quarta-feira, 30 de março de 2011

AS ALMAS DOS INCRÉDULOS NÃO SERÃO ANIQUILADAS

Muitos acreditam que a alma dos ímpios é destruída após a morte (aniquilacionismo), ou seja, os salvos ressuscitarão para a vida eterna com Deus e os não salvos ressuscitarão para serem exterminados. Vamos ver algumas evidências bíblicas que afirmam que a alma não é aniquilada após a morte. Em 2º Tessalonicenses 1:9, o apóstolo Paulo se refere àqueles que não obedeceram ao evangelho de Cristo: “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder”.

Basearemos os dois primeiros tópicos deste estudo nas considerações de Norman Geisler e Thomaz Howe, dois grandes defensores da fé cristã, no livro “Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e ‘Contradições’ da Bíblia”:

Referente a interpretação de 2Ts 1:9:

“Nesse versículo ‘destruição’ não significa aniquilação, pois em caso contrário não seria uma destruição ‘eterna’. A aniquilação se dá num instante, e pronto, terminou. Se alguém sofre uma destruição eterna, então tem de ter uma existência eterna também (...) Assim também, quando é dito que o ímpio vai para a ‘perdição’ (2 Pe 3:7) ou quando Judas é chamado de ‘filho da perdição’ (Jo 17:12), isso não significa que eles sejam aniquilados. A palavra ‘perdição’ (apoleia) significa apenas perecer ou ir à ruína.” (p. 499).

Evidências bíblicas em favor da consciência eterna dos perdidos:

Primeira: “o rico que morreu e foi para o inferno tinha plena consciência de seu tormento (Lc 16:22-28), e não há indicação alguma no texto de que esse tormento um dia iria terminar”;

Segunda: “Jesus falou repetidamente que, para as pessoas no inferno, ‘haverá choro e ranger de dentes’ (Mt 8:12; 22:13; 24:51; 25:30), o que indica que elas estarão lá conscientes”;

Terceira: “a Bíblia diz que o inferno tem a mesma duração que o céu, ou seja, é ‘eterno’ (Mt 25:41)";

Quarta: “o fato de o castigo ser eterno indica que as pessoas também são eternas. Não se pode sofrer o castigo, a menos que a pessoa exista, para ser punida (2 Ts 1:9)”;

Quinta: “a besta e o falso profeta serão lançados vivos dentro do lago de fogo quando começar o milênio (Ap 19:20), e ainda estarão lá, conscientes e vivos, depois de mil anos (Ap 20:10)”;

Sexta: “as Escrituras afirmam que o diabo, a besta e o falso profeta ‘serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos’ (Ap 20:10). Mas não há como ser atormentado pelos séculos dos séculos sem estar consciente pelos séculos dos séculos”;

Sétima: “Jesus repetidamente referiu-se ao inferno como um lugar onde o fogo não se apaga (Mc 9:48), onde os próprios corpos dos ímpios nunca morrerão (cf. Lc 12:4-5). Mas não faria sentido algum haver chamas eternas, se os corpos não tivessem alma, que é necessária para a pessoa sofrer o tormento”;

Oitava: “a mesma palavra usada para o verbo ‘perecer’, a respeito do ímpio, no Antigo Testamento (abad) é empregada também a respeito da morte do justo (Is 57:1; Mq 7:2). A mesma palavra é usada para descrever coisas que simplesmente tenham sido perdidas, mas depois encontradas (Dt 22:3), o que prova que ‘perdido’ no texto em questão (2 Ts 1:9) não significa deixar de existir. Assim, se ’perecer’ significasse ‘sofrer uma aniquilação total’, então o salvo seria aniquilado também. Mas sabemos que isso não acontece”;

Nona: “seria contra a própria natureza dos seres humanos a sua aniquilação, já que eles são feitos à imagem e semelhança de Deus, o qual é eterno (Gn 1:27). Para Deus, aniquilar a sua imagem no homem seria atacar o reflexo dele mesmo”;

Décima: “a aniquilação seria algo que diminuiria tanto o amor de Deus como a natureza do ser humano como uma criatura moralmente livre. Seria como se Deus dissesse ao homem: ‘Vou permitir que você seja livre somente se você fizer o que eu digo! Senão, acabarei de uma vez com a sua própria liberdade e com a sua existência!’. Seria como um pai que dissesse ao filho que queria que ele se tornasse médico e, quando o filho decidisse ser guarda florestal, o pai o matasse! O sofrimento eterno é um eterno testemunho da liberdade e da dignidade do homem, mesmo daquele que não se arrependeu” (pp. 500-501).

No artigo “Os exterminadores de almas”, o Pr. Airton Evangelista da Costa” afirmou:

“(...) Não deve prevalecer a idéia de que os ímpios serão exterminados. Deus não ressuscitará os ímpios para exterminá-los em seguida (Ap 20.5). Agiria assim para que morram ‘conscientes’ da punição? De maneira alguma (...) Reviver para morrer, sair da sepultura para, em seguida, ser exterminado – sinceramente, se trata de um pensamento que colide frontalmente com a Palavra. A ressurreição do corpo é para que viva; não para que morra. Não fosse assim, não haveria razão para ressuscitar os que já se acham mortos. Além disso, a tese do extermínio dos ímpios é incompatível com a doutrina dos diferentes graus de castigo, conforme ensina a Bíblia. Os exterminadores dizem que a pena será uniforme para todos os ímpios, isto é, a eliminação sumária será aplicada a todos, indistintamente. Mas a Bíblia nos ensina que haverá diferentes graus de castigo (Mt 23.14; Mc 12.40; Lc 12.46-48; 20:47; Hb 10.29)” (http://www.palavradaverdade.com/).

Um comentário:

  1. Você consegue avaliar e admitir verdadeiramente uma adolescente paquistanesa submetida pela guerra a uma vida miserável, violentada e estuprada por homens que jamais viu ou sonhou, recebendo, ainda, como castigo por ter sido submetida ao ato sexual medonho a sentença religiosa de chicotadas e/ou apedrejamento até a morte pelos clérigos mulçumanos? Pois bem, segundo a tese em foco ela finalmente deverá ser levada ao inferno que "teologicamente" e ensinado como um lugar de desespero eterno onde deverá ser atormentada para todo o sempre pelo fogo. Seria isso realmente my friends? Que belo desfecho para uma miserável vida. Será isso mesmo?

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