Nós cristãos, uma vez que possuímos a certeza da vida eterna, não devemos nos acomodar diante desta certeza e deixar de exercer o papel que nos está proposto por Deus, mesmo sabendo que morreremos um dia.
Não devemos agir como muitos não crentes que adotam uma conduta fatalista em face de sua morte iminente, como a conhecida frase “comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (1Co 15:32). Em outras palavras, segundo esta crença, devemos aproveitar para esbanjar em nossos prazeres aqui nesta vida, pois, podemos morrer a qualquer momento e tudo chegará ao fim.
Sabemos que Deus é o dono da vida e conforme a Sua soberana vontade Ele a dá ou a tira. Ele mesmo pode permitir uma enfermidade ou mesmo curá-la (Dt 32:39). Deus não é somente o dono da vida, Ele é dono de tudo, tudo pertence a Deus, as pessoas, o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro (1Co 3:21-23).
Por isso, uma atitude que devemos tomar enquanto vivemos nesta vida é a de dependermos de Deus. A nossa suficiência deve estar em Deus (Ef 6:10). Não devemos nos apegar aos bens materiais, pois devemos aprender a viver como será no Céu. Nós não levaremos nada material conosco na hora da morte (Lc 12:16-21; 1Tm 6:15; Hb 13:5-6).
O apóstolo Paulo afirmou que enquanto vivia, vivia para Cristo, mas se morresse, seria incomparavelmente melhor, por estar na presença pessoal de Cristo. Viver aqui na Terra, entretanto, trazia frutos para o seu ministério, dado por Deus, por isso preferia permanecer ainda vivo (Fp 1:20-24).
Assim, aprendemos que vivemos uma espécie de “santo conflito” aqui na Terra. Sabemos que uma vida eterna na presença de Deus nos aguarda quando morrermos, mas, enquanto isso, devemos nos dedicar ao chamado dEle, ao Seu propósito para a nossa vida terrena. Deus tem um plano para cada um de nós, cristãos (Pv 16:4; 19:21; Ec 3:1; At 13:36).
Cada um possui pelo menos um dom espiritual para ser desenvolvido na Igreja de Cristo, para a edificação da mesma e para a glória do próprio Deus (1Co 1:4-8; 7:7; 1Pe 4:7-11). Essa é a carreira cristã que nos está proposta, até chegarmos à perfeição no Céu. Paulo trouxe o exemplo de comportamento cristão enquanto se aguarda a chegada ao Céu: Não devemos permanecer presos a esta vida passageira (Fp 3:12-14; Cl 3:2; cf. Jo 12:25-26; 1Jo 2:15-17).
“Quando você compreender plenamente que há mais na vida que apenas o aqui-e-agora e perceber que a vida é apenas uma preparação para a eternidade, você começará a viver de forma diferente (...) Subitamente, muitas atividades, metas e até mesmo problemas que pareciam importantes se mostrarão banais, insignificantes e indignos de sua atenção (...) Suas prioridades são reorganizadas (...)” (p. 34). “(...) Assim como os nove meses que você passou no útero de sua mãe não tinham um fim em si, mas eram uma preparação para a vida, também a vida é uma preparação para o que vem a seguir (...)” (p. 36). “(...) O fato de a terra não ser nosso lar definitivo explica por que, como seguidores de Jesus, experimentamos dificuldades, aflições e rejeições neste mundo. Isso também explica por que algumas promessas de Deus parecem não ter sido cumpridas, algumas orações parecem não-respondidas e algumas situações parecem injustas. Esse não é o final da história (...) A terra não é nosso lar definitivo; fomos criados para algo muito melhor (...) Você terá momentos felizes por aqui, mas nada comparado ao que Deus tem planejado para você (...) O seu tempo sobre a terra não é toda a história de sua vida. Você tem de esperar chegar no céu para conhecer o resto dos capítulos (...) Não terão passado dois segundos de sua entrada no céu sem que você clame: ‘Por que eu fui dar tanta importância a coisas tão temporárias? Onde eu estava com a cabeça? Por que gastei tanto tempo, energia e preocupação no que não iria durar?’ (...) Quando a vida fica difícil e você é subjugado pelas dúvidas, ou quando fica imaginando se viver para Cristo vale o esforço, lembre-se de que você ainda não chegou em casa. Na morte, você não vai abandonar sua casa – você vai para casa.” (pp. 45-47).
Em resumo, devemos avaliar as nossas escolhas diárias. O que tem sido prioridade para a nossa vida ultimamente. A casa? O carro? O emprego? Um instrumento musical? O computador? A faculdade? A conta bancária ou um outro bem material qualquer?
Nada pode ocupar o lugar que é destinado a Deus em nossa vida. Nada. Avareza é idolatria (Ef 5:5; Cl 3:5). Buscar a Ele e o Seu Reino deve ser o objetivo máximo de nossas vidas. Ele deve ser o nosso primeiro amor (Mt 22:37-38; Ap 2:4-5). Devemos obedecer a Ele acima de qualquer autoridade humana (At 5:29).
Mas, e o nosso sustento diário? O nosso Pai Celeste amoroso e provedor nos acrescentará dia-a-dia e suprirá cada uma daquelas necessidades que realmente estão de acordo com a Sua vontade (Mt 6:6:19-33; 7:7-11; Fp 4:11-13,19; 1Jo 5:14-15).
Mas, e o nosso sustento diário? O nosso Pai Celeste amoroso e provedor nos acrescentará dia-a-dia e suprirá cada uma daquelas necessidades que realmente estão de acordo com a Sua vontade (Mt 6:6:19-33; 7:7-11; Fp 4:11-13,19; 1Jo 5:14-15).
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