sábado, 23 de janeiro de 2010

EVIDÊNCIAS TEXTUAIS DA BÍBLIA


Buscando identificar qual o nível de credibilidade entre as cópias das Escrituras que temos, traduzidas diretamente de manuscritos, ou seja, cópias feitas à mão, e o texto original, podemos afirmar que a Bíblia é o documento antigo que foi mais copiado e divulgado. Sabemos da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do NT (NOVO TESTAMENTO).

Além dos mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina (versão da Bíblia em latim), e cerca de 9.300 manuscritos de outras antigas versões (egípcia, armênia, árabe, gótica, eslavônica, etc.), perfazendo um total de mais de 24.000 cópias de porções do Novo Testamento. Quanto maior for o número de cópias em harmonia, principalmente se forem oriundas de regiões diferentes, maior será a chance de analisá-las, permitindo, assim imaginarmos como seriam os documentos originais. Nenhum outro documento antigo consegue se aproximar desses números. Ou seja, se desconfiarmos da Bíblia, teremos que por em descrético também toda a literatura antiga.

Segundo Sir Frederic G. Kenyon, ex-diretor e bibliotecário-chefe do Museu Britânico (uma das maiores autoridades em manuscritos), em nenhum outro caso da literatura antiga o intervalo de tempo entre a escrita do texto original e a data dos manuscritos mais antigos é tão pequeno como no caso do NT. Se compararmos o NT, por exemplo, com as sete peças remanescentes de Sófocles, por exemplo, o manuscrito mais antigo e importante foi copiado mais de 1.400 anos depois de sua morte. No caso do NT as cópias mais antigas datam de 250 a 300 anos após a data da sua autoria, ou seja, segunda metade do primeiro século.


Dois dos mais importantes manuscritos do NT foram escritos em um período não superior a 300 anos após sua finalização e manuscritos praticamente integrais de alguns livros do NT, bem como alguns incompletos, mas longos, de suas partes foram copiados em datas tão anteriores quanto um século após serem escritos originalmente. Por exemplo, o manuscrito de John Rylands (130 A.D.), o Papiro Bodmer II (150-200 A.D.), os Papiros Chester Beatty (200 A.D.), o Códice Vaticano (325-350 A.D.) e o Códice Sinaítico (350 A.D.). Em seguida ao NT, existem mais manuscritos sobreviventes da “Ilíada”, de Homero (643) do que de qualquer outro livro (porém o texto mais antigo e completo data do século XIII d.C). Tanto a Ilíada como a Bíblia foram consideradas “sagradas”, ambas sofreram mudanças textuais e os seus manuscritos gregos foram alvo de crítica textual. O NT possui aproximadamente 20.000 linhas, já a Ilíada aproximadamente 15.600 linhas.

Existem dúvidas sobre apenas 40 linhas ou 400 palavras do NT, mas, na Ilíada, são questionadas 764 linhas. Estes 5% de corrupção textual da Ilíada espelham um contraste com o 0,5% de alterações do NT, porcentagem que enseja uma variação textual tão ínfima que sua aceitação ou rejeição não provocaria nenhuma alteração no corpo doutrinário cristão. Ademais, certamente a doutrina ou relato apresentado nestas pouquíssimas palavras duvidosas são abundantemente confirmados por outras passagens das Escrituras.

As TRADUÇÕES ANTIGAS constituem um outro forte apoio em favor do testemunho e exatidão dos textos bíblicos disponíveis. Raramente a literatura antiga era traduzida para outro idioma, mas, os missionários cristãos necessitavam da Bíblia traduzida para levar o evangelho a povos de outros idiomas. As versões do NT em siríaco e latim foram feitas em cerca de 150 A.D., o que nos deixa bem próximos da composição original.

Sem falar as milhares de citações (mais de 36.000) dos chamados “PAIS DA IGREJA” (Séculos II e III d.C.) com relação ao NT, entre eles Clemente de Roma (95 A.D.), Inácio (70-110 A.D.), Policarpo (70-156 A.D.), Irineu (170 A.D.), Clemente de Alexandria (150-212 A.D.), Tertuliano (160-220 A.D.), Justino Mártir (133 A.D.), Orígenes (185 254 A.D.).

Suas citações poderiam recompor praticamente todo o NT sem recorrer aos manuscritos. Irineu, bispo de Lion, que foi aluno de Policardo, que por sua vez, foi discípulo do apóstolo João, afirmou que é tão firme a base sobre a qual os evangelhos foram escritos que as pessoas que eram contra os ensinamentos bíblicos também confirmavam a sua veracidade e os tomavam por base para estabelecer suas próprias doutrinas.

Com relação ao texto do AT (ANTIGO TESTAMENTO), temos principalmente as descobertas importantíssimas dos manuscritos de uma biblioteca de uma sinagoga no Cairo (Egito) em 1890, com cerca de 10.000 manuscritos bíblicos e a descoberta dos “ROLOS DO MAR MORTO”, em 1947, contendo manuscritos datados pelos estudiosos como sendo entre os séculos III e I a.C., com cerca de 40.000 fragmentos, permitindo a reconstituição de 500 livros (critãos ou não). Outros manuscritos do AT, entre outros, são o Códice do Cairo (895 A.D.), o Códice dos Profetas de Leningrado (916 A.D.), o Códice Babilônico Petropalitano (1008 A.D.) e o Códice do Museu Britânico (950 A.D.).

Precisamos salientar o impressionante cuidado que os copistas possuíam ao transcrever os seus manuscritos, como os TALMUDISTAS (100-500 A.D.) que possuíam exigências rigorosas e minuciosas para transcrever os rolos das sinagogas e os MASSORETAS (500-900 A.D.), que tratavam o texto sagrado com uma reverência inimaginável, que produziram o conhecido texto massorético (o texto hebraico padrão hoje), introduzindo a pontuação vocálica (vogais, que não existiam no hebraico original), para garantir a pronúncia correta. Um rolo do livro de ISAÍAS datado de 125 A.D., por exemplo, encontrado nas cavernas de Qumran (Rolos do Mar Morto) é praticamente idêntico ao texto massorético de Isaías, datado de 916 A.D.

A SEPTUAGINTA (Séc. III a.C.), tradução do AT para o grego, também dá grande suporte para a credibilidade do texto do AT, por apresentar um texto praticamente idêntico ao texto massorético (916 A.D.), que foi, assim, preservado por 1.300 anos.

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Links úteis:
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AS POSTAGENS SOBRE EVIDÊNCIAS TEXTUAIS, HISTÓRICAS E PROFÉTICAS DA BÍBLIA POSSUEM AS SEGUINTES FONTES DE PESQUISA:
“Evidência que exige um veredicto – Vol. I” (Josh McDowell)–Editora Candeia
“Em defesa de Cristo” (Lee Strobel) – Editora Vida
“Enciclopédia de Apologética” (Norman Geisler) – Editora vida
Revista “Defesa da Fé” - nº 57 - junho de 2003

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