domingo, 6 de fevereiro de 2011

A UNIDADE E A MATURIDADE CRISTÃ

Existe uma importante lição sobre a maturidade cristã:

A unidade demonstra maturidade.

Cristo deseja que sejamos perfeitos, ou seja, maduros em nossa semelhança com Deus. Em Mateus 5:43-48, o Mestre nos ensina a amar os nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem, ou seja, devemos buscar a paz em nossos relacionamentos para alcançarmos a maturidade.

Cristo nos ensina que devemos viver em paz com os irmãos antes de ofertarmos a Ele e que não devemos esperar que um irmão que nos tenha ofendido ou que tenha algo contra nós venha ao nosso encontro buscando a reconciliação e sim, que devemos ter a iniciativa de buscar o entendimento com este irmão (Mt 5:23-24). Cristo também nos ensina que devemos amar e interceder pelos nossos oponentes e, assim, nos assemelhemos a Deus, que sejamos maduros e completos na nossa semelhança a Ele e não bebês espirituais (Mt 5:38-48).

Tiago fez uma forte exortação em relação à discriminação de pessoas e atitudes partidaristas, em conformidade com os ensinos de Paulo:

“Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de cousas ruins” (Tg 3:14-16; cf. Tg 2:1,8-10; Dt 16:19).

Ele não apenas mostrou o erro, mas afirmou que com a sabedoria de Deus podemos ser usados para promover a paz e a justiça (Tg 3:17-18).

João, chamado “o apóstolo do amor”, inspirado por Deus, ensinou que Ele é luz e que devemos viver com Ele, ou seja, na luz, e teremos comunhão entre nós e que nossos pecados, através do sangue precioso de Jesus, serão perdoados (1Jo 1:5-10; Is 43:25). Ele afirma que quem odeia a seu irmão em Cristo está perdido na escuridão, sem direção (1Jo 2:7-11), e que o amor ao próximo é consequência da nossa comunhão com Deus (1Jo 4:7-16; 5:2-3).

Em João 15: 9 a 14, Jesus nos ensina que Ele nos ama assim como Deus Pai o ama e que devemos permanecer neste amor. Para isso, devemos praticar os Seus mandamentos (vv. 9 e 10) que Ele nos dá com o propósito de sermos felizes (v. 12; 1 Jo 5:3). Nesta passagem, Cristo não apenas nos ordena a amar, mas faz menção ao exemplo máximo de amor que é morrer no lugar de um irmão (e Ele fez isso por todos nós). Se seguirmos os Seus mandamentos, seremos considerados seus amigos (vv. 13 e 14).

Em 1º João 3:10, vemos que na busca de guardar os mandamentos divinos o cristão não pode viver em pecado, pois é filho de Deus (Tt 3:10-11) e, indo mais longe, percebemos que a falta de amor e bondade procede de pessoas que não conhecem a Deus e podem estar sendo usadas pelo diabo. É preciso buscar a intercessão mútua que é eficaz e a confissão de pecados entre os irmãos para que qualquer problema de relacionamento seja curado (Tg 5:16), buscar a comunhão e o aperfeiçoamento e Deus agirá na igreja com amor e paz (1Jo 2:3-6; 4:12,17).

É preciso que haja sustentação, suporte e perdão entre os irmãos, assim como Deus perdoou a todos (Rm 12:9-21; Ef 4:29-32; Cl 3:12-14; 1Pe 1:22-25; 3:8-12; 4:7-11; 1Jo 4:11). Devemos também zelar pelas nossas palavras, pois, ao mesmo tempo que entoamos louvores a Deus, podemos ofender os irmãos com elas (Tg 3:8-10).

Muitos estendem as mãos para o alto no momento dos cânticos, mas não conseguem estendê-las à um irmão que o tenha ofendido ou que não tenha as mesmas opiniões. Quando existe falta de perdão, contendas, inveja e mágoa entre os irmãos, isso pode contaminar o corpo de Cristo e atrapalhar o desenvolvimento da santificação e da unidade (Pv 15:18; 16:7,28; 18:19; 24:8; Ef 4:30-32; Hb 12:14-15; Tg 3:14-16).

Muitas pessoas costumam dividir a igreja em diversas categorias, como se alguns fossem melhores do que os outros, dependendo, por exemplo, do tempo de vida cristã, cargo ou ministério, sexo, cor ou posição social. Contudo, a Palavra de Deus ensina que não se deve pensar desta forma:

Primeiro: Todos nós dependemos de Deus para atuar em Sua obra (Jo 3:27; 15:5-17; Ef 2:12-13);

Segundo: Todos somos pecadores, estamos sujeitos à falhas e precisamos da graça de Deus (Rm 3:23; 5:12; 7:19; 1Co 10:12-13; 1Jo 2:1-20);

Terceiro: Não existe um irmão mais importante que o outro na igreja (1Co 1:10-13; 3:1-9; 12:12-31; Tg 4:11-12);

Quarto: Todos pertencemos a Deus (Is 64:8; 29:13-16; Rm 9:19-24; 1Co 3:21-23); e

Quinto: Fazemos todos parte do Corpo de Cristo (Rm 12:3-8; 1Co 12:12-14,27; Ef 4:4-6), a família da fé, e se fazemos algo bom ou ruim, é Deus quem nos julgará (Rm 14:10-12) e nos recompensará (Gl 6:7-10; Cl 3:23-25).

Em Efésios 4, Paulo relatou diversos dons espirituais (v. 11) e afirmou que são destinados ao aperfeiçoamento dos cristãos no desempenho do serviço e edificação do Corpo de Cristo (v. 12; Rm 12:3-9) e mostra que apenas vivendo a unidade em amor na Igreja conseguiremos atingir essa maturidade (Ef 4:15-16).

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