domingo, 12 de dezembro de 2010

PODEMOS ORAR ÀS TRÊS "PESSOAS" DA TRINDADE?

INTRODUÇÃO

Tudo o que estudamos até aqui em todas as postagens sobre a doutrina trinitariana (Trindade) é de vital importância, são conceitos doutrinários balizares, mas não passarão de teoria se não buscarmos um relacionamento íntimo com o Deus triúno.

Teologia sem vida com Deus é em vão. Deus não é o nosso alvo de estudo, mas de adoração e louvor.

Não basta estudarmos sobre Deus, devemos também desfrutar de Sua companhia. Este relacionamento com Deus pode, inclusive, mudar a nossa maneira de viver e de perceber a vida, pois, percebemos as nossas falhas e limitações e nos quebrantamos diante de Sua perfeita e imarcescível santidade.

Héber Campos, sabiamente considerou sobre esta busca pelo relacionamento com Deus e como ele pode influenciar a nossa vida:

"(...) O único modo de se conhecer o caráter de Deus é conhecer o que dele está revelado nas Escrituras, que nos mostram a mente de Deus (...) O caráter de Deus, ao ser conhecido das pessoas, pode influenciá-las em sua conduta (...) Porque as pessoas não conhecem o Deus verdadeiro, elas acabam adorando falsos deuses, deidades da sua própria imaginação (...) Quando conhecemos quem Deus realmente é, desfrutamos, com muito mais fervor e alegria, de nosso relacionamento com ele. À medida que conhecemos o Deus das Escrituras, é mais fácil termos um relacionamento pessoal com ele (...) Quanto mais conhecemos Deus, mais enxergamos as coisas como elas realmente são!” (“O Ser de Deus e os seus atributos”, pp. 13-14).

Hermann Bavinck complementa, afirmando que apenas conhecemos realmente a Deus, quando aprendemos sobre a Santíssima Trindade:

“(...) É nessa Trindade santa que cada atributo do Seu Ser alcança, digamos, o seu conteúdo pleno e o seu significado mais profundo. Somente quando nós contemplamos essa Trindade é que nós descobrimos quem e o que Deus é (...)” (“Teologia Sistemática”, p. 155).

Partindo, então, da eterna e imutável verdade de que Deus subsiste em três pessoas, como podemos nos relacionar com Ele? Vamos primeiro verificar se temos respaldo bíblico para nos relacionar com as três pessoas da Trindade e em seguida iremos entrar em detalhes da dinâmica da comunhão com Deus.

Podemos nos relacionar com as três pessoas da Divindade?

Podemos orar a Jesus ou somente ao Pai Celeste? Podemos falar com o Espírito Santo? Afinal, estudamos que cada pessoa da Trindade é totalmente Deus e orar a Deus não é um hobby ou uma opção de vida, é um dever (Lc 18:1).

E mais: adorar o Espírito Santo não é idolatria? (muitas igrejas até hoje obviamente não têm problemas quanto à questão de adorar a Cristo, mas quanto ao Espírito, por incrível que possa parecer, ainda existem restrições).

Vamos estudar estas questões passo a passo, de acordo com as verdades bíblicas sobre o nosso relacionamento com cada pessoa da Trindade e sobre a adoração devida à Trindade:

"PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS"

Devemos orar a Deus Pai.

Da mesma forma que não existe muita necessidade de comprovar a divindade do Pai, a questão quanto a orar a Ele praticamente não encontra oposição entre as igrejas cristãs. Mesmo assim, apresentaremos algumas evidências bíblicas quanto a este assunto:

Cristo nos ensinou a orar:

“...Pai nosso que estás nos céus.” (Mt 6:9); “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11:9-13).

O apóstolo Paulo agradecia e intercedia ao Pai pela vida de várias igrejas em suas orações:

"Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós.” (Cl 1:3; cf. 1Ts 1:2-3; comparem com Ef 1:16; 3:13-16; Fp 1:3-4; 3:9-10; 2Ts 1:11-12; 2Tm 1:3).

É princípio bíblico que as nossas atitudes sejam feitas em nome de Jesus, ou seja, como se Ele estivesse fisicamente entre nós, acompanhadas de um sentimento de gratidão a Deus Pai:

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Cl 3:17; cf. Ef 5:18-21).

Princípio semelhante a este foi ensinado pelo próprio Senhor Jesus aos apóstolos:

“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhe-á concedida por meu Pai que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome ali estou no meio deles.” (Mt 18:19-20; cf. contexto, vv. 15-18).

E é através de Cristo, o Caminho, que temos acesso a Deus Pai, no Espírito.

“...eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14:6); “Porque, por ele [Jesus], ambos [judeus e gentios] temos acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef 2:18) [citações minhas entre colchetes].

Paulo se prostrava diante de Deus Pai de joelhos para interceder pelos efésios.

“Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai.” (Ef 3:14).

Deus Pai deseja que tenhamos uma comunhão com Ele como filhos espiritualmente adotados em Cristo, clamando por Ele e sendo disciplinados por Ele, assim como ocorre entre os filhos e os pais terrenos (cf. Hb 12:3-11).

ORANDO AO SENHOR JESUS

Será que existe respaldo bíblico para orarmos ao Senhor Jesus? Afinal, nossas orações não devem ser realizadas apenas ao Pai Celeste?

O apóstolo Paulo mencionou que é preciso invocar a Cristo para ser salvo (Rm 10:9-14). O próprio Senhor Jesus afirmou que estaria entre nós (Mt 18:19-20), mas que nem todos que O invocam como Senhor irão para o Céu, mas aqueles que O invocam e também fazem a vontade do Pai (Mt 7:21).  Cristo convidou aos cansados e sobrecarregados que busquem alívio nEle (Mt 11:28). Ele também afirmou que todos que O buscam e obedecem aos Seus mandamentos, adquirem firmeza inabalável diante das provações (Lc 6:46-49) e que podemos pedir algo a Ele (Jo 14:13-14).

O apóstolo João também ensinou em suas epístolas que podemos orar a Cristo:

“Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” (1Jo 5:13-15).

Um exemplo de oração feita a Jesus é a de Estevão, o primeiro mártir cristão. Este texto que veremos também apresenta claramente a Trindade e revela que Cristo está vivo, em forma humana, junto ao Pai, intercedendo por nós:

“Ouvindo eles isto, enfureciam-se nos seus corações e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus. E apedrejavam a Estevão que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Com estas palavras adormeceu.” (At 7:54-56, 59-60).

Os olhos e ouvidos do Senhor (Jesus no caso) estão atentos às nossas vidas:

“Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.” (1Pe 3:12).

Os apóstolos pediram a orientação do Senhor Jesus para elegerem o substituto de Judas Iscariotes (veremos este ponto em mais detalhes posteriormente):

“E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido.” (At 1:24).

ORANDO AO ESPÍRITO SANTO?

É evidente que temos uma íntima comunhão com Ele, pois o Espírito Santo é o próprio Deus vivendo em nós (Jo 14:17; 1Jo 3:23-24), Ele fala conosco e nos direciona (At 10:19-20; 13:2; 15:28; 16:6-7; 21:4), nos ensina a orar corretamente de acordo com a vontade do Pai (Rm 8:26-27), nos convence dos pecados (Jo 16:8-14), nos guia em toda a verdade (Jo 14:26; At 13:9; 1Jo 2:20,27) e nos capacita a testemunhar (At 1:8; 4:8-13), entre outros atributos.

No entanto, mesmo com tamanha comunhão entre nós e o Espírito, parece não haver qualquer recomendação bíblica direta e enfática para orarmos ou não a Ele. Então, as nossas orações não podem ser direcionadas a Ele? Vejamos.

O apóstolo Paulo afirmou que nós adoramos a Deus no Espírito:

“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.” (Fp 3:3).

Paulo também exortou a que sejam feitas orações perseverantes no Espírito:

"Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6:18).

Semelhante recomendação foi ministrada por Judas em sua epístola:

"Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé Santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.” (Jd 20-21).

Pois é em um só Espírito que através de Cristo temos acesso ao Pai.

"Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef 2:18).

Como podemos concluir diante do que observamos até o momento nas últimas postagens, o modelo bíblico de oração geralmente apresentado é aquele dirigido ao Pai, em nome de Jesus e sobre a orientação e intercessão do Espírito Santo. Devemos pedir ao Pai (ou a Cristo) que o Seu Espírito (que dEles procede) venha auxiliar as nossas vidas no âmbito dos atributos dEle (alguns dos quais citados anteriormente).

O EXEMPLO DE "ORAÇÃO TRINITÁRIA" DA IGREJA PRIMITIVA

Podemos observar estes princípios na vida da Igreja apostólica. Já no início do livro de Atos, encontramos a narrativa da ocasião quando os apóstolos precisaram decidir qual dos discípulos do Senhor substituiria Judas Iscariotes e como Jesus não estava fisicamente presente, eles oraram a Ele (At 1:24). Eles se dirigiram ao Senhor Jesus e não ao Espírito Santo, mesmo que este último atue na direção, capacitação e comissionamento dos cristãos, como vimos anteriormente.

Logo em seguida, na narrativa de Lucas, encontramos a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes:

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2:4); “Tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios; como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” (At 2:11).

Observem que todos ficaram cheios do Espírito Santo e o resultado foi que passaram a falar em outras línguas sobre as grandezas de Deus, conforme o próprio Espírito lhes concedia. O Espírito atuou neles como doador e capacitador soberano e em nenhum momento foi invocado o Seu nome. Comparem este contexto com o da descida do Espírito Santo sobre os gentios (At 10:1-46, principalmente os vv. 44-46).

Talvez o maior exemplo de uma oração ocorrida na igreja apostólica é o daquela realizada quando os apóstolos Pedro e João haviam sido libertados do sinédrio após a cura milagrosa de um paralítico, sendo que os mesmos foram ameaçados pelas autoridades judaicas a não mais proclamarem o nome do Senhor Jesus (At 4:1-22). Após contarem a igreja o ocorrido, eles oraram a Deus, unânimes (v. 23):

"Ouvindo isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há; que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de nosso pai Davi, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram cousas vãs? Levantaram-se os reis da terra e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram.” (At 4:24-28).

É possível claramente perceber que a oração foi direcionada ao Pai que, através do Espírito, inspirou uma profecia sobre Cristo, o Seu Ungido (vv. 24-27), para que se realizasse o que Ele, o Pai, havia predestinado na eternidade (v. 28). Continuemos observando e aprendendo com esta oração:

“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios, por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.” (vv. 29-30).

Eles clamaram ao Pai para que Ele permitisse que, mesmo diante das ameaças das autoridades judaicas, a igreja ousadamente proclamasse a Sua Palavra, enquanto eram realizados em nome de Jesus inúmeros milagres. Bem, será que esta oração realmente estava dentro da vontade de Deus e foi corretamente direcionada ao Pai? O que ocorreu em seguida? Será que ela foi atendida?

"Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.” (v. 31).

A oração foi aceita e atendida pelo Pai, por estar de acordo com Sua soberana vontade.

No clamor de Estevão a Jesus diante de seu apedrejamento, notamos que ele estava cheio do Espírito, mas não orou ao Espírito (At 7:54-60). Quando Pedro foi aprisionado devido a perseguição de Herodes, a igreja permanecia em oração incessante a Deus (At 12:3-5). Aqui, não é mencionado que a igreja orava ao Espírito Santo.

Em suma, o modelo bíblico de oração que vimos até o momento parece não deixar espaço para a oração ao Espírito Santo. E, quanto a isto, se isto for mesmo verdade, não há problema algum, pois, a tarefa do Espírito Santo na economia trinitariana é a de nos auxiliar em nossas orações, pois somos falhos e limitados e não sabemos orar da maneira correta. Não é a tarefa primordial dEle recebê-las:

“Também, o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.” (Rm 8:26-27).

Portanto, segundo tudo o que vimos até aqui, parece mais sensato, biblicamente falando, orarmos através do Espírito, no Espírito e não ao Espírito. Mas, vamos continuar o nosso estudo no intuito de reunirmos mais princípios bíblicos e obtermos mais conclusões.

Além do mais, se concluirmos que não podemos orar ao Espírito Santo, este fato não O desmerecerá nem um pouco e, sim, O dignificará e O honrará, pois Ele (o Espírito) está em consonância e submissão funcional ao Pai e ao Filho (que são os alvos de nossas orações).

Além do mais, já estudamos anteriormente que o Espírito Santo não veio buscar glória para Si (apesar de a possuir, cf. 1Pe 4:14), mas, sim, a glória de Cristo (Jo 16:12-15).

Hermisten da Costa em seu livro “o Pai Nosso” trouxe considerações edificantes que nos auxiliam neste ponto do nosso estudo:

“O que nos enche de alegria e mostra a nossa relação íntima com Deus é o fato de que em Cristo, pelo Espírito, podermos nos dirigir ao Pai, como filhos adotivos de Deus (...)” [p. 19]. “Orar como convém é orar segundo a vontade de Deus, colocando os nossos desejos em harmonia com o santo propósito de Deus; isto é possível pelo Espírito de Deus que se conhece perfeitamente (1Co 2.10-12). Assim, toda oração genuína é sob a orientação e direção do Espírito (Ef 6.18; Jd 20) (...)” [p. 20]. “O Espírito ora conosco e por nós; ele juntamente com Cristo, em esferas diferentes, intercede por nós: ‘Cristo intercede por nós no céu, e o Espírito Santo na terra. Cristo nosso Santo Cabeça, estando ausente de nós, intercede fora de nós; o Espírito Santo nosso Consolador intercede em nosso próprio coração quando ele o santifica como seu templo’, contrasta Kuyper (1837-1920)” [p. 20]; (Nota: Abraham Kuyper, “The Work of The Holy Spirit”, p. 670).

No site cristão http://www.greatcom.org/  encontramos uma opinião também a este respeito:

“Para Quem Devemos Orar? Nós oramos ao Pai em nome do Senhor Jesus Cristo, através do ministério do Espírito Santo. Quando oramos ao Pai, as nossas orações são aceitas por Jesus Cristo e interpretadas a Deus, o Pai, pelo Espírito Santo (Romanos 8:26, 27,34)”. (fonte: http://www.greatcom.org/portugues/7steps/questions.htm).

Já o Papa João Paulo II pareceu não se preocupar se o modelo bíblico de oração permite ou não orar ao Espírito Santo e afirmou que devemos sim orar ao Espírito Santo (só que com uma visão idólatra). Vejamos algumas de suas palavras:

"(...) A Missão da cidade prepara-nos, a nós mesmos e aos nossos fiéis, para viver estes eventos no seu verdadeiro significado de graça, de fé e de conversão. Por isso devemos orar insistentemente ao Espírito Santo, pois sabemos bem que só Ele é capaz de converter os corações e de conceder a fé e a graça (...) A invocação ao Espírito Santo não pode, portanto, estar desvinculada da consagração a Maria (...)” (“Discurso do santo padre ao clero de roma por ocasião do início da quaresma” - Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 1998) - (fonte: http://www.vatican.net/holy_father/john_paul_ii/speeches/1998/february/documents/hf_jp-ii_spe_19980226_clero-roma_po.html)

O ministério evangélico “Chamada da Meia-Noite”, ao contrário, orientou a não orarmos ao Espírito. O pior problema é que ele aparentemente foi mais além: Segundo este ministério, não podemos nem adorar o Espírito Santo! Vejamos algumas de suas declarações:

“A Bíblia nos ensina a orar ao Espírito Santo? Pergunta: ‘Freqüentemente encontro crentes que se dirigem ao Espírito Santo em suas orações. Conforme meu entendimento da Sagrada Escritura, isso não é correto. O que vocês dizem a respeito?’ Resposta: Você tem razão: não devemos adorar ao Espírito Santo, mesmo que certos hinos ou corinhos sejam dirigidos direta ou indiretamente a Ele. Por que rejeitamos decididamente a oração ao Espírito Santo? Devido a diversos motivos: 1. Em toda a Bíblia não encontramos nenhuma indicação de que os crentes tenham orado ao Espírito Santo ou que deveriam adorá-lO. 2. O próprio Senhor Jesus Cristo disse claramente e repetidas vezes que devemos invocar o Pai em Seu Nome (...) Em nenhum lugar o Senhor Jesus deu ao menos uma leve indicação de que deveríamos orar ao Espírito Santo ou Lhe pedir alguma coisa! (...) Por que o Espírito Santo iria interceder por nós diante dEle mesmo? Certamente não é assim. Pois a tarefa do Espírito Santo é glorificar a Jesus (Jo 16.14) e, por isso, Ele nunca ficará à parte de Jesus, nem colocará a Si mesmo no centro das atenções (...) Orar ‘no Espírito’ é algo bem diferente do que orar ao Espírito! Pois, no fundo, ‘orar no Espírito’ significa simplesmente: orar através do Espírito de Jesus! E isso, significa, conforme Sua orientação, que podemos e devemos aproximar-nos do Pai em nome de Jesus, na certeza de que Deus atende à oração!” (Elsbeth Vetsch) Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 1997. (fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/print.php?docname=orar_ao_espirito).

Podemos concluir que orar e adorar o Espírito Santo é contrário às Escrituras? Afinal, já que o Espírito Santo é totalmente Deus, Ele também é digno de honra, louvor e adoração, igualmente ao Pai e ao Filho.

É o que observaremos e concluiremos a seguir na próxima postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário