“Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1Co 15:21).
Um conceito difundido pela nossa sociedade afirma que “para tudo na vida há um jeito. Só não há jeito para a morte”. Esta é uma visão muito limitada e absolutamente sem fé. Na verdade a morte já não existe mais devido ao poder de Cristo. Devido à Sua morte e ressurreição.
Logo ao comerem do fruto proibido, Adão e Eva perceberam um senso forte de culpa ao perceberem sua nudez e prepararam cintas com folhas de figueira na tentativa de esconder-se de Deus (Gn 3:7). Logo adiante (v. 21), entretanto, Deus providenciou vestimentas de peles para os cobrir. Com este acontecimento percebemos que...
“(...) a vestimenta de peles era a provisão divina para restaurar a comunhão entre Adão e Eva e seu Criador, e implica o sacrifício de um animal para suprir a pele necessária” (Charles Caldwell Ryrie em “A Bíblia Anotada”).
Notamos que por nossos próprios esforços não conseguiríamos ter comunhão com Deus. O preço que o homem teria que pagar pelo seu pecado era a própria morte (Gn 3:19; Rm 5:12). Por isso Deus estabeleceu que a expiação (libertação da culpa) dos pecados seria efetuada através de uma morte substitutiva. Em vez de cobrar a morte do homem, Deus instituiu os sacrifícios de animais, através do derramamento do sangue (que contém e significa vida). Deus desde o começo já estava ensinando ao homem que precisaria do sacrifício de Cristo (suficiente e único) para restaurar a nossa comunhão com Ele (Lv 17:11; comparem com Gn 9:4; Lv 17:14).
O sacrifício de Cristo, dando Sua própria vida, derramando o Seu sangue para libertar dos pecados todos aqueles que crêem nEle, foi único e suficiente diante de Deus (Hb 9:22-26). Nenhum ser humano seria adequado para se sacrificar a Deus para salvar a humanidade. Somente um ser humano perfeito e que ao mesmo tempo tivesse a natureza divina poderia realizar uma obra suficiente e completa, pois ele deveria não apenas ser absolutamente sem pecado, mas deveria demonstrar o amor incondicional de Deus, revelar a vontade do Pai para com todos os homens e possuir o poder divino para vencer a morte, reinar sobre tudo e julgar a todos (Is 9:6; Jo 10:30-31; 2Co 5:19; Rm 9:5; 1Tm 1:17; 1Pe 1:2; 1Jo 5:2,20).
É o Espírito Santo habitando em cada cristão, após este ter recebido a Cristo como Senhor e Salvador, que promove a regeneração interior (1Co 6:9-11; Tt 3:4-7), a transformação de pessoas perdidas em pecados em pessoas que buscam se santificar (Rm 15:16; 2Ts 2:13), ou seja, se separar para Deus, buscando cada vez mais se afastar do domínio da natureza pecaminosa que existe em cada ser humano, tentando se aproximar cada vez mais do Criador, diminuindo, assim, o abismo que o pecado deixou entre Deus e a raça humana (Hb 12:14). Cristo destruiu o poder da morte e nos mostrou como é a vida eterna com Deus e como devemos proceder para obtê-la (2Tm 1:8-10).
Ora, sabemos que todos os homens devem morrer (Rm 5:12; Hb 9:27). Mas, se Jesus destruiu a morte, por que ainda morremos? O apóstolo Paulo afirmou que Cristo “não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2Tm 1:10b). Norman Geisler e Thomaz Howe trouxeram algumas considerações sobre esta aparente contradição (“Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e ‘Contradições’ da Bíblia”):
“Em primeiro lugar, Cristo não destruiu a morte física imediatamente, mas pela sua morte e ressurreição ela será finalmente abolida. Cristo foi o primeiro a experimentar a ressurreição num corpo imortal (1Co 15:20) – o resto da humanidade vai experimentar isso mais tarde, na sua segunda vinda (1Co 15:50-56). Segundo, Cristo destruiu a morte oficialmente quando ele mesmo a derrotou, pela ressurreição. Entretanto, a morte física não estará de fato completamente abolida até que ele volte, quando ‘se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória’ (1Co 15:54). Paulo acrescenta, ainda: ‘O último inimigo a ser destruído é a morte’ (1Co 15:26)” (p. 509).
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