Em Sua maravilhosa oração sacerdotal diante de Deus Pai, o Senhor Jesus intercedeu pela união de Seus seguidores, a Sua Igreja:
“Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.” (Jo 17:11b; ARA).
Esta é uma missão para a Igreja que traz um desafio: a unidade diante da diversidade, mas também traz um privilégio: sermos cada vez mais semelhantes a Deus.
O propósito inserido nesta missão? Unidos em Deus e nos aperfeiçoando na unidade da Igreja, inclusive daqueles que ainda se converterão pelo poder da Palavra, o mundo crerá que Deus Pai enviou a Jesus Cristo e conhecerá o infinito amor de Deus.
Vamos observar mais um trecho desta bela oração que dá base para o que acabamos de afirmar:
“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste, e os amaste como também amaste a mim." (Jo 17:20-23; ARA; cf. Mt 5:14-16; 2Co 2:15; 1Pe 2:9).
Nós podemos encontrar um grande exemplo de unidade na Igreja Primitiva descrita no livro de Atos e como Deus, através da perseverança na Palavra e na intensa comunhão, acrescentava à Igreja os novos convertidos (At 2:42-47). Mas, podemos notar atualmente como muitas igrejas evangélicas estão distantes da realidade bíblica, pois ainda sofrem com um problema antigo, também relatado na Bíblia: as facções entre os próprios irmãos. Pessoas envolvidas neste comportamento muitas vezes já possuem muito tempo de vida “cristã”, o conhecimento doutrinário e vida com Deus que possuem é desproporcional ao tempo de carreira “cristã” das mesmas. Elas são descritas na Bíblia como “bebês espirituais”.
Abordando especificamente com respeito às divisões entre o povo de Deus, o apóstolo Paulo inúmeras vezes convocou as igrejas em suas epístolas a que vivessem em concordância e abandonassem atitudes egoístas e partidaristas:
“Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais; e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos deis a beber; não vos dei alimento sólido, porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?" (1Co 3:1-3; ARA; cf. vv. 4-9; Hb 5:12-14; 1Pe 2:1-2; comparem com Rm 16:17-18; 1Co 1:10; 11:17-19; 2Co 13:11; Fp 1:27; 2:3-4; 4:2; Tt 3:10-11).
Ele também deixou claro que inimizades e discórdias entre os irmãos são obras da carne, são atitudes de pessoas carnais e mundanas e que, consequentemente, não herdarão o Reino de Deus (Rm 12:1-2; 1Co 3:3-4; Gl 5:19-21; cf. 1Jo 2:15-17).
Encontramos o caminho para a unidade em 1º Coríntios 12:21-26, onde Paulo comparou o Corpo de Cristo ao corpo humano e afirmou que todos os membros são importantes e precisam trabalhar em unidade, mesmo que haja diversos membros e diversas funções (vv. 12-20). Em seguida, o apóstolo afirmou:
“Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti, nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos, são necessários.” (vv. 21 e 22; ARA).
Qual deve ser a atitude dos membros fortes para com os mais fracos? Vejamos:
“E os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra” (v. 23).
Deus, em sua soberana vontade, dirige a Igreja e confere maior honra àqueles irmãos mais necessitados (Rm 14:1-23; 15:1-4):
Qual seria o propósito de Deus envolvido nesta dinâmica?
“Para que não haja divisão no corpo, pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros” (v. 25).
Qual o resultado que podemos obter seguindo estes passos? UNIDADE.
Vejamos:
“De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (v. 26).
Que mensagem poderosa das Escrituras! A Igreja deve estar em unidade a ponto de quando um irmão estiver feliz, todos estarão felizes com ele e quando este irmão estiver triste, todos compartilharão com ele de sua tristeza.
Nos esforçando para manter a unidade que já temos e também para agregar a ela eventuais partes do Corpo de Cristo que ainda estejam isoladas, ou seja, nos aperfeiçoando em unidade (2Co 13:11; 1Jo 4:12; 1Ts 3:9-13), podemos ter certeza de que teremos vitória (Rm 8:31-39; 1Jo 1:14; 5:4).
Vamos pedir a Deus que nos ajude a alcançar a unidade plena que tanto almejamos e que seguramente é da vontade dEle (Jo 15:7,16), pois se a vontade dEle estiver em nós, com certeza Ele desejará nos conceder esse pedido (Jo 15:7-8; Rm 8:26-28; 1Jo 3:19-24; 5:14-15).
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