações de poder, sabedoria, autoridade e aprovação pública por parte do Salvador, ainda conseguiram prendê-Lo com facilidade (Jo 18:12).

E mais: nenhum dos Seus servos lutou para impedir que os líderes religiosos judeus O prendessem (Lc 22:52-54; Jo 18:36). E para piorar, bateram e cuspiram Nele (Mt 26:67; Jo 18:22), tentaram depor falsamente contra Ele (Mt 26:59-60; Mc 14:55-56), O mantiveram amarrado (Mt 27:2; Jo 18:24), tomaram a decisão unânime de condenar Jesus à morte (Mt 27:1) e conseguiram levar os romanos, mesmo que estes O considerassem inocente (Mt 27:24b; Lc 23:4,13-15,22; Jo 18:38; 19:4,6b) a O violentar cruelmente com açoites e zombar Dele (Mt 27:39-44; Mc 15:15-20; Lc 22:63; 23:11; Jo 19:1-3) e crucificá-Lo (Mc 15:15; Jo 19:16,23).

Por que Deus permitiu esse "final" tão trágico? Afinal, Jesus não era onisciente? Jesus sabia exatamente o que a pessoas pensavam (Mt 9:4; 12:25; Mc 2:8a; Lc 5:22; 6:8; 9:47; 11:17; Jo 1:47-50; 13:19; 37-38; 18:4). Ele conhecia os pensamentos bons e ruins das pessoas e não se confiava muito a elas (Jo 2:24-25; 6:67; comparem com Mt 22:18; Mc 12:15).

Mas será que foi assim mesmo? Jesus não teve como evitar? Que tragédia não é mesmo?! Mas, será que foi uma tragédia? Será que Jesus foi pego de surpresa e foi derrotado?

Então, diante de tantas "evidências" não nos parece que Ele foi derrotado? Ou será que Ele foi (e é) um vencedor? É o que vamos estudar na próxima postagem.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O NATAL E O VERDADEIRO VALOR DA FÉ CRISTÃ

Presépios, presentes, ceia, amigo secreto, panetones, guirlandas, árvores de natal, papais noéis, etc, etc, etc.


Quantas discussões e polêmicas emergem nesta época de Natal. Muitos dizem que algumas tradições precisam ser mantidas, outras atacam veementemente a ênfase exagerada do comércio, outros asseveram que os enfeites de Natal são pagãos e não podem ser utilizados, ainda outros dizem que Jesus não nasceu em dezembro e que não existe nenhuma instrução do próprio Cristo ou de Seus apóstolos para que comemoremos o Natal e assim por diante, uma imensa discussão. Vamos deixar para entrar em detalhes em outros artigos, se Deus permitir.

Sugerimos a leitura de um excelente artigo do Rev. Augustus Nicodemus Lopes, sobre esta discussão natalina. em seu blog: http://tempora-mores.blogspot.com/2006/12/no-sou-totalmente-contra-o-natal.html.

O mais importante, todos nós estamos cansados de saber, é unir toda a família, irmãos e amigos e agradecer a Deus por ter enviado Seu Filho, Jesus para nos salvar e por todas as bênçãos recebidas. E é claro, seguirmos os mesmos passos do Mestre.
A CRUZ ESTÁ VAZIA, O SEPULCRO ESTÁ VAZIO E O NOSSO CORAÇÃO CHEIO DE PAZ, AMOR E SALVAÇÃO. ALELUIA!!

CRISTO ESTÁ AO LADO DO PAI CELESTIAL, MAS TAMBÉM NA VIDA DAQUELE QUE O RECEBER COMO SENHOR E SALVADOR.

DEUS SE TORNOU HOMEM. Era natural, portanto, que Deus, na Pessoa do Filho, tivesse apresentado todos os elementos que Jesus (e apenas Ele) apresentou em Sua primeira vinda. Afinal Cristo entrou na vida humana de um modo incomum (Is 7:14; Lc 1:34-35), Ele não pecou (Jo 8:46; 1Pe 2:22), Ele manifestou poderes sobrenaturais (Mt 8:23-27; Jo 2:1-11; 6:19), inclusive sobre a morte (Jo 11:1-44), Ele apresentou a maior mensagem já ensinada (Jo 14:6), Ele influenciou a humanidade de forma duradoura e universal (Lc 21:33), Ele pode satisfazer a sede espiritual do ser humano (Mt 11:28; Jo 4:14; 7:37).

A Bíblia é verdadeira (Jo 17:17) porque Aquele que a inspirou, Deus, é verdadeiro (Hb 6:18; 2Pe 1:20b-21). O Filho de Deus já havia afirmado que é A VERDADE que liberta (Jo 8:31-36; 14:6). Já que Cristo é a verdade, seguir a Cristo é seguir A VERDADE. Então, o cristianismo prega a verdade para a humanidade. A fé cristã não é uma fé cega, ela é baseada em fatos invisíveis (Hb 11:1). Os seguidores de Cristo vivem pela fé (Rm 1:17).

Mas, devemos amar a Deus com todo o nosso entendimento também (Mc 12:30). Quando uma pessoa se converte ao cristianismo, ela não se submete a uma espécie de suicídio mental. O cristianismo não é um salto na escuridão intelectual, mas, sim, em direção da “luz” (Jo 1:7,9; 8:12).

O valor da fé cristã não está na crença propriamente dita, mas nAquele em quem se crê: CRISTO, que entregou a Sua vida ao Pai por nós, para pagar por todos os nossos pecados. Ele sofreu todo o castigo que era nosso, retornou da morte, está vivo para sempre e em breve voltará. Se Ele não estivesse vivo, em vão seria a nossa fé e a humanidade não teria salvação (1Co 15:12-19).

"Meus colegas cientistas e pesquisadores da psicologia e educação não têm idéia da grandeza do mestre da emoção. O mundo pára ao comemorar seu nascimento no Natal, mas as pessoas não compreendem por que ele dividiu a história. Seus inimigos podiam julgá-lo, torturá-lo e crucificá-lo, mas ele já havia enterrado as sementes em milhares de homens e mulheres. O melhor favor que se pode fazer a uma semente é sepultá-la. As sementes que ele plantou desenvolveram-se e causaram a maior revolução da história." (Augusto Cury; "Treinando a emoção para ser feliz", p. 157).

domingo, 19 de dezembro de 2010

CONCLUSÕES SOBRE A DOUTRINA TRINITARIANA

Prezado leitor, depois de atentar para todas as outras postagens deste estudo, você compreendeu agora o que é a Santíssima Trindade, ou seja, o Deus triúno? Não? Não tem problema, nós também não e ninguém jamais vai compreender, pois Deus é insondável. O que devemos compreender é a doutrina trinitariana.

Então, no desejo de que nossos estudos sobre a Santíssima Trindade edifiquem a sua vida, neste momento enfatizamos a nossa principal preocupação, mas, em forma de questionamento:

“Você compreende o sentido da doutrina da Santíssima Trindade?”

A doutrina trinitariana nem sempre apresenta conceitos fáceis de assimilar, mas ela é bíblica e Deus, na Pessoa do Espírito Santo, pode nos auxiliar a que cheguemos ao conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16:13).

Contudo, mesmo que não compreendamos a Trindade completamente, a doutrina trinitariana deve ser não apenas compreendida, como também defendida e propagada, já que é a base doutrinária sólida e irrefutável da fé cristã evangélica:

“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos, ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica.” (Fp 1:27);

“...exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” (Jd 3).

Sugerimos, inclusive, a releitura de todo este estudo, de todas as postagens se possível, quantas vezes os nossos prezados leitores julgarem necessário (não precisa ser em ordem numérica, pode ser aleatoriamente), para a melhor compreensão, aplicação e edificação, pois é um estudo completamente esquecido pela Igreja de Cristo hoje e possui muitas vezes, como já afirmamos, conceitos de difícil assimilação.

Bem, se admitimos a Bíblia como única regra infalível de fé e prática para a nossa vida (e ela o é), naturalmente com a direção do Espírito Santo, mais cedo ou mais tarde, deveremos aceitar a doutrina trinitariana, mesmo que ainda não a compreendamos totalmente. Do contrário, a nossa fé perderá o sentido. Essa conclusão pode até parecer a princípio um tanto exagerada, mas é correta.

Baseados no que afirmamos anteriormente, se a doutrina trinitariana não fosse verdade, então o nosso Salvador, neste caso, passaria a ser um mero ser humano e o Espírito Santo que em nós, cristãos, habita, não seria Deus, mas uma energia cósmica ou uma alma desencarnada qualquer (!) Tudo isso invalidaria todas as evidências bíblicas para a doutrina trinitariana que vimos neste estudo e consequentemente, a própria confiabilidade na perfeição bíblica.

Ademais, todo e qualquer estudo que se faça a respeito da Santíssima Trindade só pode ser extraído das páginas das Escrituras Sagradas do cristianismo, a Bíblia. Nenhuma arte, filosofia, ciência ou religião jamais conseguirá compreender ou até mesmo expor de maneira satisfatória a Santíssima Trindade em Sua plenitude. Por mais que se façam estudos minuciosos a Seu respeito, o homem seguramente jamais a compreenderá plenamente.

Para aqueles críticos antitrinitaristas que afirmam que a doutrina trinitariana não se encontra na Bíblia, acreditamos que sobraram evidências para todos os gostos e estilos teológicos e doutrinários, pois as encontramos de Gênesis a Apocalipse. Vamos recapitular os livros nos quais encontramos estas evidências, para confirmar o que estamos asseverando. Mas, se os críticos vão aceitar a Verdade, já é outra história:

No Antigo Testamento, 19 livros: Gênesis, Êxodo, Números, Juízes, 1º e 2º Samuel, 2º Reis, 2º Crônicas, Isaías, Ezequiel, Neemias, Jó, Salmos, Oséias, Joel, Ageu, Miquéias, Zacarias e Malaquias; e

No Novo Testamento, 17 livros: Nos quatro evangelhos, Atos dos Apóstolos, Epístola aos romanos, Epístolas aos coríntios, Epístola aos gálatas, Epístola aos efésios, Segunda epístola aos tessalonicenses, Epístola a Tito, Epístola aos hebreus, Epístola de Judas, Primeira epístola de Pedro, Primeira epístola de João e Apocalipse.

Portanto, dos 66 livros do “cânon” protestante, 36 livros apresentam evidências diretas e claras das três pessoas da Trindade, sem mencionar inúmeras outras evidências indiretas em muitos outros livros canônicos a uma ou outra pessoa da Trindade.

Considerando mais uma vez a regra de interpretação bíblica que versa que “uma doutrina só pode ser considerada bíblica e para todas as épocas e culturas se forem encontrados muitos versículos tanto no Antigo como no Novo Testamento para a mesma”, existir mais de 50% dos livros canônicos com evidências trinitarianas diretas acreditamos ser uma excelente e suficiente base para a apologética segura e irrefutável desta doutrina não é mesmo?

Nem os maiores escritores, artistas e nem os consagrados roteiristas de filmes e novelas, seja de que gênero for (documentário, ficção científica, ação, drama ou épicos), jamais conseguirão criar uma realidade tão impressionante, complexa e ao mesmo tempo verdadeira como a Santíssima Trindade e Sua obra, exatamente pelo fato de que se Deus não tivesse se revelado na Bíblia como a Trindade, seguramente jamais conseguiríamos desenvolver ou sustentar a doutrina trinitariana de forma satisfatória.

Não podemos adaptar o que a Bíblia afirma sobre Deus apenas para torná-Lo mais acessível e compreensível às nossas mentes limitadas. Por mais perplexidade que a verdade trinitariana nos traga, jamais podemos nos deixar levar ao equívoco de negar o que Deus realmente é.

Muitas pessoas negam a Trindade, pois, acreditam na grandeza de Deus até um certo grau, tentando limitá-Lo (como se fosse possível). Acreditam que Deus é infinito, que é eterno, imutável, onipotente, etc., mas quando se deparam com a doutrina trinitariana, não conseguem acreditar que este mesmo Deus com tamanha gama de atributos perfeitos possa ser tripessoal também, ou seja, que Ele possua uma tripersonalidade.

Aliás, a doutrina da Trindade tem pouca aceitação não apenas pelo fato de possuir conceitos complexos, mas também porque encontra enraizados na sociedade conceitos distorcidos sobre a Divindade e a humanidade: fábulas, contos de fada, mitologias, heróis indestrutíveis vindos de outros planetas para “nos salvar”, homens e mulheres com poderes psíquicos e físicos sobre-humanos resultantes de uma evolução genética fictícia, entre tantas outras historietas.

Ressaltamos, portanto, com firmeza, que a doutrina trinitariana não é mais uma “historinha” como essas, ela é reflexo de uma realidade ainda desconhecida de muitas pessoas, realidade existente desde a eternidade: Deus existe de forma tripessoal.

A doutrina trinitariana também é pouco aceita, divulgada e estudada devido aos graves sintomas de materialismo e egocentrismo encontrados na sociedade secular e que estão cada vez mais invadindo a Igreja, para a nossa tristeza.

O ser humano e, infelizmente, incluindo muitos cristãos, só estão pensando naquilo que Deus pode nos dar, como um milagre, a prosperidade, saúde, etc. Parece que cada vez menos pessoas estão querendo conhecer realmente a Deus em Sua essência, se relacionar com Ele e oferecer a Ele uma adoração e louvor com maior qualidade.

A doutrina trinitariana é a base doutrinário-teológia do cristianismo e que possui implicações práticas na vida da Igreja e da sociedade, mas está completamente esquecida pela Igreja. Nós pregamos, escrevemos e cantamos sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas na prática parece que evitamos discutir o assunto.

Estudar a doutrina da Trindade parece atualmente algo completamente sem propósito, uma perda de tempo ou ainda algo enfadonho, chato, que mais confunde do que esclarece. Mas, na verdade, é o contrário.

É neste intuito que a doutrina trinitariana surge: para nos levar a conhecer melhor a Deus e para podermos adorá-Lo e servi-Lo com mais qualidade.

É o mínimo que Ele merece depois de tudo o que Ele fez, faz e fará por nós. Mas Deus requer isso de nós não porque Ele precise disso para se sentir melhor. Ele requer isso de nós, justamente pensando em nosso bem, em nossa edificação.

Todos estes conceitos humanos pecaminosos, como materialismo e egocentrismo, estão separando a todos nós da necessidade vital e urgente de estudar, conhecer e servir o Deus Triúno.

O melhor, talvez, seria se utilizássemos menos o termo "trindade", pois muitas e muitas pessoas, receiamos, podem acabar por separar em suas mentes este termo de sua noção de Deus, o que é extremamente prejudicial.

Não, não podemos descartar este termo apenas pelo fato de não fazer parte do texto sagrado, mesmo porque é um termo muito útil originado para defender a Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo diante das críticas dos céticos nos primeiros séculos da Igreja (e ainda é útil atualmente), mas, talvez, pudéssemos utilizar mais a querida expressão "Deus triúno" ou "Trino Deus".

A despeito disso, a expressão "trindade", uma vez que já é tão amplamente utilizada pela Igreja, deve estar "cristalizada" em nossa mente como sendo tão somente um sinônimo didático e não um substituto para a palavra "Deus".

Ou seja, sempre que lermos ou ouvirmos "trindade", imediatamente este conceito deve vir ao nosso pensamento: "Trindade" significa "Deus triúno", ou "Deus triúno" = "Trindade". Não, jamais deveremos excluir a palavra "Deus", não é isso que estamos afirmando, isso seria uma espécie de "suicidio doutrinário".

O que devemos é sempre lembrar que Deus sempre existiu como trino ou triúno, Ele sempre foi e sempre será a santíssima e adorada Trindade. Este termo "trindade" jamais pode nos confunfir e nos afastar do conceito que temos do nosso querido Deus único. O termo não foi desenvolvido pela Igreja e com a direção do Espírito Santo para confundir, mas para defender, esclarecer, libertar e edificar.

Para quem ainda não acredita na doutrina da Trindade, vamos retomar um conceito que lançamos no início deste estudo. A veracidade da Bíblia e de suas histórias e conceitos vem sendo confirmada através dos séculos por diversos ramos da ciência, como geografia, história, astronomia, arqueologia, antropologia, medicina, etc. Suas profecias ano a ano vêm se cumprindo e se cumprirão cabalmente até o fim dos tempos. Se, em termos terrenos, humanos e proféticos ela é 100% verdadeira, seguramente é também 100% verdadeira naquilo que afirma sobre Deus e os valores espirituais nela contidos:

“...nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. Se tratando de cousas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3:11-12; cf. vv. 3-12).

Não parece, portanto, uma decisão saudável permanecer ignorando as verdades sobre a vida, inclusive sobre quem e como é Aquele que te criou e te ama tanto.

Mas, se mesmo depois deste estudo e talvez depois de reestudar todos os conceitos, ainda não compreendermos a doutrina da Trindade, não fiquemos preocupados, é uma reação normal das nossas mentes limitadas diante da glória insondável de Deus.

O que podemos fazer é, por exemplo, orar assim a Deus:

"Ó Deus, nosso Pai Celestial, depois de verificarmos e aprendermos em Sua Palavra como tu és infinito, eterno e insondável em Sua essência, só podemos nos render a Ti, te exaltarmos e glorificarmos porque não podemos alcançar a Sua incompreensível grandeza, mas o Espírito Santo que está em Ti e vive em nós conhece e participa igualmente desta grandeza e nos ajuda nesta oração a Ti, bem como Jesus Cristo, o Teu Filho e nosso Senhor e Salvador, em nome de quem nós oramos. Amém".

Você que é cristão busque mais a Deus fervorosamente. Você que ainda não teve um encontro com Ele, busque-O de coração e O encontrará. Oremos para que o nosso Deus e Pai venha com o Seu Santo Espírito tocar em todos os corações, em nome do Seu Filho Jesus. Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito.

Ao nosso único e suficiente Deus, portanto, sejam dados todo louvor e adoração para sempre. Amém.

sábado, 18 de dezembro de 2010

AS BÊNÇÃOS DA COMUNHÃO COM O DEUS TRIÚNO

Todo ser humano é essencialmente religioso, mais cedo ou mais tarde em sua vida ele se entrega, se rende a alguma crença para se aproximar de Deus.

Já que a Bíblia é perfeita, pois é a Palavra de Deus e Deus é perfeito, precisamos nos render à Santíssima Trindade que é a essência única de Deus revelada nas Escrituras Sagradas. Do contrário, nos renderemos a algum tipo de culto ou credo herético pagão, que por melhor intencionado que for, estará nos afastando do verdadeiro Deus, que se revelou na Bíblia.

“(...) Render-se a Deus não é a melhor maneira de viver, é a única maneira de viver; nada mais funciona. Todas as outras vias levam à frustração, decepção e autodestruição (...) Se Deus tiver de fazer uma profunda obra em sua vida, ela começará por aqui. Então entregue tudo a Deus (...)” (Rick Warren, “Uma vida com propósitos”, p. 74).

Essa rendição total a Deus, que é triúno, enseja um relacionamento de total confiança com as pessoas da Santíssima Trindade:

“(...) Ao fazer essa confissão [no Deus Triúno] o cristão expressa o fato de que Deus é o Deus vivo e verdadeiro, que é o Deus Pai, Filho e Espírito, o Deus de sua confiança, a quem ele tem se rendido inteiramente, e em que ele descansa com todo o seu coração. Deus é o Deus de sua vida e de sua salvação. Como Pai, Filho e Espírito, Deus o criou, redimiu-o, santificou-o e glorificou-o. O cristão deve tudo a Ele. É sua alegria e prazer que ele possa crer nesse Deus, confiar nEle e esperar tudo dEle.” (Bavinck, “Teologia Sistemática”, p. 156); [citação entre colchetes de minha parte].

Nada do que Deus revela na Bíblia é por acaso. A doutrina da Trindade nos revela não somente o quanto Deus é singular e poderoso, mas também o Seu infinito amor para conosco e Seu desejo de realizar uma profunda e permanente obra em nosso viver. Só alcançamos este entendimento quando buscamos uma amizade, um relacionamento com o Deus Triúno. Mesmo que não tenhamos ainda compreendido completamente a doutrina trinitariana, o mais importante é buscar a Deus acima de tudo:

“(...) Ter amizade com Deus só é possível por causa da graça de Deus e do sacrifício de Jesus (...) Um antigo hino diz ‘Quão bondoso amigo é Cristo’, mas na verdade Deus nos convida a desfrutar da amizade e da companhia das três pessoas da Trindade: nosso Pai, o Filho e o Espírito Santo (...)” (Rick Warren, “Uma vida com propósitos”, p. 77).

Sem fé em Deus, realmente é difícil imaginar uma amizade entre o Deus perfeito e uma criatura imperfeita, mas como afirmamos anteriormente sobre o nosso Mediador, Cristo, graças à Sua encarnação e Sua intercessão por nós ao Pai, este relacionamento é perfeitamente possível. Sem mencionarmos a direção constante do Espírito Santo em nosso viver.

É aceitando e vivendo este amor de Deus em profundo relacionamento com Sua natureza triúna, que poderemos conhecê-Lo cada vez melhor, destruindo, assim, todas as barreiras que existam em nosso ser e que estejam impedindo a nossa comunhão com Ele, tais como o medo, o orgulho (representando o pecado de uma maneira geral) e a falta de entendimento:

“Existem três barreiras que impedem a nossa total rendição a Deus: medo, orgulho e falta de compreensão (...) Você não irá se render a Deus, a menos que confie nele, mas você não tem como confiar nele até que o conheça melhor. O medo impede que nos rendamos, mas o amor lança fora todo o medo. Quanto mais você se der conta do quanto Deus o ama, mais fácil será você se render (...) Uma segunda barreira para a total rendição é o nosso orgulho. Não queremos admitir que somos apenas criaturas e que não estamos no controle de coisa nenhuma (...) Não somos Deus nem jamais seremos; somos humanos! É quando tentamos ser Deus que acabamos mais parecidos com Satanás, o qual quis a mesma coisa (...) Render-se não é suprimir a própria personalidade; Deus quer utilizar sua personalidade singular. Em vez de diminuí-la, render-se a aprimora (...)” (Rick Warren, “Uma vida com propósitos”, pp. 70-71).

Após eliminarmos de nosso viver as barreiras que temos com Deus, atingimos um desenvolvimento do nosso caráter, agora transformado diariamente por Ele, e em conseqüência, podemos auxiliar as pessoas que estão afastadas de Deus, atingindo, assim, um patamar muito mais elevado dentro dos Seus propósitos para a humanidade: uma sociedade mais santa e justa, entregue confiadamente em Suas soberanas mãos.

O processo se dá com o desenrolar destas três etapas:

1ª) Entendemos que Deus nos ama, então, perdemos todo o medo;

2ª) Então conhecemos mais a Deus e nos rendemos a Ele, nos tornando pessoas melhores; e

3ª) Podemos contribuir na edificação de uma sociedade melhor.

Esta dinâmica comportamental dentro dos propósitos de Deus para a humanidade, envolvendo Seu relacionamento com a Igreja e com a sociedade, só é possível com o exercício do amor. Ele deu o exemplo maior de amor, é iniciativa dEle nos amar e em conseqüência, devemos nos amar e levar este amor à sociedade. Mas, como podemos realizar esta obra?

É permanecendo firmes em comunhão com Cristo, o Senhor da Igreja, em uma relação de total dependência de Seus mandamentos e de Seu amor, que poderemos ver realizados os Seus propósitos através de nossas realizações. Assim, como o Filho, guardou os mandamentos e permaneceu no amor de Deus Pai.

Observemos o texto de João 15:5-17:

"Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15:5, comparem com vv. 1,16).

E com a obediência aos mandamentos divinos, os nossos desejos se realizam (v. 7, cf. v. 16). Para que, frutificando em nossas realizações como discípulos escolhidos do Senhor Jesus, Deus Pai seja glorificado (v. 8; cf. v. 16). E com o propósito de que não vivamos uma vida medíocre e frustrada, mas para que a alegria de Cristo esteja conosco e a nossa alegria seja completa (v. 11).

Mas, qual é o mandamento que Cristo nos deu? Que nos amemos uns aos outros, da mesma forma como Ele nos amou (v. 12, cf. v. 17; comparem com 1Pe 4:8). E este amor de Cristo, a ponto de morrer em nosso lugar, é o vínculo necessário para um perfeito relacionamento nosso com Deus (cf. Cl 3:14), a ponto de sermos chamados de Seus amigos, a ponto do Filho não ocultar a vontade do Pai, mas revelá-la a nós, em sinal de amizade (vv. 13-15).

No entanto, o vínculo perfeito do amor entre Deus e os homens, revelado em Cristo, não pode ficar restrito à Igreja, mas, ser estendido à sociedade, para que os que crerem sejam batizados em nome de Deus, ou seja, em nome da Trindade (Mt 28:19). Para executar esta missão, a Igreja deve voltar-se para o seu Senhor, ela carece de um urgente avivamento, ela está espiritualmente enferma e sonolenta. Como ela vai pregar sobre alguém com o qual não se relaciona direito? Como poderemos falar sobre Deus se não orarmos, lermos a Bíblia, jejuarmos ou vivermos uma vida piedosa e de testemunho? Será que as nossas palavras estão refletindo mesmo a vontade de Deus?

Podemos observar, mais adiante, no contexto do capítulo 17 do mesmo evangelho de João que devemos refletir em nós como Igreja de Cristo, a unidade existente no Ser de Deus, o que redundará em testemunho tal que o mundo crerá no amor de Deus (Jo 17:21-22).

Não devemos criticar a doutrina da Trindade, devido à alguma dificuldade de aprendizado, mas, nos curvar diante de Deus, admitindo, que somos “crianças espirituais”, ainda imaturos demais no conhecimento de Deus. Muitos acreditam no poder de Deus para curar, para restaurar e até ressuscitar os mortos, mas, não conseguem acreditar que Ele é poderoso e soberano o suficiente para ser uma Trindade!

Busquemos uma comunhão íntima com Deus, diária, peçamos a Ele sabedoria diante de Sua Palavra revelada e nos arrependamos dos nossos pecados. Deixemos um pouco de lado a vida moderna tão materialista e automatizada e reservemos momentos para nos aquietar, buscar a Deus e desfrutar de Sua maravilhosa presença:

“Então me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jr 29:12-13; cf. Sl 16:11; 25:14; At 2:28).

Deus jamais nos convocou a que O compreendêssemos totalmente, mas, sim, para que tivéssemos fé e confiança nEle, buscando-O sempre em primeiro lugar:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [do Pai Celeste] e a sua justiça, e todas estas coisas [alimentação e vestuário] vos serão acrescentadas.” (Mt 6:33; cf. vv. 25-34; Ap 2:4-5b); [citações entre colchetes de minha parte].

"[...] A razão se vê diante de uma pedra de tropeço quando confrontada pela natureza paradoxal da doutrina trinitariana. “Mas”, asseverou Martinho Lutero, de modo enérgico, “posto que se baseie claramente nas Escrituras, a razão precisa conservar-se em silêncio sobre o assunto; devemos tão somente crer.Por isso, o papel da razão é o de auxiliar, e nunca de dominar (atitude racionalista), a entender as Escrituras, especialmente no tocante à formulação da doutrina da Trindade. Não estamos, pois, tentando explicar Deus, mas, sim, considerar as evidências históricas que estabelecem a identidade de Jesus como homem e também como Deus (em virtude dos seus atos milagrosos e do seu caráter divino) e, ainda, “incorporar a verdade que Jesus tornou válida no que diz respeito ao seu relacionamento eterno com Deus Pai e com Deus Espírito Santo [...]” (fonte: http://adca.org.br/site/modules/articles/article.php?id=6).

Devemos glorificar e exaltar a Deus por aquilo que Ele é: insondável (Rm 11:33-34) e permitir que os mistérios da vida, ocultos nEle, sejam desvendados de acordo com Sua vontade:

"As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Dt 29:29; comparem com Dn 2:22; Lc 8:17; 12:2; Cl 2:1-4; Rm 16:25-27; 1Co 2:6-9; Ef 1:9).

Isto é confiança e humildade diante de Deus. Atitudes que são frutos de um coração que busca verdadeiramente a Ele, não pelo que Ele pode oferecer, mas por tudo aquilo que Ele é, sem que, no entanto, se procure compreender todos os mistérios da vida primeiro (e sempre do ponto de vista humanístico filosófico).

Deus é misteriosamente revelado, mas, não completamente decifrado.

Podemos afirmar que, metaforicamente, toda a Palavra revelada no Antigo e no Novo Testamento paulatinamente foi fornecendo como que peças de um glorioso “quebra-cabeças” até que o cânon das Escrituras foi finalizado e a última peça “encaixada” pelo livro do Apocalipse. A questão é que não conseguimos compreender completamente a figura que nos foi revelada neste “quebra-cabeças”, podemos “apenas” crer nela.

Finalmente, desejamos apresentar as sábias palavras de Eugene H. Peterson com respeito ao nosso relacionamento prático com as três pessoas da Trindade (livro: "A maldição do Cristo genérico - A banalização de Jesus na espiritualidade atual").

"A noção de 'Trindade' é a formulação teológica que fornece a estrutura mais adequada para manter as conversas sobre a vida cristã coerentes, focadas e pessoais. Desde o início, a comunidade cristã percebeu que tudo a nosso respeito - adorar e aprender, conversar e ouvir, ensinar e pregar, obedecer e decidir, trabalhar e brincar, comer e dormir - se desenrola no 'território' da Trindade, ou seja, na presença e no meio das operaçõe de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Se a presença e a operação de Deus não forem entendidas como o que define quem somos e o que estamo fazendo, nada será entendido e vivido corretamente" [p. 19]; (...) "Na verdade, trata-se de nosso empreendimento intelectual mais exuberante sobre Deus. A Trindade é a tentativa conceitual de dar coerência a Deus conforme ele é revelado diversamente como Pai, Filho e Espírito Santo nas Escrituras: Deus é intensamente pessoal; é Deus única e exclusivamente em relacionamentos. A Trindade não é uma tentativa de explicar ou definir Deus por meio de abstrações (ainda que, em parte, seja isso também), mas um testemunho de que Deus se revela pessoal, em relacionamentos pessoais. A consequência prática desse fato é que Deus nos resgatou das especulações dos metafísicos e nos trouxe ousadamente para uma comunidade de homens, mulheres e crianças chamados a ter essa vida comum de amor, uma vida exremamente pessoal, na qual experimentam a si mesmos em termos pessoais de amor, perdão, esperança e desejo. Descobrimos, sob a imagem da Trindade, que não conhecemos Deus ao defini-lo, mas ao sermos amados por ele e ao correspondermos a esse amor." [p. 20]

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ADORANDO AS TRÊS "PESSOAS" DA TRINDADE

Podemos adorar as três pessoas da Santíssima Trindade? Vejamos.

O Pai procura para Si adoradores que O adorem em espírito e em verdade, ou seja, que sejam autênticos e não materialistas e o Filho deve ser adorado e honrado da mesma forma como ao Pai:

“Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” (Jo 4:23; cf. v. 24); 

 “...a fim de que todos honrem o Filho, do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.” (Jo 5:23; Mt 14:33; comparem com 9:35-38; 20:28; Ap 5:11-13; 7:9-12).

Mesmo que não haja uma menção bíblica direta a orarmos ao Espírito ou adorarmos o Espírito, sendo Ele a totalidade do Ser divino, assim como o Pai e o Filho, seria um tanto quanto conflitante e discutível imaginarmos não poder adorá-Lo. Seria como não poder adorar a Deus! 

Mesmo o Espírito Santo sendo glorioso (1Pe 4:14) e tendo a missão de glorificar e testemunhar a Cristo e não a Si mesmo (Jo 15:26; 16:13-14), Ele é digno de honra, glória e adoração, igualmente como o Pai e o Filho.

De que maneira, afinal, adoramos o Espírito Santo? As considerações do Rev. Hermisten da Costa certamente podem nos auxiliar nesta questão:

“O ministério do Espírito só pode ser compreendido e avaliado de modo correto dentro da perspectiva cristocêntrica; um enfoque sem esta consideração consiste num esquecimento do Espírito por maior que seja nosso desejo de ‘reabilitá-lo’ à igreja. Quando a igreja compreende adequadamente quem é Cristo e seu ministério, ela honra o Espírito, porque este conhecimento só pode ser alcançado por obra de Deus (Mt 11.27; 16.17) e é o Espírito de Deus que nos conduz à verdadeira compreensão de Cristo. A confissão de Cristo por parte da igreja é, de certa forma, a glória do Espírito (Jo 14.26; 15.26; 16.13-15; 1Co 12.3).” (“Eu creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo”, p. 383).

Portanto, nós prestamos a devida adoração ao Espírito Santo quando:

1º) Compreendemos o ministério e a Pessoa de Cristo;

2º) Quando obedecemos a Palavra de Deus, pois é a espada do Espírito (Ef 6:18; cf. 2Pe 1:21); 

3º) Quando nos enchemos do Espírito. De que maneira? Falando entre nós com salmos, hinos e cânticos, com gratidão ao Pai, em nome de Jesus e em sujeição uns aos outros (Ef 5:18-21; cf. Cl 3:15-17);

4º) Quando evitamos uma vida pecaminosa (Gl 5:16-26) para não O entristecermos (Ef 4:30) e, assim, desenvolvermos o fruto do Espírito (Gl 5:22-23); e

5º) Quando exercitamos os dons espirituais concedidos pelo Espírito (Rm 12; 1Co 12; Ef 4).

Não apresentaremos um novo elemento à Pneumatologia, a doutrina do Espírito Santo (e nem estamos aptos para tal missão), mas, baseados no que já estudamos, a questão de adorar o Espírito na forma de cântico ou hino pode eventualmente gerar um certo grau de sadia discussão (afinal, a adoração ou o louvor através da música é uma forma de oração).

Muitas pessoas acreditam que podemos entoar hinos e cânticos ao Espírito seja qual for a letra, com petições inclusive. Outras podem concluir que a letra deve ser composta apenas de adoração e louvor (o que a Bíblia jamais proibiu) e não de petições (que, conforme o modelo bíblico, devem ser dirigidas ao Pai ou ao Filho).

De fato, as tarefas do Espírito Santo, entre outras, são a de glorificar a Jesus e interceder por nós ao Pai em nossos corações. Do contrário, Ele intercederia por Ele mesmo! Por outro lado, Cristo também intercede por nós ao Pai no Céu e referências bíblicas mencionam uma busca a Cristo em oração.

Em seu livro "Destinados para a glória", pp. 37-38, o Rev. Hernandes Dias Lopes, comentou sobre a intercessão ao Pai realizada por Cristo e pelo Espírito:

"[...] Precisamos compreender que cada pessoa da Santíssima Trindade tem um lugar singular e distinto na oração. Por meio de Cristo, temos acesso ao Pai pelo Espírito Santo. A oração é dirigida ao Pai, por meio do Filho, pelo Espírito Santo. Temos dois intercessores na Trindade: O Espírito Santo e Jesus. O Espírito intercede em nós, assim como Jesus intercede por nós. Jesus é o intercessor no céu, enquanto o Espírito é o intercessor na Terra. Jesus intercede por nós à destra do Pai, ao passo que o Espírito intercede por nós dentro de nós. Jesus é o nosso intercessor forense e legal, e o Espírito é o nosso intercessor existencial [...]"

Mais adiante, na p. 45, ele salientou que:

"[...] A mente do Espírito está afinada com a mente do Pai. Não há conflito na Trindade. O Espírito nunca intercede por uma causa contrária à vontade do Pai [...]"

Em suma, já que o Novo Testamento não é detalhista e exaustivo quanto à forma de culto do período apostólico, principalmente no tocante à esta questão e pelo fato de jamais ter proibido falarmos com o Espírito Santo, é mais sensato que esta questão seja orientada por Deus soberanamente ao coração de cada um de nós.

É relevante ressaltar que não existem restrições ou facções em Deus. Se adoramos ao Pai ou a Cristo, isso não quer dizer que não estamos adorando o Espírito. Não podemos nos esquecer que Deus é uma única e indivisível essência. Quando nos dirigimos a uma das pessoas da Trindade, não estamos excluindo as outras, tirando a glória delas e muito menos causando ciúme entre elas. Cada pessoa da Trindade é totalmente Deus. De uma certa forma, quando adoramos o Pai ou o Filho ou o Espírito Santo, estamos adorando as demais pessoas. Mesmo distintas, uma pessoa misteriosamente habita na outra, participa da existência da outra.

É evidente que podemos louvar e orar ao nosso único Deus sem nos dirigirmos especificamente a uma das pessoas da Trindade (Lc 18:1; At 4:21,23-31; 1Tm 1:17). E mesmo que oremos especificamente ao Pai ou ao Filho, não estamos falando com uma parte ou um terço do Ser divino, e menos ainda com um ser inferiorizado, mas, sim, com Deus em Sua totalidade.

Em outras palavras, portanto, devemos adorar as três pessoas da Santíssima Trindade, pois elas são o nosso único Deus, digno de toda adoração, honra e louvor.

“Um e Três: Trindade: (...) Praticamente falando, a doutrina da Trindade exige que demos honra igual a cada uma das três Pessoas na unidade do Deus único (...)” (Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 837 (http://www.monergismo.com/).

"A Doxologia da igreja ao que está assentado no trono (Ap 4:10-11). João fala sobre três coisas importantes: Primeiro, o objeto da adoração. Os remidos adorarão Àquele que vive pelos séculos dos séculos. Também adoram o Espírito Santo (1:4-5; 4:5). Igualmente adoram o Cordeiro (5:12,13) (...) João é chamado ao céu para ver o trono e o Entronizado. O trono de Deus está no centro do universo (...) Todo o louvor e glória são dirigidos Àquele que está assentado no trono.” (Rev. Hernandes Dias Lopes: “Apocalipse – O futuro chegou”, p. 158).

Portanto, que o nosso querido Deus triúno seja adorado pelos séculos dos séculos. Amém.

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Para complementar o nosso estudo, acessem:

domingo, 12 de dezembro de 2010

PODEMOS ORAR ÀS TRÊS "PESSOAS" DA TRINDADE?

INTRODUÇÃO

Tudo o que estudamos até aqui em todas as postagens sobre a doutrina trinitariana (Trindade) é de vital importância, são conceitos doutrinários balizares, mas não passarão de teoria se não buscarmos um relacionamento íntimo com o Deus triúno.

Teologia sem vida com Deus é em vão. Deus não é o nosso alvo de estudo, mas de adoração e louvor.

Não basta estudarmos sobre Deus, devemos também desfrutar de Sua companhia. Este relacionamento com Deus pode, inclusive, mudar a nossa maneira de viver e de perceber a vida, pois, percebemos as nossas falhas e limitações e nos quebrantamos diante de Sua perfeita e imarcescível santidade.

Héber Campos, sabiamente considerou sobre esta busca pelo relacionamento com Deus e como ele pode influenciar a nossa vida:

"(...) O único modo de se conhecer o caráter de Deus é conhecer o que dele está revelado nas Escrituras, que nos mostram a mente de Deus (...) O caráter de Deus, ao ser conhecido das pessoas, pode influenciá-las em sua conduta (...) Porque as pessoas não conhecem o Deus verdadeiro, elas acabam adorando falsos deuses, deidades da sua própria imaginação (...) Quando conhecemos quem Deus realmente é, desfrutamos, com muito mais fervor e alegria, de nosso relacionamento com ele. À medida que conhecemos o Deus das Escrituras, é mais fácil termos um relacionamento pessoal com ele (...) Quanto mais conhecemos Deus, mais enxergamos as coisas como elas realmente são!” (“O Ser de Deus e os seus atributos”, pp. 13-14).

Hermann Bavinck complementa, afirmando que apenas conhecemos realmente a Deus, quando aprendemos sobre a Santíssima Trindade:

“(...) É nessa Trindade santa que cada atributo do Seu Ser alcança, digamos, o seu conteúdo pleno e o seu significado mais profundo. Somente quando nós contemplamos essa Trindade é que nós descobrimos quem e o que Deus é (...)” (“Teologia Sistemática”, p. 155).

Partindo, então, da eterna e imutável verdade de que Deus subsiste em três pessoas, como podemos nos relacionar com Ele? Vamos primeiro verificar se temos respaldo bíblico para nos relacionar com as três pessoas da Trindade e em seguida iremos entrar em detalhes da dinâmica da comunhão com Deus.

Podemos nos relacionar com as três pessoas da Divindade?

Podemos orar a Jesus ou somente ao Pai Celeste? Podemos falar com o Espírito Santo? Afinal, estudamos que cada pessoa da Trindade é totalmente Deus e orar a Deus não é um hobby ou uma opção de vida, é um dever (Lc 18:1).

E mais: adorar o Espírito Santo não é idolatria? (muitas igrejas até hoje obviamente não têm problemas quanto à questão de adorar a Cristo, mas quanto ao Espírito, por incrível que possa parecer, ainda existem restrições).

Vamos estudar estas questões passo a passo, de acordo com as verdades bíblicas sobre o nosso relacionamento com cada pessoa da Trindade e sobre a adoração devida à Trindade:

"PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS"

Devemos orar a Deus Pai.

Da mesma forma que não existe muita necessidade de comprovar a divindade do Pai, a questão quanto a orar a Ele praticamente não encontra oposição entre as igrejas cristãs. Mesmo assim, apresentaremos algumas evidências bíblicas quanto a este assunto:

Cristo nos ensinou a orar:

“...Pai nosso que estás nos céus.” (Mt 6:9); “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11:9-13).

O apóstolo Paulo agradecia e intercedia ao Pai pela vida de várias igrejas em suas orações:

"Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós.” (Cl 1:3; cf. 1Ts 1:2-3; comparem com Ef 1:16; 3:13-16; Fp 1:3-4; 3:9-10; 2Ts 1:11-12; 2Tm 1:3).

É princípio bíblico que as nossas atitudes sejam feitas em nome de Jesus, ou seja, como se Ele estivesse fisicamente entre nós, acompanhadas de um sentimento de gratidão a Deus Pai:

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Cl 3:17; cf. Ef 5:18-21).

Princípio semelhante a este foi ensinado pelo próprio Senhor Jesus aos apóstolos:

“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhe-á concedida por meu Pai que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome ali estou no meio deles.” (Mt 18:19-20; cf. contexto, vv. 15-18).

E é através de Cristo, o Caminho, que temos acesso a Deus Pai, no Espírito.

“...eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14:6); “Porque, por ele [Jesus], ambos [judeus e gentios] temos acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef 2:18) [citações minhas entre colchetes].

Paulo se prostrava diante de Deus Pai de joelhos para interceder pelos efésios.

“Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai.” (Ef 3:14).

Deus Pai deseja que tenhamos uma comunhão com Ele como filhos espiritualmente adotados em Cristo, clamando por Ele e sendo disciplinados por Ele, assim como ocorre entre os filhos e os pais terrenos (cf. Hb 12:3-11).

ORANDO AO SENHOR JESUS

Será que existe respaldo bíblico para orarmos ao Senhor Jesus? Afinal, nossas orações não devem ser realizadas apenas ao Pai Celeste?

O apóstolo Paulo mencionou que é preciso invocar a Cristo para ser salvo (Rm 10:9-14). O próprio Senhor Jesus afirmou que estaria entre nós (Mt 18:19-20), mas que nem todos que O invocam como Senhor irão para o Céu, mas aqueles que O invocam e também fazem a vontade do Pai (Mt 7:21).  Cristo convidou aos cansados e sobrecarregados que busquem alívio nEle (Mt 11:28). Ele também afirmou que todos que O buscam e obedecem aos Seus mandamentos, adquirem firmeza inabalável diante das provações (Lc 6:46-49) e que podemos pedir algo a Ele (Jo 14:13-14).

O apóstolo João também ensinou em suas epístolas que podemos orar a Cristo:

“Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” (1Jo 5:13-15).

Um exemplo de oração feita a Jesus é a de Estevão, o primeiro mártir cristão. Este texto que veremos também apresenta claramente a Trindade e revela que Cristo está vivo, em forma humana, junto ao Pai, intercedendo por nós:

“Ouvindo eles isto, enfureciam-se nos seus corações e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus. E apedrejavam a Estevão que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Com estas palavras adormeceu.” (At 7:54-56, 59-60).

Os olhos e ouvidos do Senhor (Jesus no caso) estão atentos às nossas vidas:

“Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.” (1Pe 3:12).

Os apóstolos pediram a orientação do Senhor Jesus para elegerem o substituto de Judas Iscariotes (veremos este ponto em mais detalhes posteriormente):

“E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido.” (At 1:24).

ORANDO AO ESPÍRITO SANTO?

É evidente que temos uma íntima comunhão com Ele, pois o Espírito Santo é o próprio Deus vivendo em nós (Jo 14:17; 1Jo 3:23-24), Ele fala conosco e nos direciona (At 10:19-20; 13:2; 15:28; 16:6-7; 21:4), nos ensina a orar corretamente de acordo com a vontade do Pai (Rm 8:26-27), nos convence dos pecados (Jo 16:8-14), nos guia em toda a verdade (Jo 14:26; At 13:9; 1Jo 2:20,27) e nos capacita a testemunhar (At 1:8; 4:8-13), entre outros atributos.

No entanto, mesmo com tamanha comunhão entre nós e o Espírito, parece não haver qualquer recomendação bíblica direta e enfática para orarmos ou não a Ele. Então, as nossas orações não podem ser direcionadas a Ele? Vejamos.

O apóstolo Paulo afirmou que nós adoramos a Deus no Espírito:

“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.” (Fp 3:3).

Paulo também exortou a que sejam feitas orações perseverantes no Espírito:

"Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6:18).

Semelhante recomendação foi ministrada por Judas em sua epístola:

"Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé Santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.” (Jd 20-21).

Pois é em um só Espírito que através de Cristo temos acesso ao Pai.

"Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef 2:18).

Como podemos concluir diante do que observamos até o momento nas últimas postagens, o modelo bíblico de oração geralmente apresentado é aquele dirigido ao Pai, em nome de Jesus e sobre a orientação e intercessão do Espírito Santo. Devemos pedir ao Pai (ou a Cristo) que o Seu Espírito (que dEles procede) venha auxiliar as nossas vidas no âmbito dos atributos dEle (alguns dos quais citados anteriormente).

O EXEMPLO DE "ORAÇÃO TRINITÁRIA" DA IGREJA PRIMITIVA

Podemos observar estes princípios na vida da Igreja apostólica. Já no início do livro de Atos, encontramos a narrativa da ocasião quando os apóstolos precisaram decidir qual dos discípulos do Senhor substituiria Judas Iscariotes e como Jesus não estava fisicamente presente, eles oraram a Ele (At 1:24). Eles se dirigiram ao Senhor Jesus e não ao Espírito Santo, mesmo que este último atue na direção, capacitação e comissionamento dos cristãos, como vimos anteriormente.

Logo em seguida, na narrativa de Lucas, encontramos a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes:

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2:4); “Tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios; como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” (At 2:11).

Observem que todos ficaram cheios do Espírito Santo e o resultado foi que passaram a falar em outras línguas sobre as grandezas de Deus, conforme o próprio Espírito lhes concedia. O Espírito atuou neles como doador e capacitador soberano e em nenhum momento foi invocado o Seu nome. Comparem este contexto com o da descida do Espírito Santo sobre os gentios (At 10:1-46, principalmente os vv. 44-46).

Talvez o maior exemplo de uma oração ocorrida na igreja apostólica é o daquela realizada quando os apóstolos Pedro e João haviam sido libertados do sinédrio após a cura milagrosa de um paralítico, sendo que os mesmos foram ameaçados pelas autoridades judaicas a não mais proclamarem o nome do Senhor Jesus (At 4:1-22). Após contarem a igreja o ocorrido, eles oraram a Deus, unânimes (v. 23):

"Ouvindo isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há; que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de nosso pai Davi, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram cousas vãs? Levantaram-se os reis da terra e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram.” (At 4:24-28).

É possível claramente perceber que a oração foi direcionada ao Pai que, através do Espírito, inspirou uma profecia sobre Cristo, o Seu Ungido (vv. 24-27), para que se realizasse o que Ele, o Pai, havia predestinado na eternidade (v. 28). Continuemos observando e aprendendo com esta oração:

“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios, por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.” (vv. 29-30).

Eles clamaram ao Pai para que Ele permitisse que, mesmo diante das ameaças das autoridades judaicas, a igreja ousadamente proclamasse a Sua Palavra, enquanto eram realizados em nome de Jesus inúmeros milagres. Bem, será que esta oração realmente estava dentro da vontade de Deus e foi corretamente direcionada ao Pai? O que ocorreu em seguida? Será que ela foi atendida?

"Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.” (v. 31).

A oração foi aceita e atendida pelo Pai, por estar de acordo com Sua soberana vontade.

No clamor de Estevão a Jesus diante de seu apedrejamento, notamos que ele estava cheio do Espírito, mas não orou ao Espírito (At 7:54-60). Quando Pedro foi aprisionado devido a perseguição de Herodes, a igreja permanecia em oração incessante a Deus (At 12:3-5). Aqui, não é mencionado que a igreja orava ao Espírito Santo.

Em suma, o modelo bíblico de oração que vimos até o momento parece não deixar espaço para a oração ao Espírito Santo. E, quanto a isto, se isto for mesmo verdade, não há problema algum, pois, a tarefa do Espírito Santo na economia trinitariana é a de nos auxiliar em nossas orações, pois somos falhos e limitados e não sabemos orar da maneira correta. Não é a tarefa primordial dEle recebê-las:

“Também, o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.” (Rm 8:26-27).

Portanto, segundo tudo o que vimos até aqui, parece mais sensato, biblicamente falando, orarmos através do Espírito, no Espírito e não ao Espírito. Mas, vamos continuar o nosso estudo no intuito de reunirmos mais princípios bíblicos e obtermos mais conclusões.

Além do mais, se concluirmos que não podemos orar ao Espírito Santo, este fato não O desmerecerá nem um pouco e, sim, O dignificará e O honrará, pois Ele (o Espírito) está em consonância e submissão funcional ao Pai e ao Filho (que são os alvos de nossas orações).

Além do mais, já estudamos anteriormente que o Espírito Santo não veio buscar glória para Si (apesar de a possuir, cf. 1Pe 4:14), mas, sim, a glória de Cristo (Jo 16:12-15).

Hermisten da Costa em seu livro “o Pai Nosso” trouxe considerações edificantes que nos auxiliam neste ponto do nosso estudo:

“O que nos enche de alegria e mostra a nossa relação íntima com Deus é o fato de que em Cristo, pelo Espírito, podermos nos dirigir ao Pai, como filhos adotivos de Deus (...)” [p. 19]. “Orar como convém é orar segundo a vontade de Deus, colocando os nossos desejos em harmonia com o santo propósito de Deus; isto é possível pelo Espírito de Deus que se conhece perfeitamente (1Co 2.10-12). Assim, toda oração genuína é sob a orientação e direção do Espírito (Ef 6.18; Jd 20) (...)” [p. 20]. “O Espírito ora conosco e por nós; ele juntamente com Cristo, em esferas diferentes, intercede por nós: ‘Cristo intercede por nós no céu, e o Espírito Santo na terra. Cristo nosso Santo Cabeça, estando ausente de nós, intercede fora de nós; o Espírito Santo nosso Consolador intercede em nosso próprio coração quando ele o santifica como seu templo’, contrasta Kuyper (1837-1920)” [p. 20]; (Nota: Abraham Kuyper, “The Work of The Holy Spirit”, p. 670).

No site cristão http://www.greatcom.org/  encontramos uma opinião também a este respeito:

“Para Quem Devemos Orar? Nós oramos ao Pai em nome do Senhor Jesus Cristo, através do ministério do Espírito Santo. Quando oramos ao Pai, as nossas orações são aceitas por Jesus Cristo e interpretadas a Deus, o Pai, pelo Espírito Santo (Romanos 8:26, 27,34)”. (fonte: http://www.greatcom.org/portugues/7steps/questions.htm).

Já o Papa João Paulo II pareceu não se preocupar se o modelo bíblico de oração permite ou não orar ao Espírito Santo e afirmou que devemos sim orar ao Espírito Santo (só que com uma visão idólatra). Vejamos algumas de suas palavras:

"(...) A Missão da cidade prepara-nos, a nós mesmos e aos nossos fiéis, para viver estes eventos no seu verdadeiro significado de graça, de fé e de conversão. Por isso devemos orar insistentemente ao Espírito Santo, pois sabemos bem que só Ele é capaz de converter os corações e de conceder a fé e a graça (...) A invocação ao Espírito Santo não pode, portanto, estar desvinculada da consagração a Maria (...)” (“Discurso do santo padre ao clero de roma por ocasião do início da quaresma” - Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 1998) - (fonte: http://www.vatican.net/holy_father/john_paul_ii/speeches/1998/february/documents/hf_jp-ii_spe_19980226_clero-roma_po.html)

O ministério evangélico “Chamada da Meia-Noite”, ao contrário, orientou a não orarmos ao Espírito. O pior problema é que ele aparentemente foi mais além: Segundo este ministério, não podemos nem adorar o Espírito Santo! Vejamos algumas de suas declarações:

“A Bíblia nos ensina a orar ao Espírito Santo? Pergunta: ‘Freqüentemente encontro crentes que se dirigem ao Espírito Santo em suas orações. Conforme meu entendimento da Sagrada Escritura, isso não é correto. O que vocês dizem a respeito?’ Resposta: Você tem razão: não devemos adorar ao Espírito Santo, mesmo que certos hinos ou corinhos sejam dirigidos direta ou indiretamente a Ele. Por que rejeitamos decididamente a oração ao Espírito Santo? Devido a diversos motivos: 1. Em toda a Bíblia não encontramos nenhuma indicação de que os crentes tenham orado ao Espírito Santo ou que deveriam adorá-lO. 2. O próprio Senhor Jesus Cristo disse claramente e repetidas vezes que devemos invocar o Pai em Seu Nome (...) Em nenhum lugar o Senhor Jesus deu ao menos uma leve indicação de que deveríamos orar ao Espírito Santo ou Lhe pedir alguma coisa! (...) Por que o Espírito Santo iria interceder por nós diante dEle mesmo? Certamente não é assim. Pois a tarefa do Espírito Santo é glorificar a Jesus (Jo 16.14) e, por isso, Ele nunca ficará à parte de Jesus, nem colocará a Si mesmo no centro das atenções (...) Orar ‘no Espírito’ é algo bem diferente do que orar ao Espírito! Pois, no fundo, ‘orar no Espírito’ significa simplesmente: orar através do Espírito de Jesus! E isso, significa, conforme Sua orientação, que podemos e devemos aproximar-nos do Pai em nome de Jesus, na certeza de que Deus atende à oração!” (Elsbeth Vetsch) Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 1997. (fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/print.php?docname=orar_ao_espirito).

Podemos concluir que orar e adorar o Espírito Santo é contrário às Escrituras? Afinal, já que o Espírito Santo é totalmente Deus, Ele também é digno de honra, louvor e adoração, igualmente ao Pai e ao Filho.

É o que observaremos e concluiremos a seguir na próxima postagem.