Prezado leitor, depois de atentar para todas as outras postagens deste estudo, você compreendeu agora o que é a Santíssima Trindade, ou seja, o Deus triúno? Não? Não tem problema, nós também não e ninguém jamais vai compreender, pois Deus é insondável. O que devemos compreender é a doutrina trinitariana.
Então, no desejo de que nossos estudos sobre a Santíssima Trindade edifiquem a sua vida, neste momento enfatizamos a nossa principal preocupação, mas, em forma de questionamento:
“Você compreende o sentido da doutrina da Santíssima Trindade?”
A doutrina trinitariana nem sempre apresenta conceitos fáceis de assimilar, mas ela é bíblica e Deus, na Pessoa do Espírito Santo, pode nos auxiliar a que cheguemos ao conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16:13).
Contudo, mesmo que não compreendamos a Trindade completamente, a doutrina trinitariana deve ser não apenas compreendida, como também defendida e propagada, já que é a base doutrinária sólida e irrefutável da fé cristã evangélica:
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos, ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica.” (Fp 1:27);
“...exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” (Jd 3).
Sugerimos, inclusive, a releitura de todo este estudo, de todas as postagens se possível, quantas vezes os nossos prezados leitores julgarem necessário (não precisa ser em ordem numérica, pode ser aleatoriamente), para a melhor compreensão, aplicação e edificação, pois é um estudo completamente esquecido pela Igreja de Cristo hoje e possui muitas vezes, como já afirmamos, conceitos de difícil assimilação.
Bem, se admitimos a Bíblia como única regra infalível de fé e prática para a nossa vida (e ela o é), naturalmente com a direção do Espírito Santo, mais cedo ou mais tarde, deveremos aceitar a doutrina trinitariana, mesmo que ainda não a compreendamos totalmente. Do contrário, a nossa fé perderá o sentido. Essa conclusão pode até parecer a princípio um tanto exagerada, mas é correta.
Baseados no que afirmamos anteriormente, se a doutrina trinitariana não fosse verdade, então o nosso Salvador, neste caso, passaria a ser um mero ser humano e o Espírito Santo que em nós, cristãos, habita, não seria Deus, mas uma energia cósmica ou uma alma desencarnada qualquer (!) Tudo isso invalidaria todas as evidências bíblicas para a doutrina trinitariana que vimos neste estudo e consequentemente, a própria confiabilidade na perfeição bíblica.
Ademais, todo e qualquer estudo que se faça a respeito da Santíssima Trindade só pode ser extraído das páginas das Escrituras Sagradas do cristianismo, a Bíblia. Nenhuma arte, filosofia, ciência ou religião jamais conseguirá compreender ou até mesmo expor de maneira satisfatória a Santíssima Trindade em Sua plenitude. Por mais que se façam estudos minuciosos a Seu respeito, o homem seguramente jamais a compreenderá plenamente.
Para aqueles críticos antitrinitaristas que afirmam que a doutrina trinitariana não se encontra na Bíblia, acreditamos que sobraram evidências para todos os gostos e estilos teológicos e doutrinários, pois as encontramos de Gênesis a Apocalipse. Vamos recapitular os livros nos quais encontramos estas evidências, para confirmar o que estamos asseverando. Mas, se os críticos vão aceitar a Verdade, já é outra história:
No Antigo Testamento, 19 livros: Gênesis, Êxodo, Números, Juízes, 1º e 2º Samuel, 2º Reis, 2º Crônicas, Isaías, Ezequiel, Neemias, Jó, Salmos, Oséias, Joel, Ageu, Miquéias, Zacarias e Malaquias; e
No Novo Testamento, 17 livros: Nos quatro evangelhos, Atos dos Apóstolos, Epístola aos romanos, Epístolas aos coríntios, Epístola aos gálatas, Epístola aos efésios, Segunda epístola aos tessalonicenses, Epístola a Tito, Epístola aos hebreus, Epístola de Judas, Primeira epístola de Pedro, Primeira epístola de João e Apocalipse.
Portanto, dos 66 livros do “cânon” protestante, 36 livros apresentam evidências diretas e claras das três pessoas da Trindade, sem mencionar inúmeras outras evidências indiretas em muitos outros livros canônicos a uma ou outra pessoa da Trindade.
Considerando mais uma vez a regra de interpretação bíblica que versa que “uma doutrina só pode ser considerada bíblica e para todas as épocas e culturas se forem encontrados muitos versículos tanto no Antigo como no Novo Testamento para a mesma”, existir mais de 50% dos livros canônicos com evidências trinitarianas diretas acreditamos ser uma excelente e suficiente base para a apologética segura e irrefutável desta doutrina não é mesmo?
Nem os maiores escritores, artistas e nem os consagrados roteiristas de filmes e novelas, seja de que gênero for (documentário, ficção científica, ação, drama ou épicos), jamais conseguirão criar uma realidade tão impressionante, complexa e ao mesmo tempo verdadeira como a Santíssima Trindade e Sua obra, exatamente pelo fato de que se Deus não tivesse se revelado na Bíblia como a Trindade, seguramente jamais conseguiríamos desenvolver ou sustentar a doutrina trinitariana de forma satisfatória.
Não podemos adaptar o que a Bíblia afirma sobre Deus apenas para torná-Lo mais acessível e compreensível às nossas mentes limitadas. Por mais perplexidade que a verdade trinitariana nos traga, jamais podemos nos deixar levar ao equívoco de negar o que Deus realmente é.
Muitas pessoas negam a Trindade, pois, acreditam na grandeza de Deus até um certo grau, tentando limitá-Lo (como se fosse possível). Acreditam que Deus é infinito, que é eterno, imutável, onipotente, etc., mas quando se deparam com a doutrina trinitariana, não conseguem acreditar que este mesmo Deus com tamanha gama de atributos perfeitos possa ser tripessoal também, ou seja, que Ele possua uma tripersonalidade.
Aliás, a doutrina da Trindade tem pouca aceitação não apenas pelo fato de possuir conceitos complexos, mas também porque encontra enraizados na sociedade conceitos distorcidos sobre a Divindade e a humanidade: fábulas, contos de fada, mitologias, heróis indestrutíveis vindos de outros planetas para “nos salvar”, homens e mulheres com poderes psíquicos e físicos sobre-humanos resultantes de uma evolução genética fictícia, entre tantas outras historietas.
Ressaltamos, portanto, com firmeza, que a doutrina trinitariana não é mais uma “historinha” como essas, ela é reflexo de uma realidade ainda desconhecida de muitas pessoas, realidade existente desde a eternidade: Deus existe de forma tripessoal.
A doutrina trinitariana também é pouco aceita, divulgada e estudada devido aos graves sintomas de materialismo e egocentrismo encontrados na sociedade secular e que estão cada vez mais invadindo a Igreja, para a nossa tristeza.
O ser humano e, infelizmente, incluindo muitos cristãos, só estão pensando naquilo que Deus pode nos dar, como um milagre, a prosperidade, saúde, etc. Parece que cada vez menos pessoas estão querendo conhecer realmente a Deus em Sua essência, se relacionar com Ele e oferecer a Ele uma adoração e louvor com maior qualidade.
A doutrina trinitariana é a base doutrinário-teológia do cristianismo e que possui implicações práticas na vida da Igreja e da sociedade, mas está completamente esquecida pela Igreja. Nós pregamos, escrevemos e cantamos sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas na prática parece que evitamos discutir o assunto.
Estudar a doutrina da Trindade parece atualmente algo completamente sem propósito, uma perda de tempo ou ainda algo enfadonho, chato, que mais confunde do que esclarece. Mas, na verdade, é o contrário.
É neste intuito que a doutrina trinitariana surge: para nos levar a conhecer melhor a Deus e para podermos adorá-Lo e servi-Lo com mais qualidade.
É o mínimo que Ele merece depois de tudo o que Ele fez, faz e fará por nós. Mas Deus requer isso de nós não porque Ele precise disso para se sentir melhor. Ele requer isso de nós, justamente pensando em nosso bem, em nossa edificação.
Todos estes conceitos humanos pecaminosos, como materialismo e egocentrismo, estão separando a todos nós da necessidade vital e urgente de estudar, conhecer e servir o Deus Triúno.
O melhor, talvez, seria se utilizássemos menos o termo "trindade", pois muitas e muitas pessoas, receiamos, podem acabar por separar em suas mentes este termo de sua noção de Deus, o que é extremamente prejudicial.
Não, não podemos descartar este termo apenas pelo fato de não fazer parte do texto sagrado, mesmo porque é um termo muito útil originado para defender a Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo diante das críticas dos céticos nos primeiros séculos da Igreja (e ainda é útil atualmente), mas, talvez, pudéssemos utilizar mais a querida expressão "Deus triúno" ou "Trino Deus".
A despeito disso, a expressão "trindade", uma vez que já é tão amplamente utilizada pela Igreja, deve estar "cristalizada" em nossa mente como sendo tão somente um sinônimo didático e não um substituto para a palavra "Deus".
Ou seja, sempre que lermos ou ouvirmos "trindade", imediatamente este conceito deve vir ao nosso pensamento: "Trindade" significa "Deus triúno", ou "Deus triúno" = "Trindade". Não, jamais deveremos excluir a palavra "Deus", não é isso que estamos afirmando, isso seria uma espécie de "suicidio doutrinário".
O que devemos é sempre lembrar que Deus sempre existiu como trino ou triúno, Ele sempre foi e sempre será a santíssima e adorada Trindade. Este termo "trindade" jamais pode nos confunfir e nos afastar do conceito que temos do nosso querido Deus único. O termo não foi desenvolvido pela Igreja e com a direção do Espírito Santo para confundir, mas para defender, esclarecer, libertar e edificar.
Para quem ainda não acredita na doutrina da Trindade, vamos retomar um conceito que lançamos no início deste estudo. A veracidade da Bíblia e de suas histórias e conceitos vem sendo confirmada através dos séculos por diversos ramos da ciência, como geografia, história, astronomia, arqueologia, antropologia, medicina, etc. Suas profecias ano a ano vêm se cumprindo e se cumprirão cabalmente até o fim dos tempos. Se, em termos terrenos, humanos e proféticos ela é 100% verdadeira, seguramente é também 100% verdadeira naquilo que afirma sobre Deus e os valores espirituais nela contidos:
“...nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. Se tratando de cousas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3:11-12; cf. vv. 3-12).
Não parece, portanto, uma decisão saudável permanecer ignorando as verdades sobre a vida, inclusive sobre quem e como é Aquele que te criou e te ama tanto.
Mas, se mesmo depois deste estudo e talvez depois de reestudar todos os conceitos, ainda não compreendermos a doutrina da Trindade, não fiquemos preocupados, é uma reação normal das nossas mentes limitadas diante da glória insondável de Deus.
O que podemos fazer é, por exemplo, orar assim a Deus:
"Ó Deus, nosso Pai Celestial, depois de verificarmos e aprendermos em Sua Palavra como tu és infinito, eterno e insondável em Sua essência, só podemos nos render a Ti, te exaltarmos e glorificarmos porque não podemos alcançar a Sua incompreensível grandeza, mas o Espírito Santo que está em Ti e vive em nós conhece e participa igualmente desta grandeza e nos ajuda nesta oração a Ti, bem como Jesus Cristo, o Teu Filho e nosso Senhor e Salvador, em nome de quem nós oramos. Amém".
Você que é cristão busque mais a Deus fervorosamente. Você que ainda não teve um encontro com Ele, busque-O de coração e O encontrará. Oremos para que o nosso Deus e Pai venha com o Seu Santo Espírito tocar em todos os corações, em nome do Seu Filho Jesus. Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito.
Ao nosso único e suficiente Deus, portanto, sejam dados todo louvor e adoração para sempre. Amém.
Parabens pelo seu blogue. De verdade. nenhuma pessoa me convidou ou indiqcou-me para eu vim aqui. Apenas passei lendo. Por isso estou lhe convidando a visitar o meu blogue, muito simplório por sinal, e se possivel seguirmos juntos por eles. Estarei grato esperando por voce lá
ResponderExcluirASbraços de verdade e fique com DEUS