sábado, 29 de maio de 2010

UMA QUESTÃO DE ÉTICA

“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas cousas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.” (1Tm 6:9-11).

Em um artigo intitulado “Fundamentos da ética cristã”, o pastor presbiteriano Rev. Augustus Nicodemus Lopes afirmou:

"As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética.” (fonte: http://www.ipb.org.br/).

Quando falamos em ética, portanto, estamos tratando de um padrão de conduta que nos dá a base necessária para tomarmos decisões. O problema é que cada indivíduo ou grupo social pode assumir uma modalidade de ética em sua vida.

Muitas pessoas, por exemplo, valorizam demasiadamente as escolhas que buscam apenas aquilo que é agradável e prazeroso para o ser humano, o que acarreta atitudes egoístas e materialistas, como a famosa antiga frase imediatista e fatalista grega: “Comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (1Co 15:32).

Muitas outras pessoas buscam uma decisão que seja útil para o maior número de indivíduos e enfatizam apenas o resultado, em detrimento do princípio moral envolvido em tal decisão. Pensamentos deste tipo de ética são: “O certo é o que for útil” e “O fim justifica os meios”.

Muitos também apregoam que tudo na vida é relativo, que não existe certo e errado definidos e conseqüentemente tudo é permitido. Por fim, muitas outras pessoas defendem o domínio da lei da selva ou da lei do mais forte (como algumas regras da teoria da evolução), onde o mais forte e mais preparado é que tem que vencer, os fracos, mentalmente atrasados, enfermos e idosos não têm espaço dentro da evolução da humanidade.

Influenciada por estes tipos de éticas não cristãs, a nossa sociedade está se deteriorando a cada dia. A legalização do aborto e da eutanásia, o preconceito contra idosos, mulheres, negros, índios, deficientes físicos e mentais e pobres são evidências destas filosofias de vida pecaminosas. Se um homem não está feliz no casamento, por exemplo, é permitido que ele traia sua esposa com outra mulher para ser feliz.

Os ativistas homossexuais mais ardorosos afirmam que o importante é amar, independente da preferência sexual. Muitos dos nossos governantes saqueiam os cofres públicos sem qualquer escrúpulo, numa atitude materialista, egocêntrica e corrupta. O importante para grande parte de nossa sociedade é ser feliz, independente de qual o meio empregado para tal.

Não podemos deixar de citar as éticas religiosas, onde encontramos uma vasta lista de doutrinas e filosofias, entre elas, as éticas religiosas não cristãs, que dirigem as seitas e religiões pagãs há milênios, com suas heresias e a ética religiosa genuinamente cristã, baseada nos eternos valores morais bíblicos, os quais dirigem todas as pessoas salvas pelo Senhor Jesus Cristo e transformadas pelo Seu Espírito.

Entretanto, qual será o tipo de ética que tem conduzido o nosso comportamento? Será ela embasada nas Escrituras ou algum dos outros tipos de ética (citados anteriormente). Ou ainda, não estaríamos sendo conduzidos por uma ética mesclada, pseudo-cristã, ora com características bíblicas, ora com características mundanas? (1Rs 18:21; Tg 1:6-8; Ap 3:15-19). Será que não estamos seguindo o exemplo deste mundo corrompido que age muitas vezes sem ética para que todas as situações conspiram a seu favor?

Devemos refletir como tem sido a participação da Igreja de Cristo neste contexto extremamente corrupto em que vivemos, principalmente em nosso país. Até que ponto estamos firmes, testemunhando do genuíno evangelho de Cristo? (2Ts 2:15). A sociedade em geral está cada vez mais mergulhando em um estado de falência no sentido moral (1Tm 6:9-10; 2Tm 3:12-15), ela está cega espiritualmente e não possui condições de sair desta condição sozinha (Mt 13:19; 2Co 4:4; 2Tm 2:24-26; Tt 3:11).

Onde estaria a resposta para esta situação caótica? No evangelho salvador e transformador de Jesus. E como a sociedade pode conhecer a Jesus Cristo? Através da Igreja dEle que foi chamada a pregar a Sua salvação (Rm 10:12-17; 2Pe 2:9).

A solução para a crise brasileira, portanto, seja ela moral, espiritual ou financeira, está em uma só palavra: avivamento.

Avivamento é, entre outras coisas, quando a Igreja de Cristo assume uma postura ética genuinamente cristã (2Tm 2:15). Apenas com uma Igreja avivada, que vive o que prega, que leva o evangelho à todos que ainda não conhecem a salvação, acarretando em milhares de conversões (At 2:37-47), segundo a vontade de Deus (Jo 16:8-11), o nosso país poderá finalmente se tornar uma nação justa, pois estará entregue nas mãos do governante supremo, o Rei dos reis.

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