Vejamos atentamente as figuas 05 e 06:
(Nota: Figura inspirada no livro “Seitas e Heresias - um sinal dos tempos” de Raimundo F. de Oliveira, p.156).
(Nota: O escritor Aldo Meneses utilizou figura semelhante em seu livreto “As Testemunhas de Jeová e a Trindade” – p. 21, que foi extraída da obra “Teologia cristã em quadros”, de H. Wayne House, São Paulo: Vida, 1999, p.53).
As figuras 05 e 06 mostram as três pessoas da Trindade em suas co-existências individuais e distintas entre si e ao mesmo tempo demonstram que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, sendo que o Pai não é o Filho e nem é o Espírito Santo, os quais também não são o Pai. O Filho não é o Espírito Santo, que por Sua vez não é o Filho. Nesse tipo de diagrama, mostra-se claramente que, ao mesmo tempo em que as pessoas da Divindade são distintas, todas compartilham a mesma essência divina indivisível.
Vejam ainda as figuras 06-B, 06-C, 06-D e 06-E como complementação:
06-D (fonte: http://sociedadeapostolado.blogspot.com/2009/06/domingo-da-santissima-trindade.html) - Vejam ainda em (http://triunitas.blogspot.com/2007/11/santssima-trindade.html).
Observemos agora a figura 07:
A figura 07, a exemplo das 05 e 06, mostra as três pessoas da Trindade em suas co-existências individuais e distintas entre si, ao mesmo tempo que todas compartilham a essência divina.
Passemos para a figura 08:
(Nota: Essa figura – sem as legendas, que são de minha parte - foi utilizada no artigo “Como Explicar a Trindade?” de Dennis Allan – http://www.monergismo.com/ e pode ser encontrada também no site http://www.estudosdabiblia.net/bd811.htm).
A figura 08, também demonstra as três pessoas da Trindade em suas co-existências individuais e distintas entre si, ao mesmo tempo que todas compartilham a essência divina.
Vejam ainda as figuras 08-B, 08-C e 08-D como complementação:
Vejam ainda em: (http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/3ensino_religioso/3triqueta1.jpg).
Ainda teríamos a apresentar uma figura que foi chamada de “A Trindade ortodoxa” em um artigo adventista na internet chamado “O Deus de Três Cabeças. A Trindade Ortodoxa”:
“A Trindade ortodoxa ilustrada: O melhor modo que podemos ilustrar a concepção ‘trinitariana ortodoxa de Deus’ seria puxar de um círculo três protuberâncias:” (fonte: http://www.adventistas.com/janeiro2003/tipo_trindade_3.htm).
Pode até parecer o contrário, mas as figuras 05 até 09 também são insuficientes para demonstrar com 100% de precisão a Trindade (a exemplo dos diagramas básicos), conquanto sejam diagramas didaticamente muito importantes e bem mais precisos do que os diagramas básicos.
Essa insuficiência de precisão se deve ao fato de que estas figuras não satisfazem completamente a verdade n.º 3 a respeito da uniformidade do compartilhamento da mesma essência divina.
Podemos observar que cada uma destas figuras (05 a 09) deixa transparecer que a Divindade, além das três co-existências pessoais ou personalidades, possuiria um "quarto centro de consciência comum", ficando a impressão da existência de uma quarta pessoa (?!), o que seria um imenso e descabido absurdo herético, smplesmente pelo fato incontestável de que a essência divina não existe à parte das três pessoas da Divindade. Se fosse assim, não haveria unidade no Ser de Deus, o que originaria uma espécie de TETRATEÍSMO, ou seja, não seria uma Trindade, mas uma "Tetrindade". Em outras palavras: um pensamento ridículo!
Estas figuras servem, sim, como meio prático e didático de expor as distinções pessoais da Divindade dentro do mesmo Ser, mas, mesmo assim, permanece o desafio para as nossas limitadas capacidades intelectuais diante da grandeza do Deus único e Suas três subsistências pessoais. Mas, será que não existiria um diagrama ainda mais superior que fosse o mais adequado para se aproximar da verdade trinitariana?
Vejamos a seguir.
AS ANALOGIAS GRÁFICAS MAIS ADEQUADAS PARA A TRINDADE?
À vista de todas as figuras já apresentadas que podem esbarrar nas heresias do Subordinacionismo, Triteísmo, Modalismo e Tetrateísmo, entre outros, desejamos sugerir a seguinte:
(NOTA: Wayne Grudem utilizou uma figura com o mesmo princípio das linhas pontilhadas na obra
“Teologia Sistemática” p. 189).
Nesta figura 10, temos as três pessoas da Divindade preservando Suas subsistências distintas e ao mesmo tempo compartilhando igualmente a totalidade da essência divina.
As linhas pontilhadas internas representam esta dupla realidade: ao mesmo tempo em que distinguem uma pessoa da outra, permitem que as três façam parte da mesma natureza e que cada uma configure a totalidade absoluta do Ser divino. Já as linhas pontilhadas externas possuem a finalidade de nos lembrar que Deus é infinito e eterno, Sua existência não depende de tempo ou espaço.
Mas, esta figura também é insuficiente, pois, mesmo que pareça totalmente correta, podemos afirmar seguramente que é contrário à vontade de Deus que oficializemos algum tipo de figuração de seu Ser, seja qual for. Isso seria pecado. É absolutamente impossível expressar a Trindade graficamente com um nível de acerto de 100%.
Mesmo se julgarmos a figura 10 como excelente do ponto de vista didático, como podemos afirmar com margem de acerto de 100% de que uma figura assim é exatamente a expressão da existência triúna de Deus?
Vejam ainda a figura 10-B como complementação:
10-B (fonte: http://indonesia.faithfreedom.org/forum/woi-wong-kafir-mari-kita-berdebat-jumlah-tuhan-t21059/page240.html)
A figura 10-B (apesar de estar em língua inglesa), semelhantemente à figura 10, é bastante interessante e se aproxima muito mais da realidade da doutrina trinitariana do que as figuras anteriores, apresentando um triângulo onde cada ponta representa cada existência pessoal e distinta do Ser de Deus, mas ao mesmo tempo entre essas pessoas (entre as pontas do triângulo) não é possível discernir o início e nem o fim de cada existência. Portanto, as três co-existências fazem parte do mesmo Deus.
Os exemplos sugeridos através das figuras de n.º 05 até a n.º 10-B são todos úteis didaticamente, mas nenhum pode ser assumido como a maneira definitivamente satisfatória de expressar a Santíssima Trindade.
Todas as analogias e exemplos que venhamos a usar apenas nos oferecem a definição de alguns eficientes princípios teológicos, mas não exaustivos ou conclusivos.
O Pr. Wilbern Elias Best em seu artigo “A Divina Trindade” afirmou que:
“Analogias não podem fazer nada, senão estabelecer um princípio.” (fonte: http://www.monergismo.com/?secao=trindade).
Berkhof, complementando, ainda salientou que:
“(...) É especialmente quando refletimos na relação da três pessoas da essência divina, que todas as analogias nos falham e ficamos profundamente conscientes de que a Trindade é um mistério que ultrapassa a nossa possibilidade de compreensão. É a incompreensível glória da Divindade (...)” (Livro: “Teologia Sistemática”, p. 84).
Adiantamos que é impossível produzirmos alguma comparação artística, como gravuras, pinturas ou esculturas do Ser de Deus, pois nada que existe se aproximaria de Sua glória, Ele obviamente sempre existiu antes e existe muito além de qualquer coisa criada. (OBS: sobre as analogias artísticas veremos com mais detalhes na próxima postagem).
Vejamos o seguinte texto para fornecer respaldo bíblico para o que acabamos de afirmar:
"Guardai, pois, cuidadosamente, as vossas almas, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR vosso Deus vos falou, em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher; semelhança de algum animal que há na terra; semelhança de algum volátil que voa pelos céus; semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra; semelhança de algum peixe que há nas águas debaixo da terra.” (Dt 4:15-18; comparem com Ex 20:3-5b).
O reformador João Calvino também expressou sua opinião sobre este assunto:
“As Escrituras nos informam que Deus é um Ser infinito e que Ele é Espírito. Estas duas verdades devem bastar para derrubar não apenas os sonhos estultos dos idólatras como também os raciocínios sutis da filosofia profana (...) Deus, porém, a fim de nos conservar dentro dos limites da sobriedade, fala pouco acerca da Sua própria essência, e ainda assim, pelas suas características da espiritualidade e da grandeza infinita, não somente refreia a temeridade da mente humana como também derruba as imaginações grosseiras dos idólatras. Pois certamente Sua infinita grandeza deve impedir-nos de tentar medí-Lo por nossos sentidos; e o fato de que Deus é Espírito proíbe todas as especulações terrestres e carnais acerca dEle.” (“As institutas da Religião Cristã – Um Resumo”, p. 59).
Voltemos às considerações do Pr. James White, em seu artigo “Uma Breve Definição da Trindade”. Ele discorreu sobre as três verdades básicas da doutrina da Trindade (de uma maneira semelhante à deste estudo) e o efeito que ocorre de acordo com a aceitação total ou parcial delas.
Vejamos a figura 11:
"Os três lados do triângulo representam as três doutrinas bíblicas (...) Quando alguém nega qualquer um desses três ensinos, os outros dois lados apontam para o resultado. Por conseguinte, se alguém nega que há Três Pessoas, ela é deixada com os dois lados da Plena Igualdade e do Um Deus, resultando no ensino ‘Oneness’ (unidade, unificação, união) da Igreja Pentecostal Unida e outras. Se alguém nega a Plena Igualdade, ela é deixada com as Três Pessoas e Um Deus, resultando no ‘subordinacionismo’ (...)”
Vejam ainda a figura 11-B como complementação:
Na próxima postagem estudaremos as analogias artísticas, portanto.
Que o nosso Deus triúno seja engrandecido e exaltado eternamente. Amém.
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