sábado, 17 de abril de 2010

CRISTIANISMO E ESPIRITISMO


"Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar uma humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado pelo Espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na terra” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, p. 171).

A Bíblia confirma estas palavras de Kardec que transcrevemos na capa (Hebreus 7:26) e Jesus Cristo é o assunto principal da Bíblia (João 5:39). Mas, Ele não é apenas um exemplo de perfeição moral, Ele é o Filho de Deus, Senhor de tudo e não há outro caminho para a salvação senão através de Cristo (João 14:6; Atos 4:12; 1ª Timóteo 2:5).

Allan Kardec também afirmou:

"O Espiritismo nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo” (“Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. I, item 7).

Bem, se o espiritismo nada ensina em contradição com ensinos de Cristo e Cristo enfatizou que devemos confiar em todas as Escrituras Sagradas (Antigo e Novo Testamento), vamos verificar até que ponto o cristianismo e o espiritismo divergem: Deus é o Pai dos espíritos (Hebreus 12:9; Apocalipse 22:6), Ele não é Deus de mortos, mas de vivos porque para Ele todos estão vivos, estejam nesta Terra ou não (Lucas 20:38), portanto, Ele domina o mundo dos mortos e dos vivos. Todas as almas pertencem a Ele (Ezequiel 18:4a).

É Ele quem chama as gerações à existência desde o princípio (Isaías 41:4). Ele outorgou a Cristo toda a autoridade no céu e na terra (Mateus 28:18b; Efésios 1:17-22), inclusive para entregar a Sua própria vida por nós e depois vivificar a si mesmo (João 10:17-18). Por isso, Jesus Cristo é o Senhor dos mortos e dos vivos (Romanos 14:7-9) e dá vida a quem Ele desejar (João 5:21). Cristo é o Autor da Vida (Atos 3:15), nEle foram criadas todas as coisas, inclusive visíveis e invisíveis, Ele existe antes de tudo (Colossenses 1:16-17).

A reencarnação, portanto, estaria sob o domínio de Jesus Cristo, evidentemente. Mas, observamos que a Bíblia, inteiramente aprovada por Jesus (vejam Lucas 10:16; 24:25-27; João 5:46-47; 13:20), também afirma que para os seres humanos é importante zelar por um bom comportamento aqui na Terra, pois o espírito de cada pessoa será chamado por Deus e não retornará mais para consertar alguma situação errada (Eclesiastes 3:19-22; Isaías 26:13-14). Ou seja, depois da morte, o ser humano não fica reencarnando sucessivamente, mas o seu espírito aguarda a ressurreição e o julgamento de suas obras:

“...aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois, disto, o juízo” (Hebreus 9:27; vejam também Lucas 16:19-31; João 5:26-29; 1ª Coríntios 15:12-44; Apocalipse 20:11-13).

Aliás, DEUS NÃO TEM PRAZER NA MORTE DE NINGUÉM, nem mesmo na morte dos perversos (Ezequiel 18:23,32). Seria difícil imaginar Deus se conformando com incontáveis mortes e renascimentos de quem quer que fosse.

Em relação a CONSULTA AOS MORTOS, vejamos: sabemos que os espíritos existentes são: Deus e os anjos (João 4:24; Hebreus 1:13-14), os espíritos dos falecidos (que não podem retornar) e os espíritos malignos (o diabo e os demônios). Os “espíritos elementais” (protetores da natureza: gnomus, fadas, duendes, etc.) não existem. Pelo contrário, a natureza manifesta a glória de Deus, o seu Criador (Salmo 19:1; Romanos 1:20). Certamente nem Deus e Seus anjos bons estão envolvidos nas consultas aos mortos, pois são proibidas pelo próprio Deus:

"...acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19b; vejam também Levítico 19:31; 20:6; Deuteronômio 18:9-14).

O que nos resta, então, são o diabo e seus anjos malignos, os demônios, astutos mentirosos e enganadores (João 8:44; Efésios 2:2; 6:11; 1ª Timóteo 4:1; Apocalipse 20:1-3), responsáveis por manifestações espirituais manipuladoras. Mesmo crendo que Deus é único e tendo medo dEle (Tiago 2:19), eles se disfarçam até mesmo em anjos de luz, ministros da justiça para enganarem pessoas bem intencionadas e carentes de um contato com um ente querido já falecido (2ª Coríntios 11:14-15).

E, assim, sem perceberem, estas pessoas estão se afastando de Deus. É preciso discernimento espiritual que Ele mesmo fornece em Sua Palavra (Gálatas 1:6-9; Tiago 4:7; 1ª João 4:1-6; 1ª Pedro 4:8).

Nós amamos os espíritas e em obediência ao mandamento de amar ao próximo, precisamos dizer: o espiritismo está sincera e honestamente enganado em sua busca a Deus. Caros amigos espíritas, quando fizerem as suas orações, não busquem aqueles que já morreram, busquem diretamente o Deus vivo, em nome de Jesus. Só Jesus é o Mediador entre Deus e os homens (1ª Timóteo 2:5; Efésios 2:13-18; Hebreus 10:19-22). Não somos donos da verdade, mas conhecemos a Verdade, Jesus, que pode verdadeiramente libertar (João 8:32,36).

Sem Seus ensinamentos, podemos estar nos entregando às fábulas inventadas por homens (1ª Timóteo 1:4; 2ª Timóteo 4:3-4; Tito 1:14; 2ª Pedro 1:16) e nos afastando da comunhão com o Pai e do Seu testemunho sobre o próprio Jesus, que é maior que o testemunho dos homens (1ª João 5:9-12; Atos 5:29), homens como o próprio Allan Kardec, inteligente e zeloso, que ensinou doutrinas verdadeiras, confirmadas pela Bíblia, mas que trouxe equivocadamente doutrinas como a reencarnação. Vejam ainda mais uma de suas afirmações:

“É preciso que nos façamos entender. Se alguém tem uma convicção bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, é necessário que o desviemos dessa convicção, porém pouco a pouco, eis porque nos servimos, quase sempre, de suas palavras e damos a impressão de partilhar de suas idéias, a fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco” (“O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec: Obras Completas, 2ª edição. Opus Editora Ltda., 1985, p. 495).

Segundo Kardec, é necessário que um espírita esconda seu interesse de trazer uma determinada pessoa de outra religião para o espiritismo, fingindo concordar com sua doutrina (mentindo). Ora, todos nós sabemos que mentira é pecado (Êxodo 20:16; Efésios 4:25; Colossenses 3:9) e sinal de falta de amor ao próximo (o que não é o caso de vocês). Maquinar o mal contra o próximo é abominação diante de Deus (Provérbios 3:28-29; 6:17-19; 24:28), mas, o amor verdadeiro ao próximo se alegra com o que é correto, ele regozija-se com a verdade (1ª Coríntios 13:6).

R E F L I T A M O S:

1) Como a reencarnação explica o sofrimento de Adão e Eva se não em decorrência do pecado? Eles não haviam passado pela experiência de vidas anteriores. Seus sofrimentos, estabelecidos por Deus, não foram decorrentes de pecados em vidas anteriores;

2) Se desde o início os humanos estão se reencarnando para aperfeiçoamento, deveríamos estar vendo uma geração ou uma raça de pessoas quase perfeitas, mas onde estão elas?;

3) Se o “carma” é uma espécie de “carga” que uma pessoa deve suportar para pagar por pecados que cometeu em outras vidas, é estranho e injusto ela ter que pagar por algo que não se lembra (vejam Apocalipse 21:11-15);

4) Para que fazermos caridade, então, se a dificuldade que nosso próximo está passando é um “carma” que ele deve suportar durante a sua vida, neste “plano de existência”, para se tornar um espírito mais “evoluído”? Sendo assim, estaríamos atrapalhando-o em sua evolução espiritual e em nossa também, pois estaríamos “pecando”, indo contra Deus;

5) Se a caridade é obrigação para a evolução, na verdade é uma contradição, pois o amor verdadeiro ao próximo se excluiria neste caso, pois estaríamos apenas realizando uma mera obrigação, apenas aliviando a nossa consciência;

6) Até quando a humanidade ficaria vinculada a este ciclo de reencarnações? Haveria um dia quando a humanidade pecadora estaria apta, imaculada, para estar diante do Deus totalmente santo?

7) A humanidade tem evoluído muito no campo científico, mas no campo moral está cada vez pior. Se ela estivesse melhor, depois de milhares de anos não deveria haver muitos humanos, e sim, quase todos teriam se desencarnado e se tornado espíritos evoluídos. Mas, ocorre o contrário, a taxa de crescimento populacional é gigantesca;

8) Já que Deus é totalmente justo e bom, não seria mais justo Ele oferecer a salvação dos pecados, para que ao morrer, a pessoa possa ir para o Céu, um lugar de paz total e gozar de Sua presença para sempre do que ficar sofrendo durante inúmeras vidas para pagar por pecados que nem se lembra?

Espíritas, vocês também desejam seguir a Jesus, não é mesmo? Esperamos que vocês sigam o Jesus único, verdadeiro e perfeito, o da Bíblia, que morreu por nossos pecados, se oferecendo a Deus uma única e suficiente vez (Hebreus 7:26-27; 9:24-26) e ressuscitou em carne e osso (Lucas 24:36-43) e hoje está de braços abertos para presenteá-los com a vida eterna com Deus (João 11:25-26; Apocalipse 3:20; 22:17), sem tristezas, lágrimas e dor (Apocalipse 21:4) e sem precisar morrer e reencarnar incontáveis vezes.

Um grande abraço e que Deus os abençoe juntamente com as suas famílias.

4 comentários:

  1. Srs,

    Sou espírita e fico muito feliz em constatar que as humanidade realmente evoluiu. No princípio eramos perseguidos, despedidos de nossos empregos, humilhados, ridicularizados, ameaçados de excomunhão assim como fizeram co Galileu quando afirmou que a Terra gira ao redor do Sol e não o contrário). Numa segunda fase tentaram nos ignorar. Foi quando apareceram Bezerra de Menezes e Francisco Cândido Xavier, os quais com seu exemplo de desprendimento, trabalho, amor a próximo demonstraram na prática que o espiritismo segue os ensinamentos de Jesus.
    Ultimamente, as chamadas religiões tradicionais (protestantes e católicos), ao perceberem que o Espiritismo não é apenas mais uma "seita" e que vem conseguindo vários adeptos (e´-cat´licos, ex-protestantes e ex-ateus), passaram a uma tentativa desesperada paara tentar "provar" que o espiritismo é uma crença "demoníaca". Passaram então a ler alguns dos capítulos de alguns livros da codificação kardequiana e refutar algumas de seus parágrafos ou frases, é claro que temendo reconhecer as verdades colocadas nesses livros , não tem coragem para raciocinar o que ali está escrito, o que poderia fazer com que concordassem e também se tornassem espíritas.
    Já fiz essa pergunta em outro tópico de vocês e torno a repetí-la: se estão tão seguros em sua crença na unicidade da existência, por que nos atacam?
    Segue abaixo algumas explicações bastante lógicas da razão pela qual cremos na reencarnação e não na chamada salvação pela graça.
    Pode ser inútil para aqueles que se mantém presos ao fanatismo religiosa e acham que pelo simples motivo de pertencerem a determinada denominação religiosa serão recebidos por Jesus em pessoa no céu enquanto tondos nós outros iremos para o inferno e lá permaneceremos eternamente, mas não custa tentar.

    Um abraço e fiquem com Deus

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  2. : Atos, cap. III, 19: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, quando vierem os tempos do refrigério pela presença do Senhor". Entenderá, porventura, que Pedro, aquele mesmo discípulo de Jesus que ao lhe ser pedida esmola por um varão coxo, lhe dissera: "Prata e ouro não tenho para te dar, mas em nome de Cristo - o Nazareno, levanta-te e anda", quisesse com aquelas palavras destruir a doutrina das obras, de que devem se revestir todas as almas para chegarem à presença do Grande Rei! Arrependei-vos: é o grande passo que a alma pecadora dá na grande estrada da regeneração. Convertei-vos: é o segundo, conforme diz o Apóstolo, "Para que sejam apagados os nossos pecados; - quer dizer: pratiquemos, já que estamos arrependidos, obras dignas desse arrependimento, que destruam as más ações por nós postas em prática e o nosso Espírito assim em comunhão com : Atos, cap. III, 19: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, quando vierem os tempos do refrigério pela presença do Senhor". Entenderá, porventura, o ilustre professor, que Pedro, aquele mesmo discípulo de Jesus que ao lhe ser pedida esmola por um varão coxo, lhe dissera: "Prata e ouro não tenho para te dar, mas em nome de Cristo - o Nazareno, levanta-te e anda", quisesse com aquelas palavras destruir a doutrina das obras, de que devem se revestir todas as almas para chegarem à presença do Grande Rei! Arrependei-vos: é o grande passo que a alma pecadora dá na grande estrada da regeneração. Convertei-vos: é o segundo, conforme diz o Apóstolo, "Para que sejam apagados os nossos pecados; - quer dizer: pratiquemos, já que estamos arrependidos, obras dignas desse arrependimento, que destruam as más ações por nós postas em prática e o nosso Espírito assim em comunhão com : Atos, cap. III, 19: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, quando vierem os tempos do refrigério pela presença do Senhor". Entenderá, porventura, o ilustre professor, que Pedro, aquele mesmo discípulo de Jesus que ao lhe ser pedida esmola por um varão coxo, lhe dissera: "Prata e ouro não tenho para te dar, mas em nome de Cristo - o Nazareno, levanta-te e anda", quisesse com aquelas palavras destruir a doutrina das obras, de que devem se revestir todas as almas para chegarem à presença do Grande Rei!

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  3. Arrependei-vos: é o grande passo que a alma pecadora dá na grande estrada da regeneração. Convertei-vos: é o segundo, conforme diz o Apóstolo, "Para que sejam apagados os nossos pecados; - quer dizer: pratiquemos, já que estamos arrependidos, obras dignas desse arrependimento, que destruam as más ações por nós postas em prática e o nosso Espírito assim em comunhão com Cristo sinta a paz em sua consciência pela reparação da falta cometida.
    Mas... a Fé!...
    "Meus Irmãos, que aproveita se alguém disser que tem a fé e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?" (S. Tiago II, 14). Que aproveita aquele que crê em Cristo e não pratica os seus ensinos?
    "Tu crês que há um só Deus; fazes bem; também os demônios o crêem e estremecem". (S. Tiago II, 19).
    "Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras está morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaac? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que a fé foi aperfeiçoada pelas obras". (Tiago II, 20, 21, 22).
    "Vedes então que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé". (Tiago II, 24). "Porque assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras esta morta". (Tiago II, 26).
    Mas a fé!...
    O que é a fé, tão simplesmente a fé em face dessa Lei sublime que se chama Caridade que nos obriga a compadecer do nosso próximo em seus sofrimentos, - zelar pelo seu bem estar, - trabalhar pelo seu progresso e comunhão de todas as almas com o Pensamento Eterno e Imutável do Incomensurável Criador de todas as coisas!
    "Ainda que eu falasse a língua dos anjos e não tivesse caridade seria como o metal! que soa ou como o sino que tine. Ainda que tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé "de maneira tal que transportasse os montes" e não tivesse caridade "nada seria". Ainda que distribuísse toda a minha fortuna e entregasse o meu corpo para ser queimado e não tivesse caridade nada me aproveitaria". (1ª aos Corínt. XIII, 1 a 3).
    A Caridade está acima da Fé, e Paulo o diz categoricamente na citada Ep. verso 13: "Permanecem estas três: a fé, a esperança e a caridade porém a maior destas é a Caridade".
    E para que mais citações quando temos no quadro do juízo final apresentado parabolicamente por Cristo, a Caridade como única via que nos conduz ao Reino da Glória!

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  4. continuação...
    E para que mais citações quando temos no quadro do juízo final apresentado parabolicamente por Cristo, a Caridade como única via que nos conduz ao Reino da Glória!
    "Quando o filho do homem vier em sua glória e todos os seus santos anjos com ele diante de todas as nações reunidas, apartará uns dos outros como o pastor aparta os bodes das ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita; mas os bodes à esquerda. Então dirá orei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo: porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era estrangeiro e hospedastes-me, estava nu e vestistes-me, estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? - ou com sede e te demos de beber? - ou estrangeiro e te hospedamos? - ou nu e te vestimos? - Quando te vimos enfermo, ou na prisão e te fomos ver? - E respondendo o Rei lhe dirá: Em verdade vos digo que quantas vezes o fizestes a um destes meus pequenos irmãos a mim o fizestes". (S. Mateus, Cap. XXV, 31 a 46).

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