domingo, 6 de junho de 2010

A TRISTEZA QUE SE TRANSFORMA EM ALEGRIA

Os sofrimentos do apóstolo Paulo, por exemplo, redundaram na expansão do evangelho de Cristo. Mesmo com a prisão de Paulo, Deus usou esta situação para tornar possível a propagação da Sua Palavra de salvação. E aqui com este contexto, devemos ainda compreender que Deus proporciona essa reviravolta para o bem em nossa vida, muitas vezes não apenas visando apenas nós mesmos, mas as pessoas que nos cercam e o mundo inclusive, pois os demais crentes, com a prisão de Paulo, motivados no Senhor (percebam Deus agindo e não o acaso) se sentiram ainda mais determinados e ousados em evangelizar:

"Quero que saiba irmãos, que aquilo que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o progresso do evangelho. Como resultado, tornou-se evidente a toda a guarda do palácio e a todos os demais que estou na prisão por causa de Cristo. E os irmãos, em sua maioria, motivados no Senhor pela minha prisão, estão anunciando a palavra com maior determinação e destemor." (Fp 1:12-14);

"De fato, continuarei a alegrar-me, pois sei que o que aconteceu resultará em minha libertação, graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo." (Fp 1:19).

Pelo fato de Deus ter o poder de reverter um estado de calamidade e desespero que estejamos passando em bênçãos, existe um preceito bíblico que dá o alicerce para este atributo de Deus:

Para podermos amadurecer emocional e espiritualmente primeiramente em nossa vida vêm as lágrimas, as tristezas, "semeamos" nesta vida com o nosso choro mas depois vêm o riso, vem a alegria, a vitória.

"Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão. Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes." (Sl 126:5-6).

"Cantem louvores ao SENHOR, vocês, os seus fiéis; louvem o seu santo nome. Pois a sua ira só dura um instante, mas o seu favor dura a vida toda; o choro pode persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria." (Sl 30:4-5; comparem com Jr 31:16).

"Digo-lhes que certamente vocês chorarão e se lamentarão, mas o mundo se alegrará. Vocês se entristecerão, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria. Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão e ninguém lhes tirará essa alegria." (Jo 16:20 e 22; comparem com Jo 15:11 - "alegria completa" e Jo 17:13 - "plenitude da minha alegria").

Justamente porque Deus está no controle das situações adversas e não qualquer outro ser ou o acaso, verdade a qual muitas vezes nos esquecemos e nos vemos ansiosos e sem saída, por essa verdade é que Deus permite a tristeza para nos aperfeiçoar, nos disciplinar, como seus filhos legítimos, pois não somos ilegítimos e recebemos a disciplina para o nosso bem, como um treinamento corretivo e instrutivo, para sermos participantes da santidade divina, para sermos exercitados e produzirmos resultados justos (fruto de justiça). Isso só pode nos transmitir tranquilidade, segurança e não desespero, pois sabemos que a adversidade está sendo direcionada pelo nosso Pai Celestial amoroso e justo.

"Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filihos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos [...] Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados." (Hb 12:7-8,10-11).

Ademais, quando sentimos a tristeza segundo o mundo, ela é tão destrutiva e visando a destruição que pode produzir morte, mas a tristeza que sentimos de acordo com a vontade de Deus, sob o Seu controle, produz salvação, produz edificação.

"Mesmo que a minha carta lhes tenha causado tristeza, não me arrependo. É verdade que a princípio me arrependi, pois percebi que a minha carta os entristeceu, ainda que por pouco tempo. Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte." (2Co 7:8-10).

Assim, em nossa vida, com estes preceitos bem firmados em nossa alma, constantemente poderemos louvar a Deus agradecendo alegremente pelas vitórias, mesmo depois de passarmos momentos de lamento, de choro, depois de uma luta angustiante, assim como o salmista declarou:

"Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria, para que meu coração cante louvores a ti e não se cale. SENHOR, meu Deus, eu te darei graças para sempre." (Sl 30:11-12).

Depois de todas essas considerações, questionamos: Será que somos "mais que derrotados" ou "mais que vencedores"? Depende da situação na qual estamos? Ou mesmo enquanto estamos ainda sofrendo as agruras da vida podemos nos declarar mais que vencedores? É o que vamos concluir até o final deste estudo.

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