Vivemos um tempo em que o ser humano está cada vez mais distante de Deus em uma total inversão dos eternos valores bíblicos. No conceito humano, “Deus” está sendo humanizado e o “homem” está sendo divinizado, fatores que dificultam demasiadamente a compreensão correta de Deus e de Sua natureza triúna. Portanto, é de suma importância que antes de apresentarmos as evidências bíblicas da Santíssima Trindade e toda a doutrina que a cerca, que estudemos os atributos de Deus, mesmo que resumidamente, bem como a fragilidade humana e sua dificuldade em compreender o Ser de Deus.
O ser humano anela cada vez mais se comparar ao seu Criador, desde o início da humanidade ele não está satisfeito com a sua posição de criatura finita (Gn 3:6; 11:4-6; Pv 27:20b; Ec 4:8). Atualmente inúmeros conceitos seculares apregoam, mesmo que nem sempre de forma explícita, que não precisamos de Deus. Segundo estes conceitos, com a nossa própria força mental e autodeterminação podemos realizar qualquer sonho e vencer qualquer tipo de problema.
É evidente que a mente humana é maravilhosamente forte, pois é criação de Deus, mas, é um pálido reflexo da mente de Seu Criador (Gn 1:26-27) e estes conceitos humanistas acabam se mostrando exagerados e, inclusive, diabólicos, pois, pretendem nos separar dEle. Ao contrário disso, a Bíblia afirma que “a nossa suficiência vem de Deus” (2Co 3:5). Portanto, é necessário para compreender melhor a Deus e Sua natureza triúna, que adotemos quatro atitudes principais, dentre outras, sendo que estamos suscetíveis a “tropeçar” em uma ou mais delas ou até mesmo em todas elas. Por isso, é preciso atenção:
Primeiro: Admitirmos que somos falhos e limitados. As dificuldades de compreensão que encontramos ao estudar a natureza triúna de Deus, não residem nas Escrituras Sagradas, pois a Bíblia é perfeita. Ou nós não conseguimos interpretar corretamente os textos bíblicos utilizando as inúmeras regras de interpretação existentes ou a culpa se encontra justamente em nossa limitada capacidade de compreender os mistérios da vida humana.
Segundo: Não sermos preconceituosos quanto a algo que não compreendemos. O simples fato de não entendermos alguma doutrina, não quer dizer que ela seja mentirosa e que não mereça a nossa atenção e apreço. Não devemos rejeitar tudo aquilo que não pareça prático ou lógico do nosso ponto de vista. Nós também não conseguimos entender completamente a vida após a morte e onipresença de Deus, por exemplo, mas nem por isso nós deixamos de acreditar nesses dogmas do cristianismo.
Terceiro: Não sermos orgulhosos em relação ao conhecimento já adquirido sobre a vida cristã. Muitas vezes acreditamos que já sabemos tudo sobre Deus e nos fechamos para ensinamentos contidos em Sua Palavra dos quais não temos conhecimento. Não devemos nos esquecer que “o saber ensoberbece” (1Co 8:1-2) e que mesmo se realizarmos tudo o que Deus nos ordenou, deveremos nos considerar “servos inúteis” (Lc 17:7-10).
Quarto: Não idealizarmos a Deus do ponto de vista humano, mas apenas nos basear nas revelações bíblicas. Do contrário acabamos por “construir” o nosso próprio deus, muito aquém de tudo o que Deus realmente é e tentando limitar a Sua ilimitada grandeza através de parâmetros e critérios de avaliação meramente humanos, oriundos de uma sociedade tremendamente afetada pelo pecado.
Sobre esta impossibilidade de analisarmos a personalidade divina tendo a humana como parâmetro, Berkhof sabiamente salientou que:
“Visto que o homem foi criado à imagem de Deus, podemos compreender algo da vida pessoal de Deus pela observação da personalidade como a conhecemos no homem. Contudo, precisamos ter o cuidado de não estabelecer a personalidade humana como padrão pelo qual avaliar a personalidade de Deus. A forma original da personalidade não está no homem, mas em Deus (...) Devemos dizer que, aquilo que aparece como imperfeito no homem, existe com infinita perfeição em Deus. A grande diferença entre ambos é que o homem é unipessoal, enquanto que Deus é tripessoal. E essa existência tripessoal é uma necessidade do Ser Divino, e em nenhum sentido resulta de uma escolha feita por Deus, Ele não poderia existir em nenhuma outra forma que não a forma tripessoal” (“Teologia Sistemática”, p. 81).
Infelizmente Deus continua sendo “o Deus desconhecido” (At 17:23; cf. Jó 26:14). Inúmeros conceitos seculares apregoados pelos meios de comunicação e por diversos segmentos da sociedade têm distorcido o verdadeiro lugar que devem estar o Criador e a Sua criatura. Este triste fenômeno, no entanto, não ocorre apenas em nossa sociedade secularizada, mas também nas igrejas cristãs, evidentemente numa proporção muito menor e poderia ser evitado ou pelo menos enfraquecido se a Igreja de Cristo fosse mais preparada.
O descaso e a falta de transmissão adequada dos preceitos bíblicos durante várias gerações, as quais paulatinamente tem se esquecido de Deus, se amoldando aos padrões de conduta seculares, certamente contribuíram muito para este quadro que, por sua vez, é uma triste realidade presente em vários lares cristãos. Muitos pais não repassam as tradições cristãs e a importância de se ter uma comunhão com Deus e Sua Palavra aos seus filhos, com dedicação e perseverança suficientes. Foi exatamente acerca desta triste e alarmante realidade que David J. Merkh, em seu livro “101 idéias criativas para o culto doméstico” (p.11), sabiamente alertou:
“(...) Qualquer pessoa que tenha experimentado um período de amnésia conhece a sensação desconcertante de acordar de repente e perceber que uma parte de sua vida foi apagada da memória. Que tragédia! Contudo, uma tragédia ainda maior persegue hoje inúmeras famílias cristãs. Acreditando-se vencedoras, descobrem que estão prestes a perder a batalha pela preservação da lembrança mais preciosa do nosso legado espiritual. A amnésia espiritual apaga das nossas mentes a lembrança de Deus. Identificamos um padrão que parece se repetir com certa freqüência entre as famílias crentes: A primeira geração conheceu a Deus. A segunda geração conheceu fatos acerca de Deus. A terceira geração não conheceu a Deus (...)” [vejam. Dt 6:10-12].
Temos ainda algumas declarações de Arthur W. Pink, em seu livro “Os atributos de Deus” (p. 7). Ele afirmou que:
“(...) Dos que lêem ocasionalmente a Bíblia, bem poucos sabem da grandeza do caráter divino, que inspira temor e concita à adoração. Que Deus é grande em sabedoria, maravilhoso em poder, não obstante, cheio de misericórdia, muitos acham que pertence ao conhecimento comum; contudo, chegar-se a um conhecimento adequado do Seu Ser, Sua natureza, Seus atributos, como estão revelados nas Escrituras Sagradas, é coisa que pouquíssimas pessoas têm alcançado nestes tempos degenerados (...)”.
Devido à fatos como estes, se torna cada vez mais complicado para as pessoas, sejam cristãs ou não, entender a doutrina da Trindade, haja visto que muitos se esquecem ou nem sabem quem Deus é ou o que Ele é. E é no intuito de reafirmamos inúmeros atributos de Deus, que citaremos vários deles, pois são parâmetros imprescindíveis para compreendermos melhor a natureza triúna dEle. C. H. Spurgeon, considerado “o príncipe dos pregadores” afirmou que:
“Nada alargará tanto o intelecto, nada engrandecerá tanto a alma do homem, como um a investigação devota, zelosa e continuada do grande tema da Deidade. O mais excelente estudo para a expansão da alma é a ciência de Cristo, e Este crucificado, e o conhecimento do Ser divino na Trindade gloriosa” (citado em “Os atributos de Deus” de Arthur W. Pink, pp. 91-92).
O ser humano anela cada vez mais se comparar ao seu Criador, desde o início da humanidade ele não está satisfeito com a sua posição de criatura finita (Gn 3:6; 11:4-6; Pv 27:20b; Ec 4:8). Atualmente inúmeros conceitos seculares apregoam, mesmo que nem sempre de forma explícita, que não precisamos de Deus. Segundo estes conceitos, com a nossa própria força mental e autodeterminação podemos realizar qualquer sonho e vencer qualquer tipo de problema.
É evidente que a mente humana é maravilhosamente forte, pois é criação de Deus, mas, é um pálido reflexo da mente de Seu Criador (Gn 1:26-27) e estes conceitos humanistas acabam se mostrando exagerados e, inclusive, diabólicos, pois, pretendem nos separar dEle. Ao contrário disso, a Bíblia afirma que “a nossa suficiência vem de Deus” (2Co 3:5). Portanto, é necessário para compreender melhor a Deus e Sua natureza triúna, que adotemos quatro atitudes principais, dentre outras, sendo que estamos suscetíveis a “tropeçar” em uma ou mais delas ou até mesmo em todas elas. Por isso, é preciso atenção:
Primeiro: Admitirmos que somos falhos e limitados. As dificuldades de compreensão que encontramos ao estudar a natureza triúna de Deus, não residem nas Escrituras Sagradas, pois a Bíblia é perfeita. Ou nós não conseguimos interpretar corretamente os textos bíblicos utilizando as inúmeras regras de interpretação existentes ou a culpa se encontra justamente em nossa limitada capacidade de compreender os mistérios da vida humana.
Segundo: Não sermos preconceituosos quanto a algo que não compreendemos. O simples fato de não entendermos alguma doutrina, não quer dizer que ela seja mentirosa e que não mereça a nossa atenção e apreço. Não devemos rejeitar tudo aquilo que não pareça prático ou lógico do nosso ponto de vista. Nós também não conseguimos entender completamente a vida após a morte e onipresença de Deus, por exemplo, mas nem por isso nós deixamos de acreditar nesses dogmas do cristianismo.
Terceiro: Não sermos orgulhosos em relação ao conhecimento já adquirido sobre a vida cristã. Muitas vezes acreditamos que já sabemos tudo sobre Deus e nos fechamos para ensinamentos contidos em Sua Palavra dos quais não temos conhecimento. Não devemos nos esquecer que “o saber ensoberbece” (1Co 8:1-2) e que mesmo se realizarmos tudo o que Deus nos ordenou, deveremos nos considerar “servos inúteis” (Lc 17:7-10).
Quarto: Não idealizarmos a Deus do ponto de vista humano, mas apenas nos basear nas revelações bíblicas. Do contrário acabamos por “construir” o nosso próprio deus, muito aquém de tudo o que Deus realmente é e tentando limitar a Sua ilimitada grandeza através de parâmetros e critérios de avaliação meramente humanos, oriundos de uma sociedade tremendamente afetada pelo pecado.
Sobre esta impossibilidade de analisarmos a personalidade divina tendo a humana como parâmetro, Berkhof sabiamente salientou que:
“Visto que o homem foi criado à imagem de Deus, podemos compreender algo da vida pessoal de Deus pela observação da personalidade como a conhecemos no homem. Contudo, precisamos ter o cuidado de não estabelecer a personalidade humana como padrão pelo qual avaliar a personalidade de Deus. A forma original da personalidade não está no homem, mas em Deus (...) Devemos dizer que, aquilo que aparece como imperfeito no homem, existe com infinita perfeição em Deus. A grande diferença entre ambos é que o homem é unipessoal, enquanto que Deus é tripessoal. E essa existência tripessoal é uma necessidade do Ser Divino, e em nenhum sentido resulta de uma escolha feita por Deus, Ele não poderia existir em nenhuma outra forma que não a forma tripessoal” (“Teologia Sistemática”, p. 81).
Infelizmente Deus continua sendo “o Deus desconhecido” (At 17:23; cf. Jó 26:14). Inúmeros conceitos seculares apregoados pelos meios de comunicação e por diversos segmentos da sociedade têm distorcido o verdadeiro lugar que devem estar o Criador e a Sua criatura. Este triste fenômeno, no entanto, não ocorre apenas em nossa sociedade secularizada, mas também nas igrejas cristãs, evidentemente numa proporção muito menor e poderia ser evitado ou pelo menos enfraquecido se a Igreja de Cristo fosse mais preparada.
O descaso e a falta de transmissão adequada dos preceitos bíblicos durante várias gerações, as quais paulatinamente tem se esquecido de Deus, se amoldando aos padrões de conduta seculares, certamente contribuíram muito para este quadro que, por sua vez, é uma triste realidade presente em vários lares cristãos. Muitos pais não repassam as tradições cristãs e a importância de se ter uma comunhão com Deus e Sua Palavra aos seus filhos, com dedicação e perseverança suficientes. Foi exatamente acerca desta triste e alarmante realidade que David J. Merkh, em seu livro “101 idéias criativas para o culto doméstico” (p.11), sabiamente alertou:
“(...) Qualquer pessoa que tenha experimentado um período de amnésia conhece a sensação desconcertante de acordar de repente e perceber que uma parte de sua vida foi apagada da memória. Que tragédia! Contudo, uma tragédia ainda maior persegue hoje inúmeras famílias cristãs. Acreditando-se vencedoras, descobrem que estão prestes a perder a batalha pela preservação da lembrança mais preciosa do nosso legado espiritual. A amnésia espiritual apaga das nossas mentes a lembrança de Deus. Identificamos um padrão que parece se repetir com certa freqüência entre as famílias crentes: A primeira geração conheceu a Deus. A segunda geração conheceu fatos acerca de Deus. A terceira geração não conheceu a Deus (...)” [vejam. Dt 6:10-12].
Temos ainda algumas declarações de Arthur W. Pink, em seu livro “Os atributos de Deus” (p. 7). Ele afirmou que:
“(...) Dos que lêem ocasionalmente a Bíblia, bem poucos sabem da grandeza do caráter divino, que inspira temor e concita à adoração. Que Deus é grande em sabedoria, maravilhoso em poder, não obstante, cheio de misericórdia, muitos acham que pertence ao conhecimento comum; contudo, chegar-se a um conhecimento adequado do Seu Ser, Sua natureza, Seus atributos, como estão revelados nas Escrituras Sagradas, é coisa que pouquíssimas pessoas têm alcançado nestes tempos degenerados (...)”.
Devido à fatos como estes, se torna cada vez mais complicado para as pessoas, sejam cristãs ou não, entender a doutrina da Trindade, haja visto que muitos se esquecem ou nem sabem quem Deus é ou o que Ele é. E é no intuito de reafirmamos inúmeros atributos de Deus, que citaremos vários deles, pois são parâmetros imprescindíveis para compreendermos melhor a natureza triúna dEle. C. H. Spurgeon, considerado “o príncipe dos pregadores” afirmou que:
“Nada alargará tanto o intelecto, nada engrandecerá tanto a alma do homem, como um a investigação devota, zelosa e continuada do grande tema da Deidade. O mais excelente estudo para a expansão da alma é a ciência de Cristo, e Este crucificado, e o conhecimento do Ser divino na Trindade gloriosa” (citado em “Os atributos de Deus” de Arthur W. Pink, pp. 91-92).
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