Recordando o que já estudamos há algum tempo atrás sobre personagens bíblicos que foram mais do que vencedores, não foram os irmãos de José que o enviaram ao Egito e nem foi faraó que promoveu José ao posto de governador daquela nação, mas foi Deus agindo soberanamente na eternidade, tecendo seus propósitos eternos através das atitudes dos seres humanos. Também não foi Satanás que deliberadamente atacou e destruiu a vida de Jó, mas Deus, no controle de tudo, permitiu toda aquela tribulação para ensinar ricas lições a Jó e restaurar sua saúde, sua família e sua riqueza.
E certamente foi o que ocorreu com Cristo. Ninguém o prendeu e matou por obra do acaso e por sinal de fraqueza de Deus, mas todo o contexto da morte e ressurreição do Senhor estava dentro dos propósitos benignos e soberanos de Deus. Quando vemos as pessoas agindo de forma errada ou algum acontecimento trágico ocorrendo, uma circunstância adversa, não podemos esquecer que Deus está no controle e pode transformar a aparente derrota em uma imensurável vitória.
E certamente foi o que ocorreu com Cristo. Ninguém o prendeu e matou por obra do acaso e por sinal de fraqueza de Deus, mas todo o contexto da morte e ressurreição do Senhor estava dentro dos propósitos benignos e soberanos de Deus. Quando vemos as pessoas agindo de forma errada ou algum acontecimento trágico ocorrendo, uma circunstância adversa, não podemos esquecer que Deus está no controle e pode transformar a aparente derrota em uma imensurável vitória.
Meus prezados amigos e irmãos leitores, como muitos de vocês também sabem muito bem, desde a eternidade tudo a respeito da salvação da humanidade já estava decretado por Deus, Cristo é eterno (Jo 8:58; 17:24), Ele é o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo (Rm 2:7; 1Pe 1:20; Ap 13:8). Nada pegou a Deus de surpresa, tudo estava dentro dos Seus planos infalíveis, dentro de Seus propósitos eternos, nada escapou do Seu controle, Ele não precisou mudar de planos ou improvisar nada.
Jesus sabia perfeitamente de Sua missão de pregar o Reino de Deus, as boas novas e de dar a Sua vida pelos pecadores (Mt 9:13; 18:11; 20:28; Mc 1:38; Lc 4:43; Jo 7:33-34; 8:21; 10:14-16; 12:27,47; 17:26). Ele sabia o que deveria acontecer em Sua vida e na vida de Sua Igreja (Mt 16:18; Jo 7:39; 8:28; 12:30-32; 13:1-3; 36-37; 14:19; 18:4). Jesus sabia o momento exato e a maneira exata pelos quais deveria se comportar (Lc 9:51; Jo 2:4; 6:6; 7:6-8; 11:14-15; 12:49; 13:1; 16:25). Ele reconhecia que Suas decisões eram as certas (Jo 8:16). Ele, inclusive predisse várias vezes o que ocorreria com Ele, que seria preso, escarnecido e crucificado, mas que ressuscitaria (Mt 17:22-23; 20:17-19; 26:10-12; Mc 8:31-32a; 9:30-31; Lc 9:22,44; 18:31-33; Jo 18:32). Muitas vezes tentaram prendê-Lo, mas ninguém lhe colocou as mãos, pois a hora determinada para a prisão Dele não havia chegado ainda (Jo 7:30,44; 8:20; 10:39).
Aliás, Pilatos só manteve Cristo sob sua custódia porque o Pai Celeste autorizou e não porque Pilatos foi mais forte que Cristo (Jo 19:11a). Ademais, no momento de Sua prisão, Cristo evitou que houvesse violência e se deixou prender e afirmou que facilmente poderia pedir ao Pai que lhe colocasse à Sua disposição mais de doze legiões de anjos para o defender (Mt 26:52-53). Portanto, a prisão de Cristo claramente era algo que precisava ocorrer, mas no momento certo, depois que Ele já tivesse entregue Seus ensinamentos, para se cumprir as Sagradas Escrituras (Mt 26:54-56; Mc 14:48-49; comparem com Lc 22:37; 24:44-49).
Portanto, Sua morte e ressurreição estavam sob o Seu controle o tempo todo. Aliás, na cruz, foi Ele que entregou espontaneamente o Seu espírito ao Pai na hora certa (Mt 27:50; Lc 23:46; Jo 19:30), na hora determinada, quando tudo estava concluído para que as profecias das Escrituras Sagradas se cumprisssem (Jo 19:28) e quando toda a obra de salvação já estava consumada (Jo 19:30) e para a pregação do evangelho (Lc 24:44-49).
E então, considerando o que estudamos desde a postagem anterior, questionamos: Jesus foi um fraco, derrotado? E Deus foi injusto? Não, jamais, porque o evangelho de Jesus Cristo é o poder e não a fraqueza de Deus para a salvação de todo aquele que crê, evangelho esse que revela a justiça e não a injustiça de Deus, justiça do princípio ao fim que é pela fé (Rm 1:16-17).
Realmente, o sentido da morte de Cristo na cruz e o Seu evangelho para aqueles que não possuem o Espírito Santo e não discernem espiritualmente as obras de Deus, pode parecer uma história sem lógica aparente, pode "soar" como algo escandaloso ou uma loucura (1Co 1:23-24; 2:10-16). Mas, a mensagem da cruz realmente é loucura para aqueles que não conhecem a Cristo ainda e estão se perdendo, mas essa mensagem, para aqueles que estão sendo salvos por ela, é o poder de Deus e não a fraqueza de Deus (1Co 1:18).
Aqueles que pensam como o mundo pensa não entenderão a mensagem da cruz, pois Deus tornou louca a sabedoria deste mundo e...
"...visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação" (1Co 1:20:21, cf. vv.25-29; 3:18-19).
Ademais, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus (1Co 1:24b) e...
"...o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder" (1Co 4:20).
Portanto, à vista de tudo o que afirmamos, a morte de Cristo não ocorreu na hora determinada por outra pessoa ou devido à alguma influência de Seus perseguidores e nem muito menos por Satanás, ela havia sido predeterminada na eternidade por Deus. O povo e as autoridades judaicas e romanas fizeram toda essa injustiça com Jesus muitos por ignorância e por não terem entendido e reconhecido quem era realmente Jesus, mas mesmo assim, todos eles são culpados por seus pecados (Jo 15:22-24; 16:9; 19:11; Rm 2:6; 1Co 2:8).
Aliás, por mais difícil que seja de se compreender e pior ainda para explicar, Deus age soberana e misteriosamente utilizando as vontades, decisões e atitudes humanas e até mesmo o Diabo para os Seus propósitos, sem interferir na livre escolha humana, sem interferir nas vontades do próprio Satanás, sem deixar de ser soberano e além de tudo, sem poder ser chamado de culpado ou injusto por determinada situação, pois na verdade, foram atos operados pela livre vontade dos seres humanos, os verdadeiros culpados e atos realizados pela vontade de Satanás, também culpado de muita tragédia e desgraças que ocorreram e ocorrem.
Todos estes preceitos que temos visto, de uma forma ou de outra, estão intrínsecos em várias declarações dos apóstolos em suas pregações no início da igreja primitiva e da pregação do evangelho às nações:
“Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós, com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (At 2:22-24).
“O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo. Vós, porém negastes o Santo e o Justo, e pedistes que vos concedessem um homicida. Dessarte matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades; mas Deus assim cumpriu o que dantes anunciava por boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (At 3:13-15,17-19).
“Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram...tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4:27-28,31).
"Irmãos, filhos de Abraão, e gentios que temem a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. O povo de Jerusalém e seus governantes não reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo, cumpriram as palavras dos profetas, que são lidas todos os sábados." (At 13:26-27; vejam ainda os vv. 28-30).
"Mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória." (1Co 2:7-8).
"Mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória." (1Co 2:7-8).
Deus transforma aparentes derrotas em vitórias indescritíveis. Eis que surgiu uma grande notícia depois de tanta tragédia, dada por um anjo:
"Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia." (Mt 28:5-6; comparem com Mc 16:6; Lc 24:5-6).
À despeito de todo ódio, inveja, planos de conspiração, maldade e crueldade dos seres humanos, Jesus ressuscitou!! Aleluia! Glória a Deus! (1Co 15:3-8).
Devido ao plano de salvação em sua totalidade, isto é, o fato de Deus de antemão nos conhecer, nos predestinar, nos chamar, nos justificar e (na eternidade) nos glorificar é que temos a certeza que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, que foram chamados conforme o Seu propósito. Ele atua em todas as circunstâncias da nossa vida de modo que, mesmo sendo ruins, elas cooperarão juntas para o nosso bem, segundo o Seu propósito (Rm 8:28-30).
Diante de tudo isso, já que Deus é por nós, está ao nosso favor, já que Ele mesmo nos justifica, quem será contra nós? Deus não poupou nem o Seu Filho amado, mas pagando um alto preço (1Co 6:20; 7:23), O entregou por nós para passar por tudo aquilo que estudamos anteriormente, certamente pode nos dar de graça todas as coisas (Rm 8:31-32). Cristo morreu e ressuscitou e intercede por nós junto ao Pai. Portanto, nada poderá nos condenar e nos separar do Seu ilimitado, incondicional e imensurável amor, nem angústia, nem pereguição ou privações ou perigos, nem anjos, nem demônios, nem o presente, nem o futuro, nem altura ou profundidade, ou qualquer outro poder, nada (Rm 8:33-35).
O amor de Cristo sempre estará conosco independente da situação, boa ou ruim. Em todas estas coisas, portanto, não somos derrotados, mas também não somos apenas vencedores, nós somos MAIS QUE VENCEDORES, através do amor de Deus, demonstrado em Cristo Jesus na cruz. Ele não foi assassinado, Ele entregou espontaneamente a Sua vida ao Pai em nosso favor, por nos amar infinitamente (Jo 13:1).
Portanto, em se falando em vitória, damos graças a Deus e à Sua graça maravilhosa, Ele nos dá a vitória por meio do sacrifício de Cristo, a nossa justificação e redenção (Rm 3:24) e por isso, não desanimemos, mantenhamo-nos firmes, inabaláveis diante das circunstâncias adversas, sempre dedicados na obra do Senhor, nos ministérios que Ele nos deu, pois Ele venceu, Ele ressuscitou com poder (Rm 1:4) e em carne e osso, Ele não é um fantasma ou uma lenda (Lc 24:36-39). Ele está vivo e dirigindo soberanamente a Sua Igreja e, por isso, o nosso trabalho para Ele jamais será em vão (1Co 15:57-58).
Cristo ressurgiu dos mortos, em glória. Ele jamais foi um "mais que derrotado", mas Ele certamente é o "mais que vencedor" máximo da história humana, o maior exemplo de vitória a ser seguido. Passaremos, sim, por aflições, mas precisamos manter o ânimo e a nossa fé Nele que é capaz de vencer o mundo (1Jo 5:4). Porque Ele venceu, nós podemos vencer também:
"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo." (Jo 16:33).
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NOTA: Como complemento de base bíblica sobre este artigo consultem por favor 2Co 5:19, 21; 13:4a; Gl 4:4; Ef 1:9-10; 2:14-18; 3:12,14-18; Fp 2:5-11; 3:20-21
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