PAULO ROMEIRO
1: Livro "Evangélicos em crise":
"O grande problema da Teologia da Prosperidade não é a prosperidade, mas a teologia, que contém doutrinas heréticas no seu bojo, chegando às raias da blasfêmia." (p. 38).
Realmente, o grande problema em toda esta questão da pregação da herética teologia da prosperidade está justamente na "teologia" e não na "prosperidade". Veremos até o fim destes estudos que ser próspero não é necessariamente contra a vontade de Deus, mas esta teologia em questão, como temos visto, é repleta de heresias que acarretam enormes problemas para a Igreja e para sua comunhão com o Seu Mestre e Senhor.
2: Livro "Super Crentes" (segunda edição):
"Essa corrente doutrinária ensina que qualquer sofrimento do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou possui fé insuficiente. Outros ensinos pouco ortodoxos caracterizam a Confissão Positiva. Seus líderes apregoam que os seres humanos possuem a natureza divina, que consultar médicos ou tomar remédios é pouco recomendável para o cristão, que Jesus foi milionário e que a soberania de Deus é limitada pela vontade humana. A Confissão Positiva tem causado muita controvérsia e deixado um rastro de tragédias, desapontamentos e confusão em muitas igrejas de diferentes denominações. Para surpresa de muitos, as igrejas evangélicas tradicionais estão entre as mais vulneráveis a esse movimento" (pp. 19-20);
Aqui encontramos mais um problema: os pregadores desta teologia asseveram que não é recomendável ao cristão procurar um médico ou tomar remédios quando estiver doente. No mínimo preocupante também. Essas declarações de Romeiro convergem exatamente para todas aquelas considerações que já havíamos apresentado na postagem anterior, a primeira parte do nosso estudo. Em outras palavras, a pregação da teologia da prosperidade, um "pacote de heresias satânicas" na nossa opinião, tem causado muita controvérsia, desilusões, confusões em muitas denominações evangélicas, inclusive, por incrível que possa parecer, entre as mais tradicionais. Segundo este autor pessoas já morreram por negligência devido à crença sem fundamento e sem lógica de que cristãos não devem procurar auxílio da medicina. Neste livro ele documentou alguns casos. Não é para ficarmos preocupados?
3: Entrevista publicada no site da editora Mundo Cristão:
"E o que essas pessoas que são atraídas às igrejas neopentecostais buscam? Que fiquem ricas, sejam curadas de todo tipo de doença e que todos os seus problemas sejam resolvidos, desde a falta de dinheiro até a falta de emprego. Essas são promessas da teologia da prosperidade, que propõe banir a pobreza, a doença. O problema não está na prosperidade, mas na teologia, assinalou Romeiro. Para a teologia da prosperidade, o crente 'deve morar em mansão, ter carrões, muito dinheiro e nunca ficar doente. Quando isso não acontece, é porque ele está sem fé, em pecado ou debaixo do poder de Satanás', explicou o pastor da Igreja da Trindade. Romeiro mudou a lógica no argumento: 'Ora, se formos avaliar a vida espiritual de uma pessoa pela casa onde mora ou pelo saldo bancário, temos que concluir que muitos jogadores de futebol e artistas têm uma comunhão com Deus fora do comum. E isso não é verdade'. Hoje em dia, analisou o pastor, as pessoas na igreja funcionam na base da emoção, e não pela reflexão. A teologia da prosperidade e todo esse clima de emoção têm forte apoio na mídia, um instrumento que as igrejas neopentecostais sabem trabalhar muito bem. 'Creio que o fator principal que garante a sobrevivência do movimento neopentecostal é o seu investimento pesado na mídia e o seu sucesso em colocar a igreja no mercado e as políticas do mercado na igreja', avaliou Romeiro na entrevista à Eclésia. Isso ainda vai durar algum tempo, representando crescimento dos principais grupos neopentecostais no Brasil. Mas não têm mais o mesmo ímpeto que tinha no passado. Romeiro entende que, 'na medida em que os adeptos vão se decepcionando com a mensagem e a falta de ética de alguns segmentos neopentecostais, creio que haverá uma volta à Bíblia por parte de muitos. Por isso, as igrejas cristãs devem estar preparadas para receber e ajudar tais pessoas', recomendou." (http://www.mundocristao.com.br/noticiasdet.asp?cod_not=4)
Quanto engano prega a teologia da prosperidade!! Quanto absurdo. Não há como acreditar nisso tudo meus irmãos!! "Se o crente não é próspero, então ele não tem fé ou está sob o poder de Satanás"?! Onde estes pregadores encontraram essa incrível e descabida bobagem? Na Bíblia é que não foi. São ensinos meramente humanos, crivados de egocentrismo e afastados do cristocentrismo.
Quantos de nós, cristãos, temos passado por tantas agruras e "tempestades" nesta vida à despeito de nossa comunhão zeloza e em confissão de pecados para com Deus?! Se concordamos com a teologia da prosperidade, milhares e até milhões de nós, cristãos, então, estaremos com uma fé minúscula ou inexistente (neste caso nem seremos salvos realmente!!) ou estamos debaixo do poder de Satanás? Não, não, está tudo errado! Não é isso que a Palavra de Deus assevera e veremos sobre tudo isso nas próximas postagens.
Romeiro como sempre tem razão. Se julgássemos a maturidade espiritual das pessoas observando a quantidade de bens materiais que possuem, centenas e milhares de celebridades propagadas e idolatradas pela mídia tendenciosa e manipuladora (muitas vezes, mas nem sempre) teriam uma comunhão com Deus extraordinária, todos estariam na plenitude do Espírito Santo! Nem é preciso irmos muito longe para sabermos que a realidade está bem longe desta argumentação. Aliás, muitos dos pregadores da teologia da prosperidade é que são os novos ícones da mídia, viraram personalidades imaculadas e reverenciadas, possuem status social e condição de vida fora do comum no sentido material, mas infelizmente, paradoxalmente, o povo de suas igrejas continuam sem conhecer "a tal prosperidade" e "raquíticos espirituais".
Mas Romeiro nos transmite uma interessante constatação: essa "explosão" do movimento neopentecostal e sua influência está se arrefecendo, diminuindo. Existe uma tendência de que um grande número de pessoas decepcionadas e iludidas com a pregação distorcida e equivocada destas igrejas, migrem para igrejas mais sólidas na Palavra, igrejas as quais precisam realmente estar preparadas para receberem tais irmãos decepcionados. Mas Paulo Romeiro falou mais sobre este assunto em obra grande obra sua. É o que veremos a seguir:
4 - Livro "Decepcionados com a graça":
"A mola propulsora do neopentecostalismo é sua mensagem triunfalista, baseada na teologia da saúde e da prosperidade, surgida na primeira metade do século XX, nos Estados Unidos. De acordo com essa doutrina, o cristão não deve ser atingido pelas vicissitudes da vida, assunto atraente nos dias de hoje (...) Sem nada a perder, mas tudo a ganhar, o fiel é incentivado a apostar tudo para que, de imediato ou em curto período de tempo, qualquer situação de revés mude radicalmente, experimentando assim o sentimento de já estar no caminho da prosperidade." (p. 14); "Uma das propostas principais da maioria de seus pregadores é banir da vida humanda a doença, a pobreza e todo tipo de sofrimento. Com isso, pretendem produzir uma nova geração de fiéis - rica e fisicamente saudável. O foco da mensagem neopentecostal concentra-se mais no aspecto temporal que no eternal, mas na vida presente que na futura" (p. 88); "De acordo com a teologia neopentecostal, a vida do cristão deve ser livre de qualquer problema. Ele deve morar em mansões, possuir carros caros, ter muito dinheiro e muita saúde. Se isso não ocorrer, estará caracterizada a ausência de fé, a vida em pecado ou então o domínio de Satanás. Em outras palavras, as características do cristão maduro é a plena saúde física e emocional, além da prosperidade material" (p. 98); "Para muitos pregadores da teologia da prosperidade, as doenças não têm relação com problemas hereditários, condições do meio ambiente ou do contexto social e geográfico em que vive o doente. Em outras palavras, as enfermidades não são provocadas por agentes físicos, mas espirituais. Assim, as armas para combater as enfermidades não devem ser físicas, mas espirituais." (pp. 102-103); "Uma das posições que mais tem gerado controvérsia e suscitado críticas à teologia da prosperidade é a negação dos sintomas da doença, levando o enfermo a rejeitar os recursos da medicina. Nem todos os pregadores da confissão positiva agem assim, mas há os que consideram um ato de fraqueza espiritual a ação de recorrer à medicina (...)" (p. 105);
Até aqui, observamos declarações de corroboram com tudo o que já vínhamos estudando: A pregação sobre o crente não poder possuir problemas financeiros e de saúde e se os tiver, deve ser questão de falta de fé ou influência dominadora satânica e a pregação de que não é preciso buscar o auxílio da medicina e ciência farmacêutica para tratar as enfermidades, pois elas se originam no mundo espiritual, etc.
Mas veremos uma declaração, mais uma vez, à respeito de um grupo de decepcionados com a ausência de praticidade na teologia da prosperidade, um grande número de iludidos. Sugerimos a leitura desse excelente livro, onde o autor relata inúmeros destes casos no contexto de várias igrejas neopentecostais.
"Há muitos casos de decepção no dia-a-dia de uma instituição religiosa. Os depoimentos apresentados representam apenas uma amostra das esperanças frustradas que a teologia da prosperidade tem produzido. Alguns dos depoentes já encontraram acolhida, estão recebendo tratamento para suas feridas e crescendo na vida espiritual. Porém, os que não chegaram a tanto vão reforçar uma ala que cresce cada vez mais no mundo religioso brasileiro: a dos cristãos em trânsito. " (p. 158).
E aqui ressaltamos mais uma vez a questão de que nós, como igreja de Cristo, precisamos estar preparados para receber tantos irmãos que vêm desiludidos de algumas destas igrejas e precisam de "alimento sólido", precisam ouvir novamente ou pela primeira vez qual é o puro evangelho de Cristo, a sã doutrina e não o evangelho doentio e mercadológico que conheceram. Eles, certamente sem perceberem, foram vítimas da grande crise doutrinária pela qual passa a igreja evangélica brasileira.
"A crise doutrinária tem sido também uma das características do neopentecostalismo. Muitos ensinos da teologia da prosperidade já refutados nos Estados Unidos são abraçados no Brasil sem nenhum questionamento. Muitas vezes, não se questiona nem mesmo as credenciais do autor (...)" (p. 233).
E essa é a grande razão da frustração de tantas e tantas pessoas com as igrejas neopentecostais e as igrejas tradicionais que adotaram muitos dos ensinamentos da teologia da prosperidade: a crise doutrinária e de discernimento bíblico. A igreja evangélica brasileira cada vez mais aceita pregadores heréticos com suas mensagens infundadas e sem respaldo bíblico sem o mínimo de questionamento.
Sobre o fundamento doutrinário para refutar os ensinamentos da teologia da prosperidade veremos nas próximas postagens acerca deste tema.
Cláudio, preciso que vc me enviei os textos que vc derrotou o positivismo e faliu e teologia da prosperidade. Rapaz cada um melhor que o outro!
ResponderExcluirOrganize eles em sequencia para que seja disponiibilizado em pdf !
Deus continue te usando.
Seu irmão na causa apologética.