domingo, 24 de outubro de 2010

A PLENA DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

Além de todas as evidências acerca da divindade do Espírito Santo que demonstramos nas postagens anteriores no Antigo Testamento, queremos apresentar muitas outras, agora em sua esmagadora maioria, neo-testamentárias.

O Espírito Santo possui os mesmos atributos do Pai e do Filho. Entre outras coisas, Ele é:

Eterno:

"Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hb 9:14).

Onipotente:

"...e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder." (Lc 24:46-49).

Neste versículo, a menção de Cristo ao fato de os discípulos serem revestidos de poder, é evidente que a expressão "poder" é diretamente relacionada ao Espírito Santo. Vejam ainda esta tão conhecida referência:

“Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1:7-8).

Se o Espírito Santo não fosse também Todo-poderoso igualmente a Cristo e ao Pai, certamente Ele não poderia conceder poder e capacidade aos discípulos para uma missão tão importante que vem do coração de Deus que é a evangelização das nações.

E o que dizer, então, do poder sobrenatural e milagroso do Espírito Santo para gerar o menino Deus, Jesus, sem a intervenção de alguém que seria o pai biológico, mas apenas utilizando o Seu poder e a natureza humana de Maria? (mas sem pecados). Vejam Mt 1:18-24: no v. 18a: "Maria achou-se grávida do Espírito Santo" e no v. 20, um anjo do Senhor informou a José que a criança que Maria aguardava foi gerada pelo Espírito Santo; comparem com Lc 1:35).

Se o Espírito Santo não fosse Todo-poderoso, Deus Pai iria permitir que o Espírito gerasse em Maria a união da natureza divina de Seu querido Filho com a natureza humana (mas sem pecados), com o sublime propósito de Seu coração de revelar o Salvador da humanidade?

Onipresente:

"Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face." (Sl 139:7).

Aliás, essa referência acima não é só evidência da onipresença do Espírito, mas da Sua Divindade. Davi estava falando com Deus Pai. Ele indagou em qual lugar ele poderia se esconder do Espírito de Deus Pai ("do teu Espírito"), que é o Espírito Santo, e em seguida indagou para onde fugiria da face de Deus Pai ("da tua face"). Se Davi estivesse tão somente mencionando o Espírito, na segunda indagação ele teria usado a expressão "da face dele" ou "da sua face", conjugando a frase na terceira pessoa do singular, mas ele usou "da tua face", na segunda pessoa do singular. Portanto, se esconder do Espírito Santo de Deus, se fosse possível, seria se esconder da face de Deus.

Onisciente:

"Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo." (1Co 2:10-16).

Ademais, o Espírito Santo participou da criação (Jó 33:4) e da redenção (Jo 3:3-5). Além disso, o Espírito Santo não é uma energia cósmica, Ele tem personalidade: Ele fala (Ap 2:7), testifica (Jo 15:26), intercede (Rm 8:26), ensina (Jo 14:26), ordena (At 13:2), guia (Rm 8:14), pode ser entristecido (Is 63:10; Ef 4:30). É possível rebelar-se contra Ele (Is 63:10), blasfemar contra Ele (Mt 12:31-32), resistí-Lo (Gn 6:3), apagá-Lo (1Ts 5:19). Posteriormente também iremos mencionar outras funções, outros atributos e comportamentos do Espírito.

Continuando, portanto, sabemos que é possível mentir contra Ele, o Espírito, o que é o mesmo que mentir para Deus. Aliás, essa referência bíblica a seguir é uma das maiores evidências da divindade do Espírito Santo:

“Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5:3-4).

Mas, há muito mais evidências da Divindade do Espírito Santo:

Paulo afirmou que o cristão é santuário de Deus e que Seu Espírito nele habita:

“Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3:16; comparem com 1Co 6:19).

Ele também afirmou que todos aqueles que são direcionados pelo Espírito Santo são filhos de Deus:

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Rm 8:14; comparem com vv. 15-17).

Paulo não afirmaria estas verdades sobre o Espírito Santo se não cresse que Ele é Deus e não uma mera energia cósmica usada por Deus (inclusive quem não nascer da água e do Espírito não entra do Reino de Deus, cf. Jo 3:5-8).

O Espírito Santo é colocado nas Escrituras em igualdade com as demais pessoas da Divindade, o Pai e o Filho, pois, é também em Seu nome que somos batizados (Mt 28:19) e somos abençoados (2Co 13:13). Sem mencionar a saudação trinitária encontrada em Apocalipse 1:4-6 (conforme mencionamos anteriormente). Se Deus não compartilha a Sua glória com ninguém, se o Espírito não fosse Deus, o Pai permitiria que Ele participasse dessa obra conjuntamente com Ele o Seu Filho amado?

Aliás, como mencionamos anteriormente, nada além do que alguém igual a Deus poderia sondar e conhecer profundamente o próprio Deus, como é o caso do espírito do homem que é o único, humanamente falando, que pode conhecer o que está dentro do homem (1Co 2:11). O espírito do homem é o próprio homem e o Espírito de Deus é o próprio Deus.

Além disso, como já mencionamos também, a blasfêmia contra o Espírito Santo é pecado imperdoável:

"Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no porvir." (Mt 12:31-32).

Será que se o Espírito Santo fosse apenas uma energia de Deus ou qualquer outra coisa senão o próprio Deus, Jesus teria afirmado isso? É evidente que o Espírito Santo é Deus, pois só poderíamos blasfemar se o nome do próprio Deus ou Sua santa obra estivessem sendo o alvo de nossas eventuais afirmações blasfemas. Se o Espírito não fosse Deus, será que Cristo teria dirigido palavras de exortação tão fortes e impactantes? Deus Pai permitiria toda essa glória ao Espírito Santo se este não fosse uma pessoa da Divindade? Afinal, Deus não compartilha Sua glória com ninguém, como já afirmamos várias vezes anteriormente em outras postagens.

E mais, da mesma maneira como o Pai e o Filho são considerados “Senhor” (Mt 6:9-13; 11:25; Rm 1:4), o Espírito Santo também o é. Quem traz um esclarecimento sobre esta questão é, mais uma vez, Wayne Grudem:

“Embora tantas passagens distingam claramente o Espírito Santo dos outros membros da Trindade, 2Coríntios 3.17 se revela um versículo desconcertante: ‘Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade’. Os intérpretes muitas vezes supõem que ‘Senhor’ aqui só pode ser Cristo, pois Paulo usa freqüentemente ‘Senhor’ para se referir a Cristo. Mas provavelmente não é esse o caso aqui, pois a gramática e o contexto nos fornecem bons argumentos para dizer que esse versículo tem melhor tradução com o Espírito Santo como sujeiro: ‘Ora, o Espírito é o Senhor...’. Nesse caso, Paulo estaria dizendo que o Espírito Santo é também ‘Javé’ (ou ‘Jeová’), o Senhor do Antigo Testamento (repare o claro pano de fundo do Antigo Testamento que se revela nesse contexto, a partir do v. 7). Teologicamente, isso seria bastante aceitável, pois sem dúvida se pode dizer que assim como Deus Pai é ‘Senhor’ e Deus Filho é ‘Senhor’ (no pleno sentido de ‘Senhor’ no Antigo Testamento como nome de Deus), também o Espírito Santo é chamado ‘Senhor’ no Antigo Testamento - e é o Espírito Santo que nos manifesta especialmente a presença do Senhor na era da nova aliança.” (livro: “Teologia Sistemática”, p. 171).

Uma ocasião que parece claramente evidenciar que o Espírito Santo é Senhor foi quando Pedro teve a visão do grande lençol que descia do céu com toda espécie de animais criados por Deus (At 10:9-12). Uma voz lhe disse: "Lentante-se, mate e coma" (At 10:13). Pedro respondeu: "De modo algum Senhor, jamais comi algo impuro" (v. 14). A mesma voz falou outra vez: "O que Deus purificou não considere imundo" (v. 15). E a voz não exortou a Pedro por ter sido chamada de "Senhor". Isso aconteceu três vezes até que o lençol foi recolhido ao céu (v. 16).

No entanto, em seguida, vemos que o Espírito Santo falou com Pedro, dando algumas instruções (v. 19) e se Ele deu ordens a Pedro, só pode ser pelo fato de que Ele é Senhor. E mais: o Espírito ordenou a Pedro sem hesitar seguir três homens que haviam acabado de chegar, pois Ele, o Espírito, os havia enviado (v. 20).

Será que quem falava antes com Pedro era um anjo ou o próprio Senhor Jesus ou até mesmo o Pai Celeste e depois foi o Espírito Santo? Não parece ser isso que o texto sugere, parece mais sensato acreditar que Pedro conversou com a mesma pessoa da Divindade o tempo todo. Portanto, se está aqui implícito que o Espírito Santo era (e é) o Senhor que falava com Pedro, temos mais uma evidência da divindade do Espírito Santo.

Não podemos deixar de mencionar que no início da Igreja vemos claramente a direção soberana do Deus e Senhor Espírito Santo sobre os cristãos, Ele falou e deu instruções aos discípulos e apóstolos de Cristo (At 8:29; 10:19; 11:12; 13:2; 15:28; 20:21-22; 21:4,11), os capacitou no testemunho do evangelho do Senhor Jesus (At 6:10), os encorajou (At 9:31), os chamou e os enviou para a obra de Deus Pai (At 10:20; 13:3-4; 20:22) e determinou onde não era para pregar (At 16:6-7).

Alguém ainda duvida que o Espírito Santo é Senhor e Deus?

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